18 de Fevereiro de 2018. Em Pombal (Leiria) as leoas sagraram-se campeãs nacionais de pista coberta, revalidando o título nacional e alcançando o consequente 23º troféu nacional pelo Sporting CP.

Nos masculinos, os verdes e brancos não conseguiram levar a melhor sobre o Benfica, perdendo por um ponto (100-99), mas a história teria sido bem diferente se Jordin Andrade não tivesse visto a sua prova desqualificada (400m).

Os leões entraram a “todo o gás”, conseguindo no 1º dia de competição alcançar 41 pontos contra 34 do rival, no setor feminino, e um empate técnico de 48 pontos nas provas masculinas, sendo que nos homens Jordin Andrade foi desqualificado (pisou a linha na primeira curva da prova), o que fez toda a diferença.

Catarina Fonseca, atual campeã nacional de salto em altura, foi a primeira a entrar em acção, porém não conseguiu ir além do 3.º lugar, com a marca de 1m68cm.

Seguiu-se Lorene Bazolo. A atleta leonina superiorizou-se perante as rivais, vencendo nos 60m femininos, com um extraordinário tempo de 7,29s.

No comprimento feminino, Evelise Veiga foi a escolhida para representar o emblema de Alvalade. No entanto, a atual detentora do título nacional não superou a rival encarnada Yariadmis Arguelles.

Quanto aos 1.500m femininos, Susana Godinho não foi feliz no último tempo de prova, não conseguindo ir além do 5º posto (4m32,8s).

Na marcha o poderio leonino esteve em clara evidência, tanto no masculino, com João Vieira, como no feminino, com Vitória Oliveira. O dorsal 28 verde e branco dispensa apresentações, com um currículo de 18 títulos nacionais, bastou pisar o tartan para se destacar perante os rivais (19m30,20s). Também a atleta verde e branca se revelou superior, tanto tática como tecnicamente, fazendo 13m22,07s.

O grande destaque da tarde, estava guardado para os 400m femininos. Cátia Azevedo, bateu recorde pessoal com a melhor marca do ano e alcançou consequente apuramento para o Mundial de Birmingham, que se irá disputar entre 2 e 4 de Março, com uma espetacular marca – 53,13s: “Vinha de 3 provas não tão positivas. Os treinos estavam a correr muito bem mas as marcas não estavam a ser aquilo que pretendíamos. Hoje senti-me muito bem, senti que se corresse mais descontraída – embora com uma série de condicionantes, estaria ao mais alto nível. Felizmente, a marca acabou por sair e estou muito contente (…) Acho que deviam vir aqui amanhã apoiar-nos para perceberem um pouco deste espírito leonino. A conquista de um é o triunfo de toda a equipa. É por isso que sou tão apaixonada por este coletivo. Somos uma verdadeira família! Esta marca não é da Cátia Azevedo é do Sporting CP. Para os Mundiais, sei que vai ser uma corrida difícil, estou, de alguma forma, expectante por ser a minha primeira vez em campeonatos internacionais de pista coberta, mas vou dar tudo”.

Também no salto em altura houve motivos para sorrir. O leão Nélson Pinto transpôs a fasquia e “derrubou” os seus concorrentes diretos, vencendo a prova com 2m08cm.

No salto em comprimento masculino, Miguel Marques espelhou bem a sua superioridade em relação aos demais, “voando” para a vitória com 7m68cm.

De seguida, foi a vez de Nuno Lopes mostrar a verdadeira raça nos 1.500 metros. O atleta verde e branco na última volta ultrapassou de forma incrível o adversário encarnado (Nuno Pereira), subindo desta forma ao lugar mais alto no pódio, com 3m48,53s.

Seguiu-se a prova dos 60 metros e Ancuiam Lopes triunfou com 6,63s.

Por último, Rubem Miranda assumiu, e bem, o favoritismo que lhe era atribuído, obtendo – à semelhança do passado sábado – o 1º lugar na categoria, em empate técnico com Ícaro Miranda no salto à vara – 5m25cm.

O balanço da primeira jornada revelou-se bastante positivo para o conjunto de Alvalade ao levar a melhor em 7 dos 8 confrontos possíveis no setor masculino, só não vencendo na categoria de 400 metros. Em relação ao setor feminino, as leoas obtiveram 3 primeiros lugares em 6 possíveis, com um total de 41 pontos.

Logo a abrir o 2º dia de competição, Rasul Dabó foi o 1º leão a subir ao tartan, vencendo o 1º embate nos 60m barreiras, com a marca de 7,90s. Desfecho semelhante teve também a prova feminina na mesma categoria, com a barreirista Olímpia Barbosa a alcançar o primeiro lugar com 8,39s.

Nos 800 metros, Cátia Azevedo, demonstrou, mais uma vez, a excelente forma em que se apresenta, rumando até ao posto mais alto do pódio com 2m19,05s. Sandy Martins, não teve o mesmo desfecho, sendo ultrapassado na recta final por Nuno Pereira e saltando para o segundo lugar, com a marca de 1m52,08s.

Em grande destaque esteve Carlos Nascimento nos 200m. O velocista leonino teve um arranque avassalador, não dando hipóteses aos adversários diretos e obtendo a melhor marca do ano com 21,25s. Na mesma categoria, Rosalina Santos seguiu as pesadas do seu companheiro com a marca de 24,22s.

Quanto à categoria do peso, Jessica Inchude conquistou o 1º posto da competição com 15m59cm, mais 0,75m que a adversária (14,94m). Marco Fortes não conseguiu alcançar o mesmo fim, vendo o rival encarnado Tsanko Arnaudov amealhar os 8 pontos possíveis da prova.

Nos 3.000m Sara Moreira esteve, novamente, inquebrável com uma marca extraordinária de 9m14,12s. Nuno Lopes, na mesma categoria, arrecadou o 2º lugar do pódio (8m13,00s).

Nos saltos os leões tiveram total superioridade nos femininos, com Marta Onofre a apontar a marca de 4m30cm na vara.

O momento alto da tarde estava guardado para o embate entre Nelson Évora e Pedro Pichardo. No último confronto, o internacional português tinha levado a melhor perante o cubano, alcançando no meeting de Madrid a sua melhor marca dos últimos 10 anos: 17m30cm. No entanto, desta vez Pichardo voou mais alto que Nelson, empatando a classificação com 92 no setor masculino.

A decisão final ficaria assim tomada na prova de estafetas 4×400. Os leões estiveram sempre no topo da competição, porém acabaram por não serem felizes no fim da prova, na qual o rival acabou por levar a melhor, conseguindo 100 pontos contra 99 do Sporting CP. Um ponto que acabou por ser fatídico para as cores verdes e brancas.

Embora a equipa dos homens não tenha alcançado a tão pretendida vitória no tartan, na bancada a história foi bem diferente, contando com grande apoio dos jovens da academia de atletismo, que fizeram questão de vir ver e apoiar os seus ídolos de perto. O clube de Alvalade demonstrou mais uma vez o espírito de união e devoção inerente a todo o coletivo. De destacar que a equipa do Sporting Clube de Portugal venceu 2/3 das provas da competição, sendo o desfecho do setor masculino bastante ingrato para a grande exibição do conjunto leonino.

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