18 de Julho de 1982. Nesse dia o Sporting sagrou-se campeão nacional de Hóquei em Patins pela 6ª vez. A prova, muito disputada, foi conquistada com uma vitória por 12-2 sobre o Valongo. Alinharam na partida decisiva: Ramalhete (Parreira); Vítor Rosado (1), Sobrinho (1), Chana (4), Trindade (4), Luís Nunes, Realista (2), José Rosado e Alexandre. Sporting e Benfica terminaram a prova com 26 vitórias e 4 derrotas cada, só que os leões marcaram 195 e sofreram 73 golos contra 186-97 do Benfica (então tricampeão nacional), o que fez a diferença. Nesta partida decisiva a festa foi grande no pavilhão do Alvalade. Logo aos 6 minutos o Sporting fez o 1º golo e as comemorações começaram logo aí. O marcador foi-se alargando com facilidade, o público gritava “Festival” e o pavilhão parecia “vir abaixo” nos festejos de cada golo. Nos últimos momentos alguns espetadores começaram a trepar as redes. No final foi a invasão do recinto com os jogadores a refugiarem-se de imediato nas cabinas. Muito contentes, e já “a salvo”, os hoquistas do Sporting abraçaram e felicitaram-se. Ramalhete, que regressara ao Sporting no início da época, afirmou: “Este foi um dos campeonatos mais difíceis que já disputei. A vitória foi obtida com muitos sacrifícios e julgo que nos assenta bem pois somos a melhor equipa portuguesa”. Chana, que marcou 4 golos na partida decisiva referiu: “Fomos a equipa mais regular do campeonato mais disputado de sempre”, opinião corroborada por João Sobrinho. Memorável e talvez ainda mais decisiva foi a partida da penúltima jornada com o Belenenses no Restelo. O Sporting esteve a perder por 4-2, entrou nos últimos...
17 de Julho de 1976. Nesse dia terminou o Campeonato Nacional de Hóquei em Patins com o Sporting a bater o FC Porto por 10-2 após uma exibição memorável. “Super-Sporting – Campeão Invicto” foi o título do jornal “A Bola” no dia seguinte. A partida decorreu no pavilhão dos Desportos sob enorme assistência. O FC Porto acabou goleado por um Sporting que, numa bela partida, deu tudo por tudo e confirmou a sua classe atual e supremacia em relação a todos os concorrentes. Emoção quanto ao resultado houve pouca, mas há a destacar a brilhante exibição de Chana, que fez 6 golos, alguns de tal classe que todo o pavilhão se levantou. Na defesa, Rendeiro – em grande forma, pautou todo o jogo da sua equipa, a que Ramalhete, Sobrinho e Salema davam toda a confiança. Torcato Ferreira (o treinador) referiu no final: “Este triunfo ficou a dever-se a um conjunto notável de esforços. Primeiro por parte da nossa massa associativa – que sempre nos apoiou durante todo o Campeonato, depois pela sincronização entre dirigentes e seccionistas, e acima de tudo pelo apoio da direção do clube, pelo que esta vitória é dedicada a João Rocha”. Na classificação final do Campeonato, o Sporting (campeão pela 3ª vez) ficou com 8 pontos de avanço em relação ao 2º classificado. Foi a equipa que mais golos marcou (93) e a que menos sofreu (40), produzindo exibições memoráveis. A Ramalhete, Rendeiro, Sobrinho, Chana e Salema juntavam-se excelentes jogadores do coletivo como Basílio, Saraiva e Carlos Alberto, num conjunto de atingiria na época seguinte o mais alto degrau à escala...
10 de Julho de 1977. Após o triunfo na Taça de Portugal e a rotumbante vitória na Taça dos Campeões Europeus, o Hóquei em Patins leonino conquistou o Campeonato Nacional. A sua incontestável superioridade confirmou-se no último fim-de-semana da competição ao bater o FC Porto por 10-4 e o Infante de Sagres por 10-2. A “equipa maravilha” comandada por Torcato Ferreira conquistou o 3º Campeonato Nacional consecutivo, 4º no historial do clube com uma vitória sobre o Infante de Sagres. O melhor quinteto do mundo, um dos mais temíveis de todos os tempos, coincidindo com a seleção nacional portuguesa, era eficaz, espetacular, demolidor. Arrastou multidões, encheu pavilhões e conquistou de forma indelével a admiração de todo o mundo afeto à modalidade. O pavilhão de Alvalade esteve cheio nesse derradeiro jogo do Campeonato Nacional. A festa não estava garantida. Era necessário vencer uma das boas escolas do hóquei nacional, onde pontificavam os gémeos Gomes da Costa, mas o Sporting não deu hipóteses. Ao intervalo o resultado já estava em 3-1 e na 2ª parte a “máquina” funcionou como nos seus melhores dias. Chana foi o melhor marcador da competição com 127 golos, à média de 3,7 por jogo. O médio Sobrinho referiu no final: “Temos um técnico que sabe da poda e formamos uma autêntica família”. Torcato Ferreira estava orgulhoso: “Que época maravilhosa. Depois da Taça de Portugal e da Taça dos Campeões Europeus, agora o Campeonato Nacional. São grandes êxitos como estes que reforçam a amizade e a camaradagem existentes no seio do Hóquei do Sporting”. Nesse último jogo os leões alinharam com Ramalhete (Carmelino); Rendeiro (1), Sobrinho (4), Chana (3),...
