Nasceu a 27 de Março de 1887 em Lisboa. Foi vedeta do Futebol do CIF (onde chegou a treinador e dirigente) na 1ª década no século XX. Paralelamente jogava Râguebi, e fez parte da 1ª equipa do Sporting na modalidade. Depois foi estudar para a Alemanha, tornando-se engenheiro (viria anos mais tarde a dirigir a montagem da rede de tração elétrica da cidade de Coimbra). Num período em que os métodos de treino em Portugal passavam pouco do rudimentar sendo a função do treinador pouco considerada e respeitada, constituiu uma verdadeira exceção graças aos seus conhecimentos quase ilimitados sobre Futebol. Era um visionário estava avançado no seu tempo. Defendia que os jogadores não deviam fazer movimentos segundo as circunstâncias, mas sim fazer um movimento tal que obrigasse o adversário a executar o movimento que nos interessa que seja feito para que os lances decorram como nós o imaginámos. Chegou ao Sporting no início da temporada 1921/22, e em Dezembro de 1921 foi convidado para dirigir a seleção nacional no 1º jogo da sua História, em Madrid, frente à Espanha (derrota por 3-1) Muito culto, levava não raras vezes os seus pupilos ao desespero ao retirar-lhes a bola dos treinos e obrigando-os a fazer saltos à corda e a praticar exercícios físicos de natureza quase militar, sendo assim o 1º treinador em Portugal a não limitar os treinos a jogos entre os titulares e os reservas. A certa altura chegou mesmo a contratar Santos Ruivo, o primeiro pugilista profissional português, para ministrar alguns exercícios físicos e dar algumas noções de Boxe aos jogadores. Tudo correu bem até um dia em...
Rui Jorge de Sousa Dias Macedo de Oliveira nasceu a 27 de Março de 1973 em Vila Nova de Gaia. Oriundo das camadas jovens do FC Porto, esteve uma época emprestado ao Rio Ave, impondo-se depois nos portistas, clube pelo qual chegou a internacional (duas vezes). Chegou ao Sporting no defeso de 1998 envolvido numa troca de jogadores entre leões e dragões. Rui Jorge e Bino vieram para Alvalade, enquanto Costinha e Peixe fizeram o caminho inverso. Graças a ele os sportinguistas vieram a considerar essa transação bem proveitosa para as suas cores. Estreou-se oficialmente (sob o comando de Mirko Jozic) a 24 de Agosto de 1998 no Vitória de Setúbal-Sporting (1-1) para a 1ª jornada do Campeonato Nacional, tendo marcado o 1º golo a 13 de Dezembro do mesmo ano numa receção ao Braga (4-1). Nessa 1ª temporada entre os leões jogou preferencialmente no lado esquerdo do meio campo e não foi um titular indiscutível (27 presenças). No ano seguinte, com Inácio, voltou à sua posição preferencial (de onde nunca mais saiu) na esquerda da defesa, tornando-se protagonista na equipa – situação que manteve enquanto permaneceu em Alvalade, até ao final da temporada 2004/05 (até ao termo da carreira só fez mais uma época, no Belenenses – onde iniciou o percurso de treinador). Jogou pela última vez a 22 de Maio de 2005 num Sporting-Nacional da Madeira (2-4), partida derradeira duma semana terrível para a equipa, que de poder ser Campeã Nacional e ganhar a Taça UEFA, acabou sem qualquer título. No total esteve 7 épocas no Sporting tendo realizado 243 jogos e marcado 5 golos. Ganhou 2...
José Martins Leal nasceu a 23 de Março de 1965 em Luanda – Angola. Começou nos Repesenses e passou ainda pelo Viseu e Benfica antes de dar nas vistas no Académico de Viseu. Chegou ao Sporting proveniente da turma viseense no Verão de 1989. Estreou-se oficialmente no Sporting-Nápoles (0-0) para a Taça UEFA. A sua posição de origem era a de defesa-central, mas Manuel José começou a utilizá-lo como lateral-esquerdo (Venâncio, Luizinho e Miguel garantiam eficácia no eixo defensivo) e por aí se fixou. Logo na 1ª época foi o defesa-esquerdo mais utilizado da equipa com 20 presenças. Marcou o 1º golo já na época seguinte, na Amadora, a 29 de Setembro de 1990 (tento decisivo, nos últimos minutos, no triunfo por 2-1 da equipa de Marinho Peres, que somava vitórias no início do Campeonato). Nessa temporada foi, a par de Gomes, o futebolista mais utilizado da equipa (50 jogos), conseguindo fazer 5 golos. Futebolista regular e muito utilizado independentemente dos treinadores que iam passando pela equipa, voltou a ser dos mais efetivos em 1991/92 (a par Ivkovic, Figo e Cadete) com 38 jogos oficiais. Mais uma vez fez 5 golos. Com Bobby Robson, em 1992/93, manteve a titularidade. Marcou o último golo a 2 de Maio de 1993 num triunfo em Guimarães por 3-2. Curiosamente, o seu substituto natural – Paulo Torres, marcou aí pela 1ª vez. No ano seguinte Paulo Torres afirmou-se definitivamente e Leal jogou pouco (apenas 9 jogos), acabando dispensado. Alinhou pela última vez de verde e branco a 2 de Junho de 1994 na última jornada do Campeonato frente ao Paços de Ferreira (3-1)....
