31 de Março de 1990. Dionísio Castro foi convidado para “lebre” no ataque ao recorde do mundo dos 20 quilómetros em La Fléche, França. O inesperado aconteceu, e acabou por ser o português a conseguir um novo máximo mundial (57m18,4s) que perdurava desde 1976 e que pertencia ao holandês Jos Hermans, um dos grandes rivais de Carlos Lopes nos anos 70.

De realçar ainda que, simultaneamente a este feito, Dionísio falhou o recorde do mundo da hora por 1 metro, ao realizar 20.943 metros. “Puxava, puxava e o cansaço não aparecia. A certa altura comecei a dar palmadinhas nas costas dos adversários para os incentivar a correr mais rapidamente até que me decidi a não parar e deu no que deu. Não me venham com larachas dizendo que este recorde é de 2ª categoria. O Lopes e o Mamede também o tentaram e não o conseguiram”.

No que diz respeito ao falhanço “por um triz” do recorde mundial da hora: “ Não sei se não me roubaram 2 metros para eu não bater esse máximo. É que, se o conseguisse, teriam de me pagar mais 1.600 contos. Acho estranho que, com o tempo feito aos 20 quilómetros o resultado tenha sido esse. Só se eu acabasse de rastos… e como até acelerei ainda mais…”

1 ano depois, o mexicano Arturo Barrios (que também tirou a Fernando Mamede o recorde do mundo dos 10.000 metros) “roubaria” o recorde mundial a Dionísio Castro, com 56m55,6s, mas o tempo do português manteve-se recorde europeu por longos anos.

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