7 de Julho de 1984. O Sporting conquistou pela 1ª vez a Taça CERS (a única competição europeia que ainda não conquistara no Hóquei em Patins). Em Novara os italianos triunfaram por 4-1, mas houve mais Râguebi com patins do que propriamente Hóquei. Trindade fez o golo inaugural da partida. Ao intervalo havia 1-1, mas no 2º tempo, com o ruidoso apoio do público e a excessiva dureza dos italianos, estes conseguiram a vitória. Apesar de tudo o espanhol Ballasteros, o melhor do mundo, foi o árbitro, e com a sua excelente atuação, sem se deixar influenciar pelo ambiente, o Sporting conseguiu vir para Lisboa “ainda a respirar”. Havia grande espetativa para o 2º jogo e os leões corresponderam em pleno com uma memorável vitória por 11-3. O Sporting alinhou nesse encontro decisivo com: Ramalhete e Serra; José Rosado (1), Realista (4), Trindade (2), Luís Nunes (2), Serginho (2) e Campelo. O 3º golo, a meio da 1ª parte, igualou a final que os italianos (com 4 internacionais transalpinos e 1 argentino) nunca deram a impressão de poder ganhar. Ao intervalo verificava-se um 4-0. O Novara reduziu logo no início da 2ª parte, mas com a entrada de Serginho e 2 golos consecutivos da sua autoria, o Sporting mostrou que a Taça já não saía de Alvalade. Na verdade houve uma superioridade clara e inequívoca do Sporting, que completava assim uma semana fantástica, com o recorde mundial de Mamede nos 10.000 metros, a vitória de Paulo Ferreira numa etapa da Volta a França em bicicleta e agora o triunfo numa competição europeia. No final, Livramento (o treinador) referiu: “Foi...
29 de Junho de 1985. Os alemães do Walsum deram mais luta que a esperada, mas o Sporting conquistou a Taça das Taças (pela 2ª vez) com todo o mérito. Depois do empate 4-4 na Alemanha, os leões venceram por 8-4 em Alvalade. A equipa: Ramalhete (cap) e Serra; José Rosado, Campelo (2), Trindade (2), Serginho (4), José Carlos e Oliveira (não chegou a ser utilizado). Num pavilhão de Alvalade a necessitar de reforma, avultou o espetáculo dado pelas claques sportinguistas num ambiente muito quente com a temperatura a rondar os 40 graus. O Walsum ainda marcou primeiro, mas com o cerebral controlo de jogo de Pedro Trindade (completava nesse dia 22 anos) e a “mão quente” de Serginho, os leões rapidamente deram a volta ao jogo, chegando ao intervalo a vencer por 3-1. No 2º tempo os verde e brancos limitaram-se a confirmar o triunfo, sempre com uma interessante réplica dos visitantes. O final chegou com um natural 8-4, sendo de destacar ainda a boa prestação de Ramalhete, que aos 38 anos continuava a ser, para muitos, o melhor guarda-redes português. O treinador leonino era Luiz Barata, um técnico-revelação desta época: “Foi uma boa final, muito bem disputada no conjunto dos 2 jogos. Tivemos uma boa réplica do Walsum. Foi uma época muito difícil para nós na qual chegámos quase a não ter jogadores suficientes para formar uma equipa, e este foi o justo prémio para o brio, sacrifício e humildade dos nossos atletas.” A ideia que ficou da temporada é que a equipa do Sporting foi “espremida” ao máximo, tendo Luiz Barata conseguido tirar dela o melhor...
