17 de Março de 2007. Numa altura em que distava 5 pontos do Benfica e 9 do FC Porto, o Sporting foi jogar ao Estádio do Dragão para a 22ª jornada do Campeonato Nacional com a total obrigatoriedade de vencer, se é que ainda pretendia ter uma palavra a dizer na luta pelo título (que se afigurava já muito difícil).

Sob o comando de Paulo Bento e perante cerca de 1.500 adeptos leoninos, os leões alinharam com: Ricardo; Abel, Caneira, Anderson Polga e Rodrigo Tello; Miguel Veloso; João Moutinho, Romagnoli (Pereirinha) e Nani; Yannick Djaló e Alecsandro (Custódio).

Sem poder contar com o seu principal goleador (Liedson) e sem o até aí titularissimo (no centro da defesa) Tonel, o Sporting entrou na partida com uma excelente desenvoltura. Os leões conseguiram surpreender os locais com a sua simplicidade de processos, fazendo a bola chegar com relativa facilidade ao último reduto portista e criando algumas situações para marcar. Os verde e brancos tiveram mais posse de bola, mais remates, mais pontapés de canto e mais oportunidades de golo ao longo de todo o jogo, mas na 1ª parte a sua superioridade foi ainda mais evidente.

No 2º tempo os dragões surgiram com mais atitude, mas em raros momentos do jogo se conseguiram superiorizar a um Sporting hiper-personalizado, onde a experiência de homens como Ricardo, Caneira e Polga se juntava à irreverência de Veloso, Moutinho ou Nani, criando um “cocktail explosivo” que “deu cartas” no Estádio do Dragão.

Aos 71 minutos o esperado aconteceu. Beneficiando dum livre direto, Rodrigo Tello rematou de forma espetacular inaugurando o marcador. Os portistas quase não conseguiram reagir, e foi o Sporting a estar muito perto do 2º golo quando Yannick rematou à trave a 3 minutos do fim, após excelente desmarcação.

O final chegou com o triunfo leonino e uma reviravolta no Campeonato, que surgia de novo como uma possibilidade (se bem que ainda um pouco remota) para os leões. Na opinião de Paulo Bento: “Pela qualidade demonstrada na 1ª parte e pelo espírito coletivo na 2ª, foi uma vitória justa”.

A verdade é que a ponta final da competição foi excelente para os comandados de Paulo Bento, que nas últimas 10 jornadas apenas cederam um empate (no Estádio da Luz, onde até estiveram em vantagem com um golo de Liedson nos primeiros instantes da partida). O Sporting ultrapassou o Benfica e chegou ao final da competição a apenas 1 ponto dos portistas. Diga-se que as duas últimas jornadas foram de grande emoção, com o Sporting a viver vários períodos de jogo em que chegou a estar à frente da tabela classificativa. No final salvou-se a qualificação direta para a Liga dos Campeões (pela 2ª vez consecutiva, o que nunca tinha acontecido), mas ficou um sabor amargo pela perda (perfeitamente evitável) de alguns pontos que tanta falta acabaram por fazer no final das contas… Liedson sagrou-se o melhor marcador da competição com 15 golos, e os leões foram a equipa menos batida (apenas 15 golos) e com menos derrotas (2).

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