28 de Maio de 2022. Estádio do Jamor, perante 13.894 espectadores, a grande maioria sportinguistas. A equipa principal feminina de Futebol do Sporting CP conquistou a Taça de Portugal pela 3ª vez (em 3 finais) ao vencer neste sábado, o FC Famalicão por 2-1 na final.

Até à final o Sporting CP tinha deixado pelo caminho UD Polvoreira (c14-0), Clube de Condeixa ACD (f 2-0), Valadares Gaia FC (c 1-0), CS Marítimo (c 5-0) e SC Braga (c 3-0 e f 1-3).

A treinadora leonina, Mariana Cabral, apresentou uma equipa com 4 jovens formadas no clube e uma média de idades de 23,5 anos.

A nossa equipa entrou muito mal no jogo e demorou a solidificar-se, perante um adversário muito combativo mas também inócuo. A qualidade do jogo chegou a ser confrangedora (talvez o calor, talvez a ansiedade…), mas pouco a pouco o Sporting foi “ganhando terreno” e assumindo, se bem que de forma tímida, as rédeas do jogo.

O golo acabou por chegar após 2 cantos quase seguidos, cobrados por Joana Marchão – Fátima Pinto cabeceou no primeiro ao lado e no segundo viu o braço de Vânia Duarte travar a bola. Após indicação do VAR, a árbitra Ana Afonso analisou o lance no monitor e assinalou o penálti. Chamada à cobrança Joana Marchão atirou forte e colocado (com muita competência) inaugurando o marcador.

Com o resultado a favor, as nossas meninas soltaram-se mais e foram mais impositivas. O intervalo chegou com 1-0.

No início da 2ª parte prevaleceu o equilíbrio. O FC Famalicão procurava aproveitar o espaço nas costas da defesa verde e branca, mas a guardiã Doris Bačić esteve atenta nesse controlo da profundidade adversária. Aos 55 minutos Brenda Pérez foi lançada em profundidade na direita, tirou uma adversária do caminho com classe e cruzou para Diana Silva, que, de cabeça, acertou no poste.

O 2-0 chegou aos 62 minutos. Após mais uma arrancada de Chandra Davidson, Brenda viu o seu remate intercetado, mas na recarga a canadiana – sempre interventiva – atirou de primeira para o fundo das redes – a bola ainda a sofreu um desvio numa defesa famalicense antes de entrar (um golo feliz e praticamente decisivo).

Já com a grande Ana Borges em campo – no lugar de Mariana Rosa – depois de mais de um mês e meio de paragem por lesão, os minhotos tiveram um penalti a favor, aos 83 minutos, mas Doris Bačić fez uma grande defesa! Apesar de tudo o Famalicão ainda reduziu, aos 89 minutos, por Carolina Rocha, mas o nosso conjunto soube segurar a preciosa vantagem até final.

A equipa: Doris Bačić, Chandra Davidson, Joana Marchão, Bruna Lourenço, Carolina Beckert (Alícia Correia 90), Mariana Rosa (Ana Borges 67), Fátima Pinto (Rita Fontemanha 90), Andreia Jacinto, Vera Cid (Joana Martins 74), Brenda Pérez e Diana Silva.

Após o triunfo, Mariana Cabral, a treinadora, afirmou: “Foi uma festa muito bonita. Merecíamos este troféu e foi uma forma muito boa de acabar a época. Começámos a temporada a ganhar, acabamos igual e é sempre muito importante ganhar troféus para este clube. Temos de lutar sempre por todos os objetivos. A nossa equipa cresceu e aprendeu muito e espero que na próxima época possamos estar ainda melhores (…) Temos de agradecer aos adeptos. Sentimos muito apoio ao longo da época, mas hoje o ambiente foi fantástico. O futebol feminino está a crescer imenso, quando eu jogava aqui havia muito menos pessoas e as condições também não eram estas (…) Ter muita juventude é sinal também de que temos muito futuro (…) A Doris tem muita qualidade e é muito competente a defender penáltis. Nós tínhamos isso preparado, porque podia ser um cenário. Tendo essas informações sobre as batedoras do FC Famalicão demos o papel à Doris e depois foi a qualidade dela (…) Foi a minha 1ª época no futebol sénior e tenho muito para aprender. Elas ajudaram-me muito e todas as pessoas à nossa volta suportam o projeto e levam-no para a frente (…) O que nos interessa é crescer, continuar o projeto com jogadoras de qualidade, umas mais experientes e outras da formação, mas agora o importante é festejar e ter férias. O próximo [troféu] espero que seja a Supertaça e, depois desse, o Campeonato, porque gostava muito de o conquistar pelo Sporting CP e elas também o merecem”.

Ana Borges: “Mostrámos o que é o coletivo e isso faz a diferença. O FC Famalicão teve todo o mérito por ter chegado à final, no entanto acho que foi mais do que merecido termos vencido a Taça (…) A lesão foi mais complicada do que se imaginava, mas eu queria jogar a final, subir a escadaria e levantar a taça”!

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