18 de Março de 2004. Neste dia o Sporting anunciava no seu jornal que acabava de apadrinhar uma equipa sua numa nova modalidade – “Os leões estabeleceram uma parceria com o Horseball Clube SEJ – formação do Centro Equestre João Cardiga de Leceia, Oeiras, que vai passar a designar-se Sporting Clube de Portugal Horseball / Centro Equestre João Cardiga. Esta modalidade é praticada por equipas mistas de 5 cavaleiros e tem como objetivo introduzir uma bola num cesto colocado na horizontal”. No final do Campeonato os leões ficaram em 3º lugar, João Tiago Ribas foi o melhor marcador da prova (capitão da equipa) e ele próprio, António Leitão e João Pedro Cardiga foram convocados para a Seleção...
18 de Março de 1964. Quando saiu em sorte aos leões o Manchester United para os quartos-de-final da Taça das Taças muita gente houve que ficou imediatamente descrente face ao futuro sportinguista na competição. Na verdade, a 1ª partida disputada em Inglaterra correu muito mal à equipa leonina, que perdeu por 4-1, para o que muito contribuiu uma péssima arbitragem. Entre um e outro jogo o Sporting trocou de treinador – o brasileiro Gentil Cardoso foi substituído por Anselmo Fernandez. Como que sentindo uma força extra a empurrá-los para uma notável proeza, os jogadores leoninos, por sua própria iniciativa, entraram em estágio com grande antecedência junto ao Estádio Alvalade, e por esses dias não foi raro juntarem-se ao cair da noite para peladinhas em pleno relvado para afinar o seu entrosamento. Apesar da pesada derrota no encontro da 1ª mão, Alvalade registou uma grande enchente, que proporcionou ao clube (tão depauperado em termos financeiros) uma receita significativa de 1.000 contos. O Sporting jogou com: Carvalho; Pedro Gomes e Hilário; Mendes, Alexandre Baptista e José Carlos; Figueiredo, Osvaldo Silva, Mascarenhas, Géo e Morais. Os verde e brancos entraram em jogo com uma velocidade e um querer como muito raramente ou quase nunca se havia visto antes numa equipa portuguesa, abrindo a “conta” logo aos 3 minutos. Em consequência duma bela jogada individual Osvaldo Silva penetrou na grande área contrária e rematou. Gaskell ainda defendeu para perto, mas Dunne afastou a bola com a mão. O árbitro francês marcou o respetivo penalty cuja conversão Osvaldo Silva não falhou. 9 minutos depois a esperança cresceu com o 2-0. Mascarenhas ganhou a bola a meio do...
17 de Março de 2007. Numa altura em que distava 5 pontos do Benfica e 9 do FC Porto, o Sporting foi jogar ao Estádio do Dragão para a 22ª jornada do Campeonato Nacional com a total obrigatoriedade de vencer, se é que ainda pretendia ter uma palavra a dizer na luta pelo título (que se afigurava já muito difícil). Sob o comando de Paulo Bento e perante cerca de 1.500 adeptos leoninos, os leões alinharam com: Ricardo; Abel, Caneira, Anderson Polga e Rodrigo Tello; Miguel Veloso; João Moutinho, Romagnoli (Pereirinha) e Nani; Yannick Djaló e Alecsandro (Custódio). Sem poder contar com o seu principal goleador (Liedson) e sem o até aí titularissimo (no centro da defesa) Tonel, o Sporting entrou na partida com uma excelente desenvoltura. Os leões conseguiram surpreender os locais com a sua simplicidade de processos, fazendo a bola chegar com relativa facilidade ao último reduto portista e criando algumas situações para marcar. Os verde e brancos tiveram mais posse de bola, mais remates, mais pontapés de canto e mais oportunidades de golo ao longo de todo o jogo, mas na 1ª parte a sua superioridade foi ainda mais evidente. No 2º tempo os dragões surgiram com mais atitude, mas em raros momentos do jogo se conseguiram superiorizar a um Sporting hiper-personalizado, onde a experiência de homens como Ricardo, Caneira e Polga se juntava à irreverência de Veloso, Moutinho ou Nani, criando um “cocktail explosivo” que “deu cartas” no Estádio do Dragão. Aos 71 minutos o esperado aconteceu. Beneficiando dum livre direto, Rodrigo Tello rematou de forma espetacular inaugurando o marcador. Os portistas quase não conseguiram reagir, e...
