4 de Fevereiro de 1990. O palmarés impressionante do Sporting enriqueceu-se com mais um magnífico troféu. Foi o 10º título em 13 participações na Taça dos Campeões Europeus de Crosse. Esta foi uma grande vitória leonina, mais uma. Desta vez, Dionísio Castro venceu o seu irmão gémeo Domingos, que se classificou no 2º lugar. Carlos Patrício foi 6º, Eduardo Henriques 10º, e Fernando Couto 11º. O Sporting totalizou 19 pontos contra 32 dos franceses do Marignanais.

A prova realizou-se nas Açoteias, no Algarve, e a vitória foi bem mais simples do que aquilo que se esperava. Até aos 3.500 metros os franceses atacaram com tudo e chegaram a disfrutar de ligeira vantagem na classificação coletiva, mas com o arranque dos gémeos Castro rumo à vitória e a magnífica prova de Carlos Patrício, os leões conseguiram controlar a situação para não deixar fugir o triunfo.

No final era grande a emoção de Sousa Cintra e de Moniz Pereira, que envolvia Dionísio Castro com um longo abraço, enquanto Fernando Mamede (que no dia anterior numa entrevista ao jornal Record denunciou uma falta de apoio gritante ao Atletismo do Sporting, o que não caiu bem na equipa em vésperas de uma competição tão importante) chorava no ombro de Eduardo Henriques. Muito satisfeito, apesar de estar cada vez mais habituado a estas vitórias, Moniz Pereira afirmou no final: “Tinha a certeza de que o Sporting era a melhor equipa em prova, mas tentei colocar água na fervura porque nem sempre ganha o melhor. Estou muito feliz. Os meus rapazes foram magníficos”.

O grande vencedor, Dionísio Castro estava felicíssimo: “É uma vitória com um significado muito especial. Tenho sido marginalizado porque tenho ficado sempre em 2º lugar, só que sempre atrás de um dos melhores atletas do mundo. Provei aqui que tenho muito valor. Com esta vitória tenho de perder os meus complexos de inferioridade e ver o Domingos mais como adversário que como irmão”.

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