Artur Dyson dos Santos nasceu a 11 de Janeiro de 1911. Começou bem cedo, no Benfica, onde atingiu posição de grande destaque chegando inclusivamente à 1ª internacionalização. No defeso de 1931, numa altura em que o 1º grande guarda-redes do Sporting (Cipriano) começava a acusar alguma veterania, os responsáveis leoninos foram buscá-lo aos encarnados.

Estreou-se oficialmente a 10 de Janeiro de 1932 num Sporting-Luso do Barreiro (10-2) a contar para o Campeonato Regional. Logo nessa 1ª temporada ao serviço do clube ganhou a titularidade na baliza, que teve de dividir na época seguinte com José Luiz (um ex-Belenenses) e na posterior com Jóia (vindo do Nacional da Madeira). Em 1934/35 reconquistou a titularidade para em 1935/36 (a sua última época no clube) a ter de dividir com Azevedo (chegado do Luso do Barreiro).

Era um guarda-redes de categoria com grande elasticidade e reflexos mas confessava grandes problemas de concentração. Para além do “handicap” de se destrair com facilidade não tinha um feitio fácil. Insurgiu-se algumas vezes, sem qualquer tipo de problemas, contra os estágios, e também convivia muito dificilmente com a concorrência para a baliza – chegou a afirmar que preferia jogar sempre pelas reservas que andar a alternar na equipa principal… Noutra ocasião agrediu um jornalista (após um mau resultado) por não gostar da forma como foi interpelado.

Jogou pela última vez a 31 de Maio de 1936 no Sporting-Salgueiros (4-0) para o Campeonato de Portugal.

No total esteve 5 temporadas no Sporting onde alinhou em 62 jogos oficiais (sofreu 91 golos) ganhando 2 Campeonatos de Portugal e 3 Campeonatos Regionais de Lisboa. Deixou a imagem de um ótimo guarda-redes, que marcou uma era importante no clube. Somou 4 presenças na Seleção Nacional. Mais tarde alinhou no Belenenses.

Para além de jogar Futebol, Dyson também praticava Natação, conseguindo até algum destaque. Em Agosto de 1933, por exemplo, foi ele o vencedor da prova dos 100 metros livres no Festival Pedrouços-Sporting-Belenenses para comemorar o 14º aniversário do Club Sportivo Pedrouços. Mais tarde foi árbitro internacional de Hóquei em Patins.

Em 1966 foi alvo duma festa de homenagem no Pavilhão dos Desportos em Lisboa, que incluiu encontros de Futebol, Futebol de Salão, Hóquei em Patins e uma demonstração de Patinagem Artística.

Morreu a 14 de Outubro de 1985.

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