Aldo Pedro Duscher nasceu a 22 de Março de 1979 em Esquel – Argentina. Numa altura em que era uma das grandes promessas do futebol do país do tango chegou ao Sporting, no Verão de 1998 (vindo do Newell`s Old Boys), indicado pelo novo treinador, o croata Mirko Jozic. Estreou-se oficialmente a 24 de Agosto, em Setúbal (1-1) na 1ª jornada do Campeonato, e, curiosamente, foi expulso. Marcou o 1º golo (bisou) a 13 de Dezembro numa receção ao Braga (4-1), numa partida em que também Rui Jorge se estreou a marcar de “leão ao peito”. Essa sua 1ª temporada no clube (apesar de ter apenas 19 anos) foi magnífica, tornando-se mesmo a grande revelação da época. Centrocampista com muito boa técnica, excelente capacidade de passe e capacidade para fazer um vai-e-vem constante de área a área, jogou 29 vezes e marcou 3 golos. Na temporada seguinte o Sporting mudou de treinador (chegou Materazzi, que ao fim de pouco tempo foi substituído por Inácio), mas o argentino manteve-se intocável na equipa, assumindo-se mesmo como o “coração” do conjunto, impondo o seu ritmo. Excelente recuperador de bolas, tinha uma fantástica capacidade para depois distribuir jogo com critério. Nessa época o Sporting chegou ao título após 17 anos de jejum e no final não conseguiu segurar esta “pérola” argentina, que saiu para a Corunha. Jogou pela última vez de verde e branco a 25 de Maio de 2000 na finalíssima da Taça de Portugal perdida frente ao Porto (0-2). Marcara o último golo 11 dias antes, em Vidal Pinheiro, no jogo que decidiu o Campeonato. Fez um total de 62 jogos...
Leandro Machado Nascimento nasceu a 22 de Março de 1976 em Santo Amaro da Imperatriz – Brasil. Começou nas camadas jovens do Avaí e deu nas vistas nos seniores do Internacional de Porto Alegre, chegando às seleções brasileiras (incluindo a principal, onde alinhou 4 vezes e marcou 1 golo). Em 1996 chegou a Valência onde mostrou qualidades mas uma conduta extra-desportiva um pouco inadequada para um profissional de futebol. Ainda assim o Sporting “resgatou-o” por cerca de 1 milhão de contos no Verão de 1997. Estreou-se oficialmente em Jerusalém, frente ao Beitar, no 1º jogo do Sporting para a Liga dos Campeões (pré-eliminatória). 14 dias depois marcou pela 1ª vez (bisou) pelo clube, frente ao mesmo adversário, ficando para sempre como o autor do 1º golo dos leões na História da competição. Nessa 1ª temporada, verdadeiramente tumultuosa, na qual os leões tiveram 4 treinadores (Octávio Machado, Francisco Vital, Vicente Cantatore e Carlos Manuel), mostrou enormes potencialidades mas alguma fragilidade psicológica. Foi dos mais utilizados da equipa (38 presenças) e o seu melhor marcador (15 golos). Na memória, entre outras incidências, ficaram um golo fantástico de calcanhar frente ao Varzim para a Taça de Portugal e 3 golos no Restelo (triunfo por 4-0) após uma semana em que, constou, teve problemas disciplinares. Na temporada seguinte, sob o comando de Mirko Jozic (com quem teve problemas), acabou por sair ainda na fase inicial numa altura em que era a principal figura do ataque sportinguista… Marcou o último golo em Bolonha para a Taça UEFA, a 29 de Setembro de 1998 (derrota por 2-1). Jogou pela última vez a 7 de Novembro...
