15 de Agosto de 1965. Nesse dia o Atletismo do Sporting sagrou-se Campeão Nacional pela 10ª vez consecutiva (17ª no total). O Benfica deu boa réplica (ficou a 9 pontos), mas os leões estiveram irresistíveis! os triunfos individuais: 100m – Carvalho Santos – 10,7s 400m – José Pina – 49,4s 4X100m – Carlos Silva, M. Félix, Pedro Matos e Neves da Silva – 43,3s 800m – Valentim Baptista – 1.53,9m 1.500m – Valentim Baptista – 3.56,0m 5.000m – Manuel de Oliveira – 14.46,0m 10.000m – Manuel de Oliveira – 31.00,6m Altura – Júlio Fernandes – 1,80m Disco – Manuel Goulão – 46,98m Martelo – Carlos Sustelo – 54,67m Triplo-Salto – Júlio Fernandes – 14,76m A temporada de 1965 foi mais uma grandiosa na História da modalidade entre os leões, e a conquista do 10º título consecutivo foi apenas o ponto alto dum ano magnífico. Logo a 15 de Fevereiro os sportinguistas venceram pela 8ª vez consecutiva o Corta-Mato dos Dez, com o triunfo individual de Manuel Oliveira, seguido por Armando Aldegalega. Uma semana depois Manuel Oliveira e o Sporting venceram o Regional de Crosse, para depois os mesmos protagonistas alcançarem o triunfo no Nacional da mesma especialidade (pela 19ª vez) que decorreu nos terrenos anexos ao Estádio da Luz num terreno difícil e perante condições meteorológicas muita agrestes. Já na pista, o Sporting venceu o Torneio Primavera com pontuação recorde, a que se seguiu o 6º triunfo consecutivo na tradicional Taça Fernando Amado. No setor feminino desta competição Eulália Mendes bateu o recorde nacional dos 400 metros com 58,5s. A 20 de Junho as leoas sagraram-se Campeãs Regionais com 2 novos recordes...
13 de Agosto de 1961. Num mês alucinante (pleno de êxitos), o Sporting sagrou-se Campeão Nacional de Atletismo em pista (pela 13ª vez e com 27 pontos de avanço do Benfica). Pedro de Almeida, em grande destaque, bateu o recorde nacional do salto em comprimento com 7m38cm. Este atleta com 2 títulos e Manuel Oliveira com outros 2, foram as principais figuras do coletivo. Os triunfos individuais: 110m barreiras – Pedro de Almeida 800m – Rogério Gonçalves 1.500m – Manuel de Oliveira 4X400m – Neves da Silva, Jesus, Valentim e Rogério Gonçalves 3.000m obstáculos – Joaquim Ferreira 5.000m – Manuel de Oliveira 10.000m – Álvaro Conde Altura – Júlio Fernandes Comprimento – Pedro de Almeida – 7,38m (RN) Triplo-Salto – Hélio Andrade Vara – António Silva Uma semana se passou e foram as senhoras a ganhar o Nacional (pela 6ª vez) que se realizou no Estádio das Antas, no Porto. Francelina Anacleto voltou a bater a marca do comprimento com 4m98cm. Lídia Faria, com 3 títulos (4X100 metros, disco e peso) brilhou a grande altura. As campeãs: 100m – Francelina Anacleto – 13,2s 200m – Maria Fernanda Costa – 28,4s 4X100m – Eulália Mendes, Lídia Faria, Maria Preciosa Costa e Maria Fernanda Costa – 53,6s Comprimento – Francelina Anacleto – 4m98cm (RN) Disco – Lídia Faria – 31m03cm Peso – Lídia Faria – 9m37cm Num torneio em Alvalade, a 25 de Agosto, Manuel Oliveira bateu o recorde nacional dos 10.000 metros na 1ª vez que percorreu a distância (!), fazendo 30m36,0s. Já em Setembro os leões venceram como habitualmente a Taça Dr. Fernando Amado, fechando a época com “chave...