27 de Junho de 1981. Neste dia o Hóquei em Patins do Sporting “escreveu” mais uma brilhante “página” no seu palmarés, triunfando na Taça das Taças perante os espanhóis do Cibeles. Na 1ª mão da final, 13 dias antes, o Sporting perdeu por 4-1 em Oviedo (golo de Rosado). A equipa jogou intranquila pela doença do seccionista Gonzaga da Silva com dupla pneumonia, quebra de tensão e internamento no Hospital das Astúrias. António Livramento (o jovem treinador) prometeu que em Lisboa tudo seria diferente. Assim foi. Em Alvalade o Sporting atirou-se “com unhas e dentes” ao seu adversário. Fez 1-0, mas os espanhóis viraram para 1-2 e tudo ficou mais difícil. No entanto, Chana (a grande figura do encontro) empatou e no minuto seguinte fez 3-2. Antes do intervalo os leões ainda aumentariam para 4-2 aproximando-se da vantagem alcançada pelos espanhóis no jogo da 1ª mão. No 2º tempo o Cibeles abdicou pura e simplesmente do ataque. Chana ainda fez 5-2 mas “nuestro hermanos” entraram depois num verdadeiro anti-jogo que obrigou o árbitro a interromper a partida. No prolongamento os jogadores estavam visivelmente esgotados com um calor imenso num recinto com lotação máxima de 5.000 pessoas e onde estavam 7.000. Na 1ª parte os espanhóis mantiveram o estilo de posse de bola para levar a decisão para os penaltis, mas na 2ª o Sporting “explodiu”. Livramento apostou tudo no ataque e Chana fez um golo espetacular que deu pela 1ª vez vantagem ao Sporting nesta final. Os espanhóis foram então obrigados a abrir-se para tentar empatar a contenda, mas, a passe de Chana, Salema arrumou a questão (fazendo o...
20 de Junho de 2021. A equipa de Hóquei em Patins do Sporting CP sagrou-se Campeã Nacional (pela 9ª vez), neste domingo, depois de vencer o FC Porto no Dragão Arena por 6-5 no 4º jogo da final do Campeonato Nacional. Depois do 2º lugar na Fase Regular, os resultados do Sporting no play-off final: Valongo 4-2 (c) e 3-2 (f), Óquei de Barcelos 5-3ap (c), 4-3 (c) e 3-2 (f), FC Porto 1-3 (f), 6-3 (c), 6-4 (f) e 6-5 (f)! A nossa equipa, excelentemente orientada por Paulo Freitas tinha neste dia no Dragão Arena a possibilidade de se sagrar campeã nacional. Tal como nos jogos anteriores, este foi mais um encontro equilibrado e disputadíssimo do início ao fim, com a equipa da casa a colocar-se na frente do marcador aos 5 minutos, por Gonçalo Alves, já depois de Pedro Gil ter estado perto de marcar. A resposta leonina não tardou e, no minuto seguinte, Gonzalo Romero, assistido por Toni Pérez, fez o 1-1. Xavi Barroso fez o 2-1 e pouco depois teve a oportunidade de fazer o 3-1, após cartão azul a Ferran Font e através de um livre-direto, mas Ângelo Girão evitou-o. Com a diferença de um golo, o Sporting CP foi criando boas ocasiões, e conseguiu virar o resultado após o quarto de hora com tentos de Ferran Font e Toni Pérez, já depois de Gonzalo Romero ter levado a bola ao ferro. Com 6 minutos para jogar e 2-3 no marcador, o Sporting CP ainda viu Xavi Malián negar o avolumar da vantagem num remate de João Souto, mas tudo mudou pouco depois, em...
18 de Junho de 1977. Depois do título europeu no Crosse, o Sporting também se sagrou o maior da Europa no Hóquei em Patins. Pela 1ª vez uma equipa portuguesa conquistou a Taça dos Campeões à 12ª edição da prova. Efetivamente, depois de uma meia-final emocionante com o Voltregá, a final disputada com o Villanueva valeu 6-0 em Lisboa após uma extraordinária exibição, e 6-3 em Villanueva (na Catalunha, a 60km de Barcelona), noutra cabal demonstração de superioridade. Os espanhóis até começaram melhor, mas um Sporting demolidor deu a volta ao resultado. A equipa leonina foi composta por Ramalhete e Carmelino; Sobrinho (2), Livramento (1), Chana (2), Jorge, Garrido, Carlos Alberto e Rendeiro (1), sendo treinada por Torcato Ferreira – um homem muito tranquilo que sobressaía pela sua amabilidade e dedicação ao trabalho. No final os espanhóis foram unânimes em considerar que este conjunto do Sporting era o melhor da Europa e talvez do Mundo – uma equipa virtualmente invencível resultado do encontro dos melhores hoquistas portugueses do momento, treinados pelo melhor técnico português de sempre, onde Livramento, com toda a experiência acumulada, era ainda o grande artista. O capitão Júlio Rendeiro afirmou no final: “Houve inteira justiça na conquista do título e justo é enviar o nosso agradecimento aos sócios e adeptos do clube, sobretudo aos que aqui vieram, pois pertenceu-lhes uma larga quota-parte do êxito. Sentimos Alvalade em Villanueva. Estou com 34 anos e este é o momento para abandonar a prática do Hóquei em Patins. Que melhor final poderia eu desejar para a minha carreira?” O Sporting eliminou na competição o Montreux (18-1c e 11-3f), Voltregá (2-5f...