John Benjamim Toshack nasceu a 22 de Março de 1949 em Cardiff – País de Gales. Como jogador passou os melhores anos da carreira no Liverpool onde ganhou diversos títulos nacionais e europeus. Foi internacional e marcou mais de duas centenas de golos. Como treinador começou no Swansea City – que levou da 4ª à 1ª divisão em apenas 4 anos! Chegou ao Sporting no Verão de 1984 ficando com o histórico Pedro Gomes a adjunto. Logo cativou pelo discurso positivo e mentalidade ofensiva patenteada nos primeiros jogos. A 1ª partida oficial foi a 26 de Agosto de 1984 – 3-0 ao Vitória de Guimarães. Nos primeiros 6 jogos foi sempre a ganhar, com muitos golos e o Auxerre eliminado das provas europeias. Entretanto veio uma inesperada derrota em Penafiel (encarada como um “acidente de percurso”)… A eliminação (em Novembro) da Taça UEFA “aos pés” do Dinamo Minsk (nos penaltis) foi a primeira “machadada” na sua credibilidade entre os adeptos, enormemente agravada pela derrota em Alvalade frente ao Rio Ave para a Taça de Portugal (já em Março). Entretanto o Sporting fazia um bom Campeonato (que noutros anos até daria o título), mas o FC Porto (com Futre em grande) não cedia um palmo de terreno… A 19 de Maio de 1985 acabou por orientar pela última vez a equipa num triunfo por 2-1 sobre o Boavista. Saiu sem ganhar nada mas a verdade é que, com ele, o Sporting praticava um futebol vistoso e de pendor atacante. Ficou para a História do futebol do clube como o treinador com menor percentagem de derrotas de sempre (7,89% – 3 derrotas em 38...
António Henriques Morato nasceu a 20 de Março de 1937 em Lisboa. Começou no Charneca, mas chegou ao Sporting ainda nas camadas jovens. Estreou-se oficialmente na equipa principal (com o treinador Enrique Fernández) a 25 de Janeiro de 1959 num Sporting-Lusitano de Évora (3-1) para o Campeonato. Logo nessa 1ª temporada foi bastante utilizado (17 presenças) como alternativa a Galaz no posto de defesa/médio centro. Na temporada seguinte voltou a jogar com alguma regularidade (sem ser titular), mas em 1960/61, com Alfredo González (primeiro) e Otto Glória (depois), foi o jogador mais utilizado na sua posição (28 jogos), o mesmo acontecendo na época seguinte, na qual, finalmente, se sagrou Campeão Nacional (com Juca). Em 1963/63 perdeu o lugar para o luso-brasileiro Lúcio, jogando muito menos que nas épocas anteriores. Ainda assim valeu o título coletivo na Taça de Portugal. No ano seguinte esteve emprestado ao Vitória de Setúbal, regressando em 1964/65 para fazer a sua última época de “leão ao peito”. A 30 de Junho de 1965 jogou pela última vez pelo Sporting numa derrota por 2-0 com o Vitória de Setúbal para a Taça de Portugal. Esteve um total de 6 épocas no clube tendo realizado 106 jogos oficiais (curiosamente nunca fez nenhum golo). Ganhou 1 Campeonato Nacional e uma Taça de Portugal. Foi um bom defesa, que sem exuberâncias nem grandes momentos de brilhantismo conquistava (pela sua regularidade e sobriedade) a confiança dos seus treinadores. Depois passou por Lusitano de Évora e Oriental. Foi uma vez internacional A. O seu filho, também António Morato, também defesa e também internacional A, foi uma das figuras da equipa do...
Marinho Peres Ulibarri nasceu a 19 de Março de 1947 em Socoraba – Brasil. Foi um grande jogador de futebol (como defesa-central), destacando-se na Portuguesa e no Santos, tendo chegado depois ao FC Barcelona. Foi internacional brasileiro por 15 vezes, sendo titular na “canarinha” que esteve no Mundial de 1974 na Argentina. Começou a carreira de treinador em 1981 no América do Rio de Janeiro. Em 1986 chegou a Portugal para o Vitória de Guimarães onde construiu uma equipa magnífica com um futebol agradabilíssimo à vista. Mais tarde esteve no Belenenses onde conquistou a Taça de Portugal. Chegou ao Sporting no Verão de 1990 como aposta forte do presidente Sousa Cintra. Orientou pela 1ª vez oficialmente o clube a 19 de Agosto de 1990 numa receção ao Vitória de Guimarães (3-0) para a 1ª jornada do Campeonato Nacional. O início do seu trabalho foi auspicioso. Os leões triunfaram nos primeiros 11 jogos do Campeonato, eliminando pelo meio Malines e Timisoara (com 7-0 em Alvalade!) da Taça UEFA. No entanto, na parte final da 1ª volta, as derrotas com FC Porto e Benfica mostraram que os leões não tinham “estofo” para chegar ao título. Na Europa as boas prestações continuaram, e só na meia-final os leões seriam vergados pelo fortíssimo Inter de Milão de Brehme, Mattheus e Klinsmann. Nesta 1ª temporada em Alvalade Marinho Peres lançou Peixe e foi com ele que Filipe e Balakov despontaram no clube. Para a época seguinte os sportinguistas esperavam mais, mas a verdade é que as coisas correram pior que na anterior. Uma derrota em Aveiro logo à 5ª jornada do Campeonato e a...
