30 de Abril de 2016. Antepenúltima jornada do Campeonato Nacional. Em luta titânica com o Benfica pelo título o Sporting deslocou-se ao Estádio do Dragão onde era obrigatório ganhar para manter os 2 pontos de diferença e a pressão sobre o seu adversário. A equipa: Rui Patrício; Schelotto, Coates, Rúben Semedo e Marvin Zeegelaar; William Carvalho; João Mário (Paulo Oliveira 90+3), Adrien e Bryan Ruiz (Gelson Martins 89); Teo Gutíerrez (Bruno César 80) e Slimani.

Com a vitória como único resultado possível, o Sporting entrou no Porto para mandar no jogo. Logo aos 5 minutos João Mário surgiu em excelente posição perto da baliza de Casillas mas atirou por cima… Logo na resposta Herrera rematou ao poste – os dados estavam lançados, jogo aberto com duas equipas à procura da vitória.

O Sporting tinha maior domínio terriotorial, notava-se mais critério, uma equipa mais solidificada que a adversária e com executantes de maior categoria. Ainda assim, aos 18 minutos Aboubakar criou perigo após um falhanço coletivo da defesa e atirou por cima. Aos 23 grande jogada de João Mário pela direita e centro rasteiro para Slimani surgir e empurrar para o melhor sítio – estava feito o 0-1!

Com a vantagem leonina o jogo não mudou significativamente. Também servido por bons executantes o Porto ia criando dificuldades mas o Sporting em cada avançada levava “veneno” potencialmente letal. Aos 32 minutos Schelotto meteu na boca da baliza (lance muito semelhante ao 1º golo) mas desta vez Casillas conseguiu evitar o que parecia certo – mais um golo de Slimani.

Aos 34 minutos veio o empate, de penalty, por Herrera. Num lance ofensivo do Porto, Aboubakar lançou-se sobre Schelotto e cometeu falta – Artur Soares Dias nada assinalou e a bola sobrou para o talentoso Brahimi que perante Coates foi “esperto” e ganhou um penalty forçadíssimo. O mexicano converteu e tudo voltou ao início.

Se alguém esperava um afrouxamento do Sporting perante o golo adversário enganou-se. Os leões continuaram a ser a melhor equipa em campo, embora Brahimi, aos 36 minutos, tenha criado algum perigo com um remate ao lado. Aos 43 lance magnífico de Bryan Ruiz na esquerda e cruzamento certeiro para uma cabeçada sublime de Slimani! Os leões saíam assim para o intervalo em vantagem.

Os primeiros minutos da 2ª parte foram de alguma pressão portista em busca do empate. Rui Patrício negou o golo a Maxi aos 47. Aos 50 livre de Sérgio Oliveira na trave perante excelente estirada de Patrício. Aos poucos o Sporting foi voltando a ser si próprio e com alguma maior clarividência nas transições ofensivas o resultado poderia ter sido aumentado por várias vezes. Aos 67 minutos Aboubakar foi carregado na área por Coates mas o árbitro nada assinalou. Aos 68 cabeçada fantástica de Slimani para não menos fantástica defesa de Casillas.

Os últimos minutos foram tensos, com o Sporting a demonstrar maior categoria perante um adversário que não tinha nada a perder. Aos 85 bela abertura de João Mário para Bruno César na meia-esquerda – o “chuta-chuta” correu uns metros e rematou com força. Casillas embrulhou-se com a bola e deixou-a entrar permitindo o 1-3 e, finalmente, a resolução do jogo.

O final chegou com uma belíssima vitória do Sporting alicerçada numa exibição de grande personalidade e classe. Toda a equipa esteve num plano alto mas seria injusto não destacar João Mário, Bryan Ruiz e Slimani, numa tarde em que Adrien (o “coração” da equipa) até nem esteve nos melhores dias revelando alguma lentidão e dificuldades no passe.

A 2 jornadas do fim o Sporting mantinha-se a 2 pontos do Benfica (e vantagem no confronto direto), e todos aguardavam para ver o que este final “Hitchcockiano” do Campeonato reservava!…

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