17 de Março de 2005. Depois duma vitória por 3-2 em Middlesbrough o Sporting recebeu em Alvalade os ingleses para a 2ª mão dos oitavos-de-final da Taça UEFA. Este foi o jogo 197 e a vitória 84 dos leões em provas europeias. A turma de José Peseiro alinhou com: Ricardo; Rogério, Hugo (Douala 33), Enakarhire e Rui Jorge; Beto; Pedro Barbosa (Carlos Martins 90), João Moutinho e Hugo Viana; Sá Pinto e Liedson (Niculae 88). O Sporting entrou com o conforto de saber que, mesmo perdendo por 1-0 passava a eliminatória. Ainda assim os leões começaram com intenção atacante criando algumas jogadas junto à defesa dos visitantes. Apesar de tudo, aos 16 minutos, após um erro de Ricardo, Rui Jorge salvou sobre a linha um golo que parecia certo de Nemeth. Os verde e brancos continuaram a ter o predomínio do jogo, mas apesar de criarem algum alvoroço na defensiva contrária escasseavam as verdadeiras oportunidades de golo. Aos 50 minutos, após um erro clamoroso de Ricardo, Job, com a baliza aberta, atirou ao lado. Com o decorrer do tempo o Sporting parecia cada vez mais confortável no jogo, mas Schwarzer, o guardião forasteiro, respondia sempre com grande segurança. Os últimos minutos foram emotivos. Aos 86, de livre direto, Hugo Viana quase marcou, mas Schwarzer voou e fez uma grande defesa. Aos 89 Pedro Barbosa fez o único golo da partida no momento “mágico” da noite. Douala, em excelente lance individual, conseguiu chegar à linha de fundo pela esquerda e centrou para o “capitão”, que, em queda, rematou certeiro para o fundo das redes. Acrescente-se que este foi o último dos 52 golos...
17 de Março de 1974. O Sporting tinha 2 pontos de avanço do FC Porto e 3 do Benfica antes do despique entre leões e dragões em Alvalade para a 24ª jornada do Campeonato Nacional. Yazalde já marcara 39 golos na prova, e enquanto os leões tinham 78 tentos marcados, o FC Porto tinha 36 e o Benfica 39… Registou-se uma super-enchente no Estádio Alvalade para esta grande partida com tempo enevoado e temperatura amena. O Sporting, comandado por Mário Lino, alinhou com: Damas; Manaca, Bastos, Alhinho e Carlos Pereira; Vagner, Nélson e Baltazar (Dé); Marinho (Chico), Yazalde e Dinis. O ambiente foi festivo, de grande beleza, com os milhares e milhares de pessoas presentes quase todas ansiando por uma vitória leonina, dando grande brilho e côr ao espetáculo. A partida começou com cautelas de ambas as partes, mas logo com um maior atrevimento, bem notório, por parte dos sportinguistas. Numa jogada “a todo o gás” logo aos 5 minutos, que provocou um grande mal-estar na defesa portista (cujos jogadores entraram nervosos e intranquilos) surgiu o 1º golo. Após grande insistência a bola acabou por sobrar para Dinis, que muito próximo da linha de cabeceira e quase sem ângulo, rematou pelo “buraco da agulha” enganando Tibi. O Sporting acelerou. Cada avançada era um “ai Jesus” para a defensiva nortenha, e apenas um quarto-de-hora se passou até os leões chegarem ao 2º golo. Nélson, da direita, centrou bem para “cima” da baliza portista. Tibi parecia ter a situação controlada mas de súbito largou a bola, surgindo Dinis, rapidíssimo, a marcar. O guardião portista correu depois em direção ao árbitro alegando uma...
