5 de Maio de 2002. Dia de consagração para o Futebol do Sporting no José Alvalade. As comemorações tinham começado uma semana antes com um golo de Argel que deu a vitória ao Benfica sobre o Boavista por 2-1 (28 de Abril). O Sporting tinha empatado em Setúbal na noite anterior a duas bolas e sagrou-se Campeão Nacional pela 18ª vez. A festa foi tremenda por todo o país.

Para o presidente Dias da Cunha: “É o alcançar dum objectivo. O Campeonato sabe muito bem, foi uma conquista justíssima. Todas as equipas dificultaram a nossa tarefa. O Boavista não nos deu um palmo de distância o que ainda dá um maior sabor ao nosso triunfo. Esta vitória é de todo o plantel, que bem a mereceu, tal como da equipa técnica, médica e da administração da SAD. É uma sensação única ver todos os sportinguistas a festejar esta vitória”.

Na televisão, em direto, Mário Jardel surgiu claramente alcoolizado, em casa, a festejar o título. Os primeiros sinais de que algo poderia não ir completamente bem com o goleador… Para Laszlo Bölöni: “Esta foi uma grande vitória pela inteligência do grupo e pelo talento dos meus jogadores. Nesta última trajetória passámos momentos de expetativa que chegaram a ser enervantes, mas estava convencido de que o título seria nosso. Ter o Jardel na equipa foi muito importante e tenho consciência de que desde que ele veio o Sporting começou a jogar de outra forma. O Jardel tem mérito como toda a equipa também o tem. Quero felicitar o grupo de trabalho e todos aqueles que me apoiaram para a conquista deste título”.

O jogo da consagração disputou-se uma semana depois (nesse 5 de Maio) frente ao Beira-Mar. A festa foi muito bonita, supunha-se até que seria o último jogo oficial no Estádio Alvalade (o que não viria a confirmar-se).

A equipa de Bölöni alinhou com: Nélson; Quiroga, Beto, André Cruz e Rodrigo Tello (César Prates); Paulo Bento e Diogo; Pedro Barbosa (Nalitzis), João Pinto e Hugo Viana (Quaresma); Jardel.

O Sporting não fez uma grande exibição, mas os homens com o cabelo pintado de verde triunfaram por 2-1, com o inevitável Mário Jardel a fazer os 2 golos (o 2º a 1 minuto do fim) e a totalizar 42 no final da competição – que lhe valeu a “bota de ouro” do futebol europeu (o 2º sportinguista a conquistá-la depois de Yazalde). A festa depois foi arrasadora, com os jogadores a entrarem um a um em campo na direção dum palco aplaudidos pela imensa falange leonina que abarrotava o Estádio.

Foi a última grande festa do Estádio Alvalade de 2ª geração.

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