Joaquim Alberto Ferreira Machado (conhecido no mundo do futebol por Quim Berto) nasceu a 9 de Outubro de 1971 em Guimarães. Iniciou-se como senior no Benfica de Castelo Branco em 1990, mas rapidamente deu o “salto” para o Vitória de Guimarães. Defesa-lateral muito polivalente, que jogava em qualquer dos flancos, dava também nas vistas por marcar muito bem livres-diretos. No defeso de 1997 foi contratado pelo Sporting. Estreou-se oficialmente (com o treinador Octávio Machado) a 23 de Agosto num Sp. Farense-Sporting (0-0) da 1ª jornada do Campeonato Nacional. Nessa 1ª temporada foi “dono” da lateral-direita a ponto de ser a par de Marco Aurélio (com 40 jogos) o mais utilizado da equipa. Ainda assim o seu desempenho não foi brilhante. Vinha, por exemplo, rotulado de excelente marcador de livres, mas nem um só golo marcou… Regressou então por empréstimo a Guimarães, mas em Janeiro voltou, e mereceu por 9 vezes a confiança de Mirko Jozic (como defesa-esquerdo). Apontou 3 golos, o 1º dos quais a 20 de Março de 1999 num triunfo por 3-1 no Funchal frente ao Marítimo. Em 1999/2000 fez parte do grupo que levou o Sporting a reconquistar o Campeonato Nacional 18 anos depois, mas a verdade é que não jogou muito (apenas 6 presenças e 1 golo – o seu último pelo Sporting, e que valeu o triunfo em Canelas Gaia para os 1/32 final da Taça de Portugal) constituindo a 3ª opção de Augusto Inácio para defesa-direito (depois de César Prates e Saber). 2000/01 foi a sua última época de verde e branco. Como alternativa ao titularíssimo César Prates, jogou em 9 ocasiões, a última...
Francisco Delfim Dias Faria nasceu a 9 de Outubro de 1949 em Matosinhos. Começou por jogar no Leixões – uma equipa que chegou a ganhar grande protagonismo e de onde sairam excelentes jogadores apelidados de “Bebés de Matosinhos”. Na altura já era internacional português pelas camadas jovens. Chegou ao Sporting no defeso de 1968 por 1.900 contos – apenas uma época no 1º escalão do futebol português tinha bastado para o confirmar como um dos jovens de maior potencial na altura. Estreou-se oficialmente (com o treinador Fernando Caiado) a 8 de Setembro de 1968 num triunfo por 5-0 sobre o Varzim para a 1ª jornada do Campeonato. Marcou pela 1ª vez a 22 do mesmo mês, numa derrota frente ao União de Tomar por 2-1. Logo nessa 1ª temporada foi muito utilizado (35 jogos – 8 golos) a ponto de fazer os treinadores do Sporting derivarem o habitual extremo-direito Marinho para a ala contrária. Para a época seguinte foi contratado Dinis (para alinhar na extrema-esquerda). Marinho voltou ao seu posto habitual e Chico jogou menos (10 presenças), mas festejou o seu 1º título nacional (o treinador era Fernando Vaz). Em 1970/71 o Sporting conquistou a Taça de Portugal. Chico manteve-se como alternativa a Marinho, realizou 22 jogos (10 golos) e marcou por duas vezes na final da Taça de Portugal (4-1 ao Benfica). Ate 1975/76 (a sua última temporada no Sporting), manteve-se como um dos protagonistas da equipa leonina, ora à direita ora à esquerda do ataque. Na final da Taça de 1974 voltou a marcar ao Benfica e a contribuir, assim, de forma decisiva para o triunfo. Fez o...