17 de Março de 1913. Numa organização do jornal “O Mundo” decorreu a Semana Sportiva, uma reunião com impacto, que poderia de alguma forma ombrear com os Jogos Olímpicos Nacionais. 2 dias antes da competição se iniciar a direção leonina fez publicar o seguinte texto (curioso) no jornal “O Século”: “A direção do Sporting Clube de Portugal avisa os seus consócios que, para as festas da Semana Sportiva, organizadas pelo jornal “O Mundo” (que contam com a presença do Presidente da República, Manuel de Arriaga) que se realizam no seu campo de 9 a 17 do corrente, se podem reservar lugares para senhoras de sua família na tribuna”. Manuel de Arriaga (foto), o 1º presidente da República (na altura com 72 anos) pontificou na inauguração ao lado dos ministros do interior, das finanças e dos negócios estrangeiros. Como não poderia deixar de ser as competições foram à liça no campo do Lumiar, recinto sportinguista, e foram seguidas com grande entusiasmo. Os atletas do Sporting estiveram brilhantes, sublinhando-se individualmente os triunfos de Salazar Carreira (400 metros), João Aguiar (1.500 metros), Armando Almeida (maratona), Carlos Santos (salto em altura sem corrida – 1m42cm – recorde nacional), Gabriel Ribeiro (salto em comprimento com corrida e 110 metros barreiras – em 18s, recorde nacional), Damião de Góis (salto em comprimento sem corrida – 2m92cm – recorde nacional), Francisco Stromp (lançamento do disco) e Carlos Fernandes (corrida de bicicletas). De realçar os 3 recordes nacionais batidos pelos leões. A imbatível equipa de Luta de Tração, treinada por Pedro del`Negro, venceu facilmente, aproveitando-se do seu...
16 de Março de 2014. O clássico entre Sporting e Porto (perante 37.000 pessoas) era importantíssimo para a definição do 2º lugar. Com 2 pontos de avanço sobre os portistas, uma vitória leonina colocava a equipa de Leonardo Jardim em ótima posição nesse particular. Sem poder contar com Maurício, o treinador sportinguista optou pela inclusão de Eric Dier no eixo defensivo, sendo também de destacar a titularidade de Diego Capel. A equipa: Rui Patrício; Cédric, Eric Dier, Rojo e Jefferson; William Carvalho, André Martins (André Carrillo 70) e Adrien; Carlos Mané (Wilson Eduardo 86), Slimani (Fredy Montero 73) e Diego Capel. O Sporting entrou bem, com grande atitude e velocidade, fazendo o primeiro quarto-de-hora “por cima” do adversário. Alguns lances perigosos foram criados, mas falhou sempre o último passe que possibilitasse uma finalização a contento. Aos poucos o Porto foi equilibrando, e sobretudo por Quaresma (que parecia de regresso ao seu melhor) também criou bons lances. Aos 16 minutos o extremo portista teve uma magnífica jogada pela esquerda e centrou de “letra” para Varela concluir e Rui Patrício executar uma defesa monumental. Aos 29, mais um excelente lance do homem “criado” em Alvalade com um remate ainda de muito longe que bateu com estrondo na trave. Quase no intervalo Jackson surgiu em excelente posição, mas perante a oposição de Cédric cabeceou por cima. O intervalo chegou com 0-0 após uma 1ª parte em que os portistas estiveram mais perto do golo. Para a 2ª parte o Sporting voltou a surgir com uma excelente atitude, que conseguiu manter por muito mais tempo, remetendo o Porto a uma postura de simples...
16 de Março de 1930. Com uma vitória por 10-5 sobre o Gimnasio (que se vencesse seria campeão), o Sporting foi pela 4ª vez, em 4 anos, Campeão Regional de Râguebi. Esteban Torok realizou uma estupenda exibição, sendo considerado pela crítica o melhor homem em campo. Nos 8 jogos que contemplavam o torneio o Sporting venceu 7, cedendo apenas 1 empate. Os resultados: Ginásio – 0-0 e 10-5; Benfica – 3-0 e 3-0; Belenenses – 12-0 e 13-3; Carcavelinhos – 12-3 e 30-5. Os jogadores mais utilizados foram: Manuel José, António Holbeche, Lourenço Cabral, Vasco Cayola, Cesário Cruz, Manuel Henriques, Joaquim Alvarez, Salazar Carreira, Cecílio Costa, Marcelino Figueiredo, António Morgado, João da Conceição, Filipe Rodrigues, Jaime Ribeiro, Esteban Torok e José Carvalho Amaro. Até à altura, nos 4 anos de Regionais, os leões realizaram 33 jogos. Ganharam 29, empataram 3 e perderam apenas...
