29 de Setembro de 2024. Pavilhão Municipal de Santo Tirso.  A equipa de voleibol do Sporting conquistou a Supertaça, neste domingo, ao derrotar o Benfica por 3-1 (25-23, 19-25, 25-22 e 25-19)
32 anos depois, os leões ficaram com o título que inaugura oficialmente cada temporada, alcançado a 4ª Supertaça do seu palmarés – as outras 3 foram somadas de forma consecutiva em 1990/1991, 1991/1992, 1992/1993.
Para fazer História, os comandados de João Coelho voltaram a bater o SL Benfica, com uma exibição muito consistente depois de já o terem feito, há uma semana, também no Norte do país, então em Matosinhos, na final da Taça Ibérica e pelo mesmo resultado (3-1).
Nesta Supertaça, o SL Benfica chegou como pentacampeão nacional e os leões enquanto vencedores da última Taça de Portugal.
Com Yurii Synytsia, Jan Galabov, Kelton Tavares, Edson Valencia, Martin Licek e o libero Gonçalo Sousa de início, a equipa verde e branca arrancou na frente depois de alguns serviços falhados de parte a parte (3-6). O Benfica, que chegou ao dérbi após uma eliminação na Liga dos Campeões, respondeu prontamente para virar o resultado (10-8), mas foi de muito equilíbrio e margens curtas que se fez o primeiro set (14-14). Daqui em diante, os leões – com um potente Valencia nos ataques à rede (acabou com 21 pontos) – foram assumindo vantagens constantes de um ponto, descolando já na reta final do set com o 20-18 que forçou um desconto de tempo encarnado. Ainda assim, o Sporting CP liderou com segurança até ao 23-21 e, mesmo após um momento mais errático (23-23), soube retomar os níveis de concentração para vencer o set de forma enfática: um ‘voo’ de Valencia deu o primeiro passo e, após um serviço forte do próprio camisola sete, foi o distribuidor Yurii Synytsia – outro dos reforços – a sentenciar de imediato o 25-23 com muita inteligência.
No 2º set as coisas foram diferentes. As águias, após um 4-0 a abrir, catapultaram-se para uma significativa diferença de sete pontos (17-10). Apesar do incessante espírito combativo dos comandados por João Coelho, que foi refrescando a equipa com mudanças, já nada alterou o rumo dos acontecimentos e o 25-19 final reestabeleceu o empate em Santo Tirso.
Com o dérbi de volta à ‘estaca zero’, Sporting CP e SL Benfica voltaram a equivaler-se, até que um ás de Kelton Tavares e um ponto espetacular de Jonas Aguenier despertaram o ascendente leonino, que se prolongou até aos quatro (11-7) e 5 pontos de diferença (16-11). Os leões mandavam no marcador e no jogo, com imponência no bloco e critério no ataque. Assim, chegaram em posição privilegiada à reta final (20-15), onde o jogo ‘aqueceu’, porém, nem uma série de challenges e protestos dos encarnados quebraram o ritmo verde e branco. Com 2 pontos em força, Galabov pôs a bancada sportinguista em ebulição e um serviço para fora das águias sentenciou o 25-22 que relançou o as intenções do Sporting CP na Supertaça – e deixou o SL Benfica sem margem de erro nesta decisão.

Com o troféu a 1 set de distância, voltou a ser a nossa equipa a ‘disparar’ no marcador, contando com um Edson Valencia implacável na rede (11-7). E cada vez com mais confiança, a equipa verde e branca não parou por aqui e ‘cavou’, a seguir, uma diferença de sete pontos (15-8) que foi determinante, e o título já não fugiria às garras dos leões. Na ponta final, um pressionado Benfica tentou sobreviver (24-19), mas nada fez um inabalável Sporting CP ceder. Seguríssima no bloco e com as bancadas já em pé, a nossa equipa atingiu o 25-19, fechou as contas da decisão e a festa verde e branca tomou conta do Pavilhão Municipal de Santo Tirso. Finalmente com a Supertaça nas mãos, o voleibol Leonino fez História e festejou-o à altura, em comunhão com os adeptos presentes.
Este foi o 10º dérbi entre leões e águias no ano de 2024 e o Sporting CP, em franco crescimento, cimentou a sua vantagem com 6 triunfos e 4 desaires. Depois de terem conquistado a Taça de Portugal na temporada passada, os Leões de João Coelho iniciaram 2024/