José Rodrigues Dias nasceu a 7 de Outubro de 1924 em Almada. Como futebolista foi guarda-redes, passou pelo Sintrense, mas nunca atingiu grande relevo. Ainda jovem formou-se em Educação Física iniciando a seguir uma longa carreira como preparador físico e treinador. Destaque aqui para o seu trabalho na Federação Portuguesa de Futebol, tanto nas camadas jovens como na Seleção A. Estreou-se oficialmente como treinador do Sporting a 7 de Janeiro de 1978 (substituindo o brasileiro Paulo Emílio). A decisão não causou grande surpresa até porque o treinador brasileiro decidiu partir para o Brasil em época natalícia sem disso informar o presidente João Rocha – o que não caiu bem em Alvalade. Num processo de avanços e recuos, Paulo Emílio foi mesmo despedido e Rodrigues Dias assumiu. Ao que constou os jogadores ficaram satisfeitos. O defesa-direito Artur até afirmou na altura: “Era o prof. Rodrigues Dias que fazia todo o trabalho, pelo que… não há grande mudança” No 1º jogo uma vitória em Alvalade por 3-0 sobre o União de Coimbra para os 1/16 final da Taça de Portugal. Na altura o Sporting ia em 3º no Campeonato e assim ficou no final, mas a 24 de Junho de 1978 conseguiu ganhar na finalíssima a sua 10ª Taça de Portugal, frente ao FC Porto. Nesse 1º período como técnico principal, Rodrigues Dias lançou na 1ª equipa o jovem Ademar, que viria a ter algum protagonismo nos anos seguintes. Apesar do sucesso na Taça, João Rocha preferiu contratar um novo técnico para a época seguinte – Milorad Pavic (que, aliás, já estava “apalavrado” há vários meses), ficando Rodrigues Dias como adjunto...
Carlos Nuno Tavares Calado nasceu a 5 de Outubro de 1975 em Alcanena. Cedo se distinguiu pelas suas proezas atléticas. Começou pelo corta-mato escolar em Alcanena e depois passou para o Inatel onde chamou a atenção pelos seus desempenhos. Mais tarde esteve no Clube de Natação de Rio Maior. Em 1994 deu nas vistas no Mundial de juniores ao ficar em 6º no triplo-salto e 8º no salto em comprimento. Chegou ao Sporting em 1996 logo após os Jogos Olímpicos de Atlanta. Em Alvalade esteve 7 anos de “ouro” onde se consagrou como um atleta de grande qualidade. Aliás, Calado é dos casos raros de sucesso nas chamadas “disciplinas técnicas” do Atletismo português, quando se sabe que o nosso país é dominado pelos atletas de fundo e meio-fundo. Em 1997 foi campeão europeu de sub-23 no salto em comprimento e 2º nos 100 metros. No mesmo ano foi Campeão Nacional dos 200 metros em pista e do comprimento em pista coberta. No ano seguinte conseguiu um brilhante 2º lugar nos Europeus de pista coberta em Valência no salto em comprimento. A nível nacional foi pela 2ª vez Campeão do Comprimento. Em 1999 foi Campeão de Portugal dos 100 metros em pista. Na pista coberta alcançou os títulos nos 60, comprimento e triplo-salto! No glorioso ano de 2000 o Sporting foi Campeão Europeu de pista, e Carlos Calado fez parte da equipa. Individualmente sagrou-se Campeão Nacional de pista coberta no salto em comprimento pela 4ª vez. Esteve também presente nos Jogos Olímpicos de Sidney. Em 2001 conseguiu 2 brilhantes 3ºs lugares nos Mundiais de pista e pista coberta no salto...
Gabriel António Sousa Cardoso nasceu a 4 de Outubro de 1930 no Porto. Depois de se destacar no Leixões, alinhou 4 épocas no Braga, onde despertou o interesse dos principais clubes portugueses. Foi o Sporting a ganhar a “luta”, e Gabriel chegou ao Alvalade no Verão de 1956 por 340 contos – 70 para o futebolista. Estreou-se oficialmente a 16 de Setembro num empate na Luz para o Campeonato (1-1). Marcou o 1º golo a 7 de Outubro numa goleada ao Sporting da Covilhã (7-1). O seu dia mais fulgurante ao serviço do Sporting terá sido a 3 de Fevereiro de 1957, numa tarde em que o Sporting perdia ao intervalo no Restelo por 2-0 (numa altura em que o Belenenses ainda era visto como um “grande”) e terminou empatado a duas bolas com 2 golos seus. A 17 de Março de 1957 marcou pela última vez, numa derrota por 2-1 no terreno do Barreirense. A partida derradeira fê-la a 25 de Abril, e resultou num empate no Alvalade frente ao Vitória de Setúbal (0-0) para os quartos-de-final da Taça de Portugal. Normalmente alinhava como interior-direito, e a concorrência de Vasques ainda era muito feroz. Embora tenha dado boa conta de si, esteve apenas uma época no Alvalade, tendo realizado 17 jogos oficiais e marcado 9 golos. No ano seguinte foi Campeão Nacional da 2ª divisão pelo Sporting da Covilhã, clube onde depois fez vários anos no principal escalão do nosso...