15 de Março de 1959. O título já era uma miragem para os lados de Alvalade. À 25ª e penúltima jornada, receção ao Benfica, que lutava com o FC Porto pela liderança da prova. Comandado por Mário Imbelloni (que se estreava substituindo Enrique Fernández), o Sporting alinhou com: Octávio de Sá; Lino, Morato e Hilário; Mendes e David Julius; Hugo, Vasques, Caraballo, Travassos e Morais. Este foi um espetáculo emotivo e vibrante, com ambas as equipas a baterem-se ao limite dos seus recursos técnicos e físicos. O início foi algo nervoso, mas os encarnados eram aqueles que conseguiam explanar melhor o seu futebol. Ainda assim foram os leões a inaugurar o marcador, ao minuto 13. David Julius ganhou a bola a Serra e endossou-a a Morais. O extremo esquerdo centrou, e Artur, ao tentar aliviar a bola, colocou-a à mercê de Hugo (Costa Pereira e Vasques chocaram), que rematando vigorosamente fez o 1-0. O tempo para festejar foi muito curto, pois apenas 4 minutos depois os benfiquistas chegaram ao empate. Palmeiro, junto da linha de cabeceira, entregou a bola a Coluna, este centrou com força e Cavém, bem desmarcado, rematou a contar. Até ao intervalo o Benfica conseguiu maior prevalência do jogo pois controlou o meio-campo. O Sporting vivia das arrancadas de Morais e Hugo, que perto do descanso chegaram a criar calafrios sérios aos apaniguados benfiquistas. Na entrada para o 2º tempo a partida tornou-se mais equilibrada. O Benfica afrouxou o ritmo e as figuras do Sporting começaram a emergir. Estavam apenas decorridos 8 minutos quando Hugo atrasou para Travassos, este centrou alto e Vasques, depois de dominar a bola...
15 de Março de 1997. Com a eliminação na Taça UEFA aos pés do Metz e as derrotas em Braga e Setúbal às 9ª e 11ª jornadas, ao Sporting já só restava a Taça de Portugal para ganhar algo numa época futebolística de frustrações. O treinador belga Robert Waseige foi naturalmente afastado e Octávio Machado assumiu definitivamente as funções de técnico principal. A equipa melhorou muito e fixou-se no 2º lugar atrás do FC Porto, que caminhava rapidamente para o seu primeiro tri-campeonato. À 23ª jornada deslocação do Sporting às Antas naquela que foi talvez a melhor exibição da equipa treinada por Octávio Machado e uma das vitórias mais saborosas dessa era. O Sporting não ganhava no reduto dos portistas para o Campeonato há 20 anos. Os azuis e brancos tinham 10 pontos de avanço do Sporting e este encontro entre os 2 primeiros da classificação poderia arrumar já, de vez, a questão do título a 11 jornadas do fim… O Sporting apresentou-se com: De Wilde; Luís Miguel, Beto, Marco Aurélio e Pedrosa; Oceano e Pedro Martins; Pedro Barbosa (Saber – estreou-se essa noite), Sá Pinto (Vidigal) e Hadji; Yordanov (Dominguez). Desde o primeiro pontapé na bola da partida que o Sporting mostrou uma grande personalidade, controlando com grande apropósito o jogo no meio campo mercê da belíssima exibição de Pedro Martins. A estratégia leonina passou por “dar” algum aparente domínio de jogo ao adversário mas fazendo marcações muito “altas” que não davam grandes hipóteses aos portistas – de António Oliveira, de conseguir criar jogadas com princípio, meio e fim. Aos 29 minutos surgiu o 1º golo da noite na sequência...