16 de Junho de 1990. Neste dia o Hóquei em Patins do Sporting conquistou a sua 4ª Taça de Portugal. Teve enormes modificações a equipa leonina para a temporada 1989/90. 7 internacionais abandonaram o clube, que se reforçou, entre outros, com Chambel (Turquel), Leste (Viareggio) e Luís Rodrigues (Parede). Se no Campeonato Nacional a turma sportinguista não se conseguiu impor, já na Taça de Portugal as coisas foram bem diferentes. A 9 de Junho, o Sporting bateu o Benfica nas meias-finais, por 4-3, no pavilhão de Vila Franca de Xira, por impossibilidade de utilização da nave do Alvalade devido ao concerto dos Rolling Stones. Os leões perdiam ao intervalo por 3-1 mas fizeram uma magnífica 2ª parte. Muito bem orientados por José Carlos, os sportinguistas marcaram por Campelo (2), Fanã e Luís Rodrigues. Veio então a final, frente à poderosa equipa do Óquei de Barcelos. O jogo realizou-se nesse 16 de Junho no Pavilhão de Cascais. Este foi um confronto entre duas grandes equipas, disputado com muita virilidade. O Óquei era favorito e foi surpreendentemente apoiado por um público superior ao leonino (apesar de estarmos nos arredores de Lisboa). Esta foi uma daquelas finais que justificavam duas taças tal foi o equilíbrio e a emoção. Antes da partida houve o habitual “diálogo” das claques, sempre dentro de parâmetros decentes. O Óquei começou melhor, mais afoito, mas foi Leste a abrir o marcador, o que “enlouqueceu” os adeptos sportinguistas, para pouco depois o mesmo jogador fazer o 2-0. Entre os 5 e os 10 minutos o Óquei chegou ao empate. Depois, a categoria de Chambel impediu a reviravolta total, e com...
9 de Junho de 1984. Neste dia o Sporting conquistou a sua 3ª Taça de Portugal em Hóquei em Patins, mas a História dessa prova foi extraordinária e merece uma abordagem mais pormenorizada. A 17 de Maio, na 1ª mão das meias-finais, o Sporting perdeu por 8-1 no pavilhão da Luz com o Benfica – marcou Realista. Ao intervalo o resultado era de 2-1, mas a velocidade do Benfica na 2ª parte desuniu os leões, onde só Trindade esteve próximo do seu nível, apesar de perder oportunidades incríveis. Uma semana depois, e contra todas as expetativas, o Sporting cometeu a proeza de virar a eliminatória com um triunfo por 12-4! A equipa: Ramalhete e Serra; José Rosado, Realista (3), Trindade (2), Luís Nunes (5), Sérgio (1) e Campelo (1). Foi uma sensacional recuperação! O Sporting chegou a 4-1, mas a sofreguidão impediu mais golos. O Benfica recompôs-se e pareceu que tudo estava decidido ao intervalo com o resultado em 5-3. Ainda por cima, logo no início da 2ª parte, os vermelhos reduziram para 5-4… Só que os sportinguistas, muito apoiados pela “Força Verde”, aceleraram e os benfiquistas cederam por todos os lados. Livramento fez uma gestão inteligente da componente física ao rodar todos os elementos. A grande força do conjunto e determinação dos leões fê-los chegar à final, com um resultado extraordinário. A 2 de Junho o Sporting foi às Antas para a 1ª mão da final, tendo perdido por 9-7. Os “leões” jogaram com: Ramalhete e Serra; José Rosado (1), Realista (1), Luís Nunes (1), Trindade (4), Campelo e Sérgio. O Sporting ganhava por 3-2 ao intervalo num jogo muito equilibrado. A 2...