José João Galaz de Abreu Pimenta nasceu a 4 de Outubro de 1931 em Lagos. Começou a jogar futebol muito cedo num clube de Lagos denominado Faísca (como avançado). Com um físico imponente, rapidamente passou para os juniores do Portimonense (onde alinhou normalmente como interior) e depois destacou-se enormemente no Vitória de Setúbal onde despertou a cobiça do Sporting. Chegou a Alvalade no defeso de 1953. Estreou-se oficialmente (com o treinador Álvaro Cardoso) a 18 de Outubro num empate na Covilhã a duas bolas para a 3ª jornada do Campeonato Nacional. Marcou pela 1ª vez a 6 de Dezembro num Sporting-Boavista (2-1). Logo nessa 1ª temporada, apesar de ainda ser bastante jovem, ganhou um lugar de indiscutível na defesa fazendo parelha com Caldeira. Essa foi uma época brilhante para os leões que conquistaram a “dobradinha”. Na temporada seguinte Pacheco ganhou-lhe o lugar, mas, ainda assim, fez 15 jogos. Em 1955/56 voltou a ser o mais utilizado como defesa-esquerdo (esteve presente no 1º jogo da História da Taça dos Campeões Europeus), tendo Pacheco derivado para a direita e Caldeira sido relegado para suplente. Numa equipa em que eram “3 galos” para “2 poleiros”, Galaz manteve-se como titular em 1956/57, agora ao lado de Caldeira. Na época 1957/58 o Sporting voltou a ser Campeão (pela 14ª vez) e Galaz foi desta vez o pêndulo da equipa, a ponto de ser o futebolista mais utilizado com 31 jogos, jogando como defesa/médio centro. Manteve a posição no ano seguinte e 1959/60 foi a sua última temporada no clube, aí alinhando apenas em 3 jogos (perdeu protagonismo com a chegada do brasileiro Lúcio). Jogou...
Paulo Roberto Bacinello nasceu a 29 de Setembro de 1959 em Cascavel – Brasil, e daí lhe veio a alcunha. No clube da sua terra foi campeão paranaense e rumou logo de seguida ao Criciuma. Depois de estar 3 anos no Joinville (foi campeão catarinense) alinhou uma época no Fluminense onde despertou o interesse do FC Porto. Nas Antas foi campeão jogando pouquíssimo e então surgiu o Vitória de Guimarães no seu caminho. Na “cidade berço” provou todos os seus dotes de magnífico goleador numa equipa treinada por Marinho Peres que jogava um futebol brilhante. Na 1ª época foi o 2º melhor marcador do Campeonato (atrás do leão Manuel Fernandes) e na 2ª foi mesmo o “rei” dos artilheiros. Chegou ao Sporting no defeso de 1987 perante grande expetativa de todos os sportinguistas, e não os deixou ficar mal. Estreou-se oficialmente (com o treinador Keith Burkinshaw) a 23 de Agosto num Sporting-Rio Ave (4-1) para a 1ª jornada do Campeonato Nacional e bisou. Logo “pegou de estaca” na equipa, a ponto de ser o futebolista mais utilizado em toda a temporada (47 jogos) tendo marcado 30 golos (melhor marcador do Campeonato). Coletivamente os leões não conseguiram mais que o triunfo na Supertaça, e Cascavel marcou 1 dos golos no triunfo por 3-0 na Luz na 1ª mão da competição. Na 2ª época, na era das “unhas” de Jorge Gonçalves, foi um dos sobreviventes da “revolução” no plantel e manteve-se em bom plano (embora sem o brilho da época de estreia). Acumulou 39 presenças e marcou 15 golos, voltando a ser o mais certeiro da equipa. No ano seguinte chegou...
Hugo Cardoso Porfírio nasceu a 28 de Setembro de 1973 em Lisboa. Foi “formado” no Sporting e internacional nos diversos escalões jovens. Estreou-se oficialmente (com o treinador Bobby Robson) a 9 de Maio de 1993 num Sporting-Beira-Mar (3-1) para a 30ª jornada do Campeonato Nacional. Marcou o seu único golo (e magnífico!) numa partida para os quartos-de-final da Taça de Portugal em Alvalade frente ao Trofense (3-1) a 15 de Fevereiro de 1994. Depois de ter sido emprestado ao Tirsense e à União de Leiria (onde esteve tão bem que chegou a internacional A e marcou presença na fase final do Europeu e nos Jogos Olímpicos de 1996), ainda alinhou de verde e branco no início da temporada 1996/97, tendo jogado pela última vez (com o técnico Robert Waseige) a 10 de Setembro de 1996 numa deslocação a Montpellier (1-1) para os 1/32 final da Taça UEFA. Dele se chegou a esperar muito. Era um jogador de muita técnica e irreverência. Dava grande “alegria” ao flanco esquerdo, mas também era acusado de não ter a mentalidade mais adequada para um futebolista profissional… No total participou em 3 temporadas na equipa principal do Sporting (1992/93, 1993/94 e 1996/97), fez apenas 17 jogos oficiais (normalmente como extremo-esquerdo) e marcou 1 golo. Depois ainda esteve emprestado ao West Ham (encontrou Futre) onde deu muito boa conta de si, regressando inclusivamente à Seleção Nacional. No ano seguinte saiu definitivamente do Sporting para rumar ao Racing Santander. A partir daí a sua carreira foi um corropio com poucos momentos altos – passou por Benfica, Nottingham Forest, Marítimo, 1º Dezembro, Oriental e Al-Nassr (Arábia Saudita)...