12 de Agosto de 1922. Os cuidados dispensados à nova secção de Polo Aquático começaram a dar os seus frutos, mesmo antes que fosse instalado o posto náutico do Sporting (um dos melhores de Lisboa, inaugurado a 31 Março de 1923). No Regional o Sporting sagrar-se-ia pela 1ª vez Campeão, batendo o Casa Pia (1-0 e 4-0) e o Sport Algés e Dafundo (4-1 e 3-1), em jogos de grande domínio leonino e com alguma violência à mistura. Nos jogos decisivos, começando pelo 4-0 ao Casa Pia, e segundo o jornal “Sport Lisboa”: “O Sporting dominou facilmente mas jogou mal. Os seus homens mudavam consecutivamente de posição, o que ocasionou uma barafunda que tirou brilho ao jogo. Stocker e Oliveira Duarte estiveram bem. Os restantes, sempre dum lado para o outro, principalmente Soares…” Contra o Algés (3-1): “Houve muita violência… Gritou-se, barafustou-se, houve ameaças… O Sporting pressionou muito, e o seu trio ofensivo, sempre desmarcado na 1ª parte, conseguiu enfiar todo o seu ativo (…) O Sporting é o melhor de Lisboa, e vai disputar com o Clube Escola Náutica (campeão do Norte) o título de Portugal”. Na foto: Arnold Stocker, um dos melhores da...
12 de Agosto de 1922. Nesse dia terminaram os denominados primeiros Campeonatos Regionais do Sul de Desportos Atléticos, que decorreram durante uma semana. A equipa do Sporting foi a grande triunfadora da competição fazendo jus ao prestígio granjeado desde cerca de 10 anos antes por António Stromp e seus pares. Assim, individualmente, os triunfadores do Sporting foram Salazar Carreira (400m, 400m barreiras – recorde nacional em 1,06m e pentatlo), Albano Martins (800m – recorde nacional em 2m08,6s, 1.500m e 5.000m), Rafael Pinto Barradas (lançamento do dardo), Alberto Figueiredo (lançamento do martelo) e Ápio de Almeida (salto em comprimento com corrida). A equipa de Luta de Tração com António Soares Junior, António Silva, António Soares, António Acácio da Silva, António Salazar Dinis, Alberto Figueiredo, Joaquim Oliveira Duarte e Raúl Xavier de Brito, também venceu, mantendo a aura das suas antecessoras. Por equipas o Sporting totalizou 9 títulos contra 8 do CIF. Numa classificação por pontos, 3 para o primeiro, 2 para o segundo e 1 para o terceiro classificado, o Sporting triunfaria com 59 pontos, contra 40 do CIF. Segundo o jornal “Sport de Lisboa”: “Foi muito notado o facto de muitos concorrentes, até mesmo do Sporting, (um clube considerado como líder) terem corrido descalços”. Na opinião do mesmo periódico: “Era conveniente acostumar todos os concorrentes ao uso do calçado. O facto foi muito reparado por se tratar do Sporting, que deveria ter um certo escrúpulo na apresentação dos seus atletas. Devemos acentuar também a má impressão que deu o Sporting ao fazer-se representar, pelo menos numa prova, por criatura sem nenhumas condições de robustez física!” Com o seu capital de...
7 de Agosto de 1932. Com força de vontade e entusiástica preparação o Sporting atingiu a final do 1º Campeonato Regional de Andebol de 11 (também o 1º organizado no país) por iniciativa da Associação Lisbonense de Andebol. O palco das decisões foi o Campo Grande, e por adversário tivemos o onze do Lisbonense. Apesar de desfalcados pela ausência de alguns bons elementos como Salazar Carreira, José Manuel Martins e Oliveira Martins, o Sporting triunfou merecidamente, mas com grandes dificuldades, por 1-0. Nesse memorável jogo foram utilizados Manuel Nunes Henriques; Acácio Campos e Ildo Gomes; Cipriano, Filipe dos Santos e Ernesto Barros; Benigno Silva, Castro Freire, Epaminondas Gomes, Vasco Cayola e Joaquim Alvarez. Jorge Simões Saramago era o dirigente da secção. A competição iniciara-se a 8 de Maio. O Sporting organizara o seu grupo representativo principalmente com especialistas de desportos manuais (Basquetebol e Râguebi) aos quais se juntaram 3 antigos internacionais de futebol: Joaquim Filipe dos Santos, José Manuel Martins e Cipriano Nunes dos Santos, o último já familiarizado a trabalhar a bola com as mãos (era um dos guarda-redes da equipa de futebol). O 1º jogo dos leões ocorreu a 15 de Maio, com uma vitória por 2-0 sobre o Centro de Armas e Desporto (golos de Epaminondas Gomes). O Sporting venceu todos os jogos da competição: Centro de Armas (2-0), Avenidas (6-1), Os Treze (3-2), Portugal FC (2-1), Magistério Primário (vfc) e Lisbonense (1-0). Além do Sporting, foram pioneiros desta modalidade o Portugal FC, Club Desportivo das Avenidas, Centro de Armas e Desportos, Grupo dos 13 e Óquei Club de Portugal. A modalidade só começou a ser...