Nasceu a 19 de Março de 1950 na Venda do Pinheiro. Começou a carreira de ciclista em 1968 no Sporting (que na altura tinha uma equipa fortíssima). Em Julho desse ano teve a sua 1ª contribuição para um triunfo coletivo, no Grande Prémio FC Porto – Robbialac, e 2 meses depois foi 10º no Campeonato Nacional de Fundo. O seu 1º grande triunfo individual aconteceu no Troféu “Jornal de Notícias” a 10 de Maio de 1970, batendo ao sprint 4 adversários que o acompanharam numa fuga iniciada pouco mais de 15km após a partida. Os leões venceram coletivamente. 1 mês depois foi o grande vencedor do Grande Prémio Robbialac. Na Volta a Portugal desse ano (1970) triunfou no Prémio da Montanha e foi 2º na geral, suplantado apenas por Joaquim Agostinho. Em Setembro estreou-se na VII Escalada de Montjuich, com um 18º lugar, e 15 dias depois venceu o Circuito de Alenquer e o Campeonato Regional de Rampa numa temporada a todos os títulos memorável. A 14 de Março de 1971 Firmino Bernardino ganhou o Campeonato Regional do Sul (o Sporting triunfou coletivamente), e em Junho contribuiu para a vitória coletiva no 3º Grande Prémio Riopele (com um 7º lugar). Na Volta a Portugal voltou a ser 2º, atrás de… Agostinho, e venceu, mais uma vez, o Prémio da Montanha. No Grande Prémio Internacional de Sintra, para não variar, foi 2º atrás de Joaquim Agostinho e em nova presença na Escalada de Monjuich alcançou o 21º posto. Em Outubro voltou a triunfar no Regional de Rampa, num verdadeiro festival sportinguista com 5 ciclistas nos 5 primeiros lugares! Na Volta...
Mário Marques Coelho nasceu a 18 (registado a 24, por isso algumas confusões) de Março de 1957 no Rio de Janeiro – Brasil. Começou no Fluminense (onde foi campeão carioca em 1980). Por lá se manteve 5 épocas até chegar ao Bangu, clube no qual atingiu o pico da carreira. Passou ainda por Vasco da Gama e Botafogo antes de chegar ao Sporting, já com 29 anos, no Verão de 1986. Sobre ele depositaram-se muitas expetativas, pois era um “nome de peso” no futebol brasileiro. Estreou-se oficialmente a 31 de Agosto num Rio Ave-Sporting (2-2) para a 2ª jornada do Campeonato Nacional. Marcou o seu 1º golo (bisou) a 1 de Outubro na receção ao Akranes (6-0) para a Taça UEFA. 15 dias antes tinha sido considerado pela generalidade da imprensa o “melhor em campo” na vitória por 9-0 frente ao mesmo adversário na Islândia, resultado que continua a constituir um recorde entre equipas portuguesas de goleadas “fora” em jogos das competições do “velho continente”. Nessa 1ª temporada sob o comando de Manuel José (primeiro), Marinho Mateus (depois) e Keith Burkinshaw (por fim) foi bastante utilizado na esquerda no meio campo, acumulando 29 presenças e 4 golos, o mais importante dos quais (um verdadeiro golão e o seu momento mais alto na curta estada em Alvalade) aos 120 minutos do Porto-Sporting para as meias-finais da Taça de Portugal que levou os sportinguistas ao Jamor. Na temporada seguinte (com Burkinshaw e António Morais) ganhou ainda mais protagonismo. Foi normalmente titular no meio campo, como “patrão da equipa”, e contribuiu para o triunfo na Supertaça frente ao Benfica. Entretanto chegou o novo...