3 de Novembro de 1987. Depois duma derrota inesperada na Suécia, o Sporting de Keith Burkinshaw recebeu o Kalmar para a 2ª mão dos oitavos-de-final da Taça das Taças. Não se esperava outra coisa que não fosse o apuramento leonino, apesar do 0-1 da 1ª mão no frio da Escandinávia. O técnico inglês optou pela tática habitual, um 4-1-3-2 muito ofensivo, que rapidamente se tornava em 4-2-4 quando em situação de ataque.

A equipa: Damas; João Luís, Duílio, Morato e Vítor Santos; Virgílio (Carlos Xavier 67); Oceano (Litos 19), Mário e Silvinho; Tony Sealy e Paulinho Cascavel.

O Sporting não vivia uma boa fase (vinha de 3 derrotas consecutivas e 5 jogos sem ganhar) e desde logo chamou à atenção a titularidade de Damas (até aí era o jovem Rui Correia que tinha merecido a aposta de Burkinshaw no que já se jogara da temporada).

A intranquilidade verde e branca ficou bem patente na primeira meia-hora. Apesar de logo nesse período os leões terem criado várias oportunidades de golo, houve momentos complicados, como por exemplo uma fífia de Duílio que só não fez auto-golo porque Damas mostrou todos os seus reflexos. Aos 34 minutos surgiu finalmente o 1º golo (que igualou e eliminatória) num penalty (por falta sobre o rapidíssimo Silvinho) convertido por Paulinho Cascavel (a grande aquisição do defeso anterior). Até ao intervalo de destacar um remate forte de Mário ao poste.

O 2º golo de Paulinho Cascavel (de cabeça, aos 53 minutos após livre de Mário) e o 3º logo a seguir (aos 57 – depois dum excelente trabalho de Silvinho – que, mais uma vez, “partiu a louça toda”) tiveram o condão de tranquilizar a equipa e resolver a eliminatória perante um adversário limitado tecnicamente mas muito empenhado, tanto assim que acabou por entrar num tipo de jogo mais violento que acabou por provocar um cartão vermelho e a inferioridade numérica.

A goleada acabou por surgir com os golos do inglês Tony Sealy (aos 62 minutos – belo trabalho após um bom passe de Virgílio) e do central brasileiro Duílio (aos 73 – numa excelente execução técnica – chapéu sobre o guardião sueco, depois duma tabela preciosa com Sealy). Até final os leões desperdiçaram vários golos (com destaque para Sealy).

A noite acabou por ser histórica, pois o Sporting, para além de ter feito uma 2ª parte entusiasmante, obteve a sua 50ª vitória em jogos das Competições Europeias de futebol.

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