João Gonçalves Laranjeira nasceu a 28 de Setembro de 1951 em Alfama – Lisboa. Começou ainda criança a jogar futebol em pequenos clubes como os Leões da Bica, o Real Clube da Boavista e o Arroios, chegando ao Sporting com 15 anos e pouco depois às seleções nacionais jovens. Estreou-se oficialmente pelos seniores (com o treinador Fernando Vaz) a 25 de Outubro de 1970 num Sporting-Académica (1-0) para o Campeonato. Apesar de muito jovem ainda foi a tempo de fazer 12 jogos oficiais nessa época e marcar pela 1ª vez, a 16 de Maio, num triunfo por 8-0 no terreno do Oriental para a Taça de Portugal. Nessa época venceu a sua 1ª Taça de Portugal. Na temporada seguinte começou a impor-se na 1ª equipa, realizando 28 jogos e em 1972/73 já era titular (ganhou a Taça de Portugal). Foi então convocado para representar Portugal na Mini-Copa disputada no Brasil mas teve de regressar, logo no início, devido ao falecimento dum familiar próximo. Em 1973/74 o Sporting de Mário Lino fez uma época magnífica conquistando a “dobradinha”, mas a malapata das lesões começou a perseguir Laranjeira, que realizou apenas 13 jogos. No ano seguinte nem sequer jogou (sempre lesionado). Chegou a ser dado como “perdido” para o futebol mas a intervenção cirúrgica (em Londres) que lhe colocou uma rótula artificial foi bem sucedida. Regressou aos terrenos de jogo apenas em Novembro de 1975. Em 1976/77 voltou o Laranjeira que todos os sportinguistas conheciam. Titular indiscutível no centro da defesa, foi o futebolista mais utilizado por Jimmy Hagan, com 35 presenças oficiais. No ano seguinte voltou a ser titularíssimo e...
Hamilton de Souza, conhecido no mundo do futebol por Careca, nasceu a 27 de Setembro de 1968 em Passos – Brasil. Começou a dar nas vistas muito cedo, no Cruzeiro, clube pelo qual conquistou 2 títulos estaduais e 1 pan-americano. Chegou ao Alvalade (depois de já ter sido por 9 vezes internacional brasileiro e medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Seul – 1988) e logo o presidente Sousa Cintra o apelidou de “novo Eusébio”, um epíteto que nunca mais o largou e com o qual, fruto da sua personalidade reservada e timidez nunca lidou bem. Começou por prometer muito logo na pré-temporada e nos primeiros jogos da época. Estreou-se oficialmente a 19 de Agosto de 1990 (com Marinho Peres) num Sporting-Vitória de Guimarães (3-0) a contar para a 1ª jornada do Campeonato e logo na ocasião marcou pela 1ª vez. Fez um início de época fulgurante com belas exibições e golos. A 9 de Setembro marcou no triunfo frente ao Benfica por 1-0 que possibilitou a conquista da Taça de Honra da AFL na final realizada no Estádio da Luz. A pouco e pouco foi perdendo fulgor, e a chegada de Balakov em Janeiro de 1991 mais complicou a sua tarefa de se afirmar no Alvalade. O seu último golo de verde e branco aconteceu a 26 de Maio de 1991 num Sporting-Gil Vicente (2-0) para a última jornada do Campeonato. Em 1991/92 fez apenas 3 jogos oficiais. Alinhou pela última vez (ainda com Marinho Peres) a 26 de Janeiro de 1992 num empate a zero em Famalicão. Totalizou duas épocas, 41 jogos oficiais (habitualmente como médio ofensivo) e 9...