7 de Agosto de 1966. No Campeonato Nacional de Atletismo em pista o Sporting sagrou-se Campeão pela 11ª vez consecutiva (18ª no total). O melhor atleta da competição foi Manuel Oliveira (vencedor dos 5.000 e dos 3.000 metros obstáculos), mas José Pina e Júlio Fernandes também estiveram em grande. O Benfica deu luta, ficando a apenas 10 pontos de distância. Vitórias leoninas: 100m – Carvalho Santos – 11,1s 200m – Júlio Fernandes – 22,2s 400m – José Pina – 49,9s 800m – José Pina – 1m56s 3.000m obstáculos – Manuel de Oliveira – 9m19,8s 5.000m – Manuel de Oliveira – 14m36,8s 10.000m – Armando Aldegalega – 30m5,2s Altura – Júlio Fernandes – 1m80cm Comprimento – Tadeu Freitas – 6m99cm Dardo – Abílio Cristovão – 16m20cm Disco – Manuel Goulão – 47m98cm Martelo – Carlos Sustelo – 51m68cm Triplo-Salto – Júlio Fernandes – 14mc91m Com esta vitória os leões alcançaram um recorde dificílimo de bater – 22 títulos consecutivos, 11 Regionais e 11 Nacionais! Dias antes disputara-se em Luanda, no Estádio dos Coqueiros, o Campeonato Nacional Feminino – que constituiu um êxito absoluto tanto em termos de organização com na presença de público, que foi enorme. Como de costume o Sporting venceu e o Benfica foi 2º. Vitórias: 100m – Francelina Anacleto – 12,5s 200m – Francelina Anacleto – 26,7s 400m – Eulália Mendes – 1m00,7s 4X100m – Ana Gomes, F. Serra, T. Palma e Eulália Mendes – 54,2s 800m – Eulália Mendes – 2m47,1s Comprimento – Francelina Anacleto – 5m26cm Dardo – Ana Maria Gomes – 31m86cm Disco – Lídia Faria – 39m Peso – Lídia Faria – 10m14cm...
20 de Julho de 1919. No Campo Grande, 2º jogo da finalíssima a duas mãos entre Sporting e Benfica para decidir o Campeonato Regional. Os leões tinham vencido em “casa” do rival por 1-0, pelo que a vantagem estava do seu lado. O campo do Sporting estava completamente lotado e antes de se iniciar o jogo já se percebia a tensão no ar. Segundo a imprensa da época, ainda antes do prélio começar, 2 espetadores trocaram algumas bofetadas que não tiveram consequências de maior… logo a seguir outra cena de pugilato se desenrolou, “obrigando” um guarda a puxar da sua arma e a atingir alguém, a quem abriu a cabeça!… A equipa do Sporting: Quintela; Amadeu Cruz e Jorge Vieira; Joaquim Caetano, Artur José Pereira e Boaventura da Silva; Torres Pereira, Francisco Stromp, José Rodrigues, Perdigão e Marcelino. A partida propriamente dita foi uma verdadeira sucessão de jogo violento, com agressões e insultos de fora para dentro, de dentro para fora e no próprio campo, entre os jogadores. Viveu-se um ambiente de “guerra aberta” onde vencer era imperioso para qualquer um dos contendores. As duas equipas estiveram sempre muito enervadas. A certa altura, por exemplo, Crespo (do Benfica) e Caetano (do Sporting) perderam completamente o controlo e desataram a trocar socos entre si, sendo ambos expulsos. O público invadiu de pronto o terreno de jogo. Com a confusão mais jogadores se socaram mutuamente, num cenário de filme de aventuras… Só a força da guarda republicana, que entrou firmemente em cena, deu azo a que os ânimos se voltassem a serenar… Um pouco mais tarde Artur Augusto deu um forte pontapé no...
13 de Julho de 1919. Sporting e Benfica tinham terminado o Regional de Lisboa empatados pelo que houve que recorrer a uma finalíssima (a duas mãos) para determinar o vencedor da competição. O 1º jogo realizou-se no terreno do Benfica, que aproveitou a ocasião para inaugurar o seu novo Estádio. O Sporting alinhou com: Quintela; Amadeu Cruz e Jorge Vieira; Joaquim Caetano, Perdigão e Francisco Stromp; Torres Pereira, Jaime Gonçalves, Jusa e Marcelino. Só 10 jogadores! Com um sol escaldante, que o calor de Julho se fazia sentir (e de que maneira…), as equipas apresentaram-se com o “freio nos dentes” fazendo da contenda uma questão de “vida ou de morte”. A exceção foi Artur José Pereira, que não se conseguindo livrar dos seus vícios de “estrela” só apareceu para jogar ao intervalo (!) – ele que estava na sua última época de verde e branco e obrigou os seus colegas a um esforço suplementar durante toda a 1ª parte. A verdade é que a entrada em campo daquele que ainda era o melhor futebolista português deu outro brilho à equipa leonina, pois o jogo passou a ser muito bem distribuído pelo seu médio-centro. O público, maioritariamente fiel aos benfiquistas, contribuiu decisivamente para um clima de conflito, que esteve definitivamente instalado. A partida foi muito agressiva, com brigas constantes entre os jogadores. Apesar de tudo o jogo acabou por ser bastante animado, de grande competitividade, e mau-grado o “handicap” dos leões decorrido do facto de lhes faltar um jogador durante metade do desafio, a expulsão do benfiquista Cândido de Oliveira acabou por gerar algum equilíbrio nesse aspeto. Depois de muita incerteza,...
12 de Maio de 1932. Neste dia disputou-se no Estádio do Lumiar um Sporting-Benfica para a penúltima jornada da 2ª fase do Campeonato de Lisboa. A vitória era essencial às duas equipas para conseguirem lutar com o Belenenses pelo título. Este foi um dos jogos mais violentos de sempre entre os 2 velhos rivais, que seria recordado por muitos anos. Arthur John, o treinador sportinguista, escalou a seguinte equipa: Dyson; Jurado e Jorge Vieira; Carlos Rodrigues, Varela e Abelhinha; Mourão, Abrantes Mendes, Luis Gomes, Valadas e Eduardo Mourinha. O jogo começou logo com dureza excessiva e grande parte do tempo foi passado com os jogadores em atos absolutamente à margem das regras do futebol. Uma agressão de Vítor Silva (o mais violento dos homens em campo, e constantemente interpelando o árbitro) a Jorge Vieira não foi punida, Varela ía distribuindo “fruta”, e os ânimos exaltavam-se cada vez mais. O intervalo não acalmou os jogadores apesar de poder dizer-se que só houve futebol nos primeiros 10 minutos da 2ª parte. Os leões venceram por 1-0, golo bem marcado por Abrantes Mendes de livre perto da área, aos 33 minutos de jogo. O Sporting foi sempre mais perigoso, mais equipa, justificando plenamente a vitória. A partida foi uma nódoa a manchar os pergaminhos dos dois grupos. Segundo o jornal O Século: “Certo era perderem os dois, que deviam mostrar mais consideração pelos espetadores que, atiçados, lutavam por todos os cantos. O terreno parecia um campo de batalha”. Jurado, Abelhinha, Valadas, Abrantes Mendes e Mourão foram os melhores sportinguistas no terreno de jogo onde proliferou a violência, gestos obscenos, vinganças, caça ao homem...
6 de Maio de 1925. A final do Campeonato de Lisboa em Futebol disputou-se no campo de Palhavã entre o Sporting (vencedor da 1ª divisão) e o Carcavelinhos (campeão do 2º escalão). O treinador leonino era Julius Lelovich. A equipa: Cipriano; Joaquim Ferreira e Jorge Vieira (cap); José Leandro, Filipe dos Santos e Henrique Portela; Torres Pereira, Jaime Gonçalves, Alfredo de Sousa, João Francisco e Emílio Ramos. Segundo a imprensa da época, este foi um jogo extraordinariamente animado, muito rápido. Perante um Carcavelinhos buliçoso que se lançou para a frente desde o 1º minuto, o Sporting começou a partida em contra-ataque, mas Torres Pereira, desinspirado, perdia muito do jogo que lhe era dado. Cipriano, muito atento, fez algumas defesas importantes, enquanto os seus colegas da defensiva se mostravam competentes (contrabalançando o mau trabalho defensivo da linha média). Jaime marcou 2 golos na 1ª parte, o 1º com um soberbo golpe de cabeça a um canto de Emílio Ramos, e o 2º num tiro colocadissimo ao canto direito, apesar de estar cercado por 4 adversários. Nesta 1ª parte o Sporting teve momentos absolutamente “mágicos”, com o trio defensivo imparável e os 2 interiores de ataque a constituirem um perigo constante. Na 2ª parte o Carcavelinhos não conseguiu dar tanta réplica pois jogou duma forma mais individualista à procura de um golo. Jaime voltou a marcar a magnífico centro de Emílio Ramos (fazendo o 3-0 final). O jogo foi parecido com o da 1ª parte, mas com um domínio sportinguista ainda mais acentuado. Cipriano, Jorge, Joaquim Ferreira, João Francisco e Jaime foram os melhores jogadores da equipa leonina. No plano oposto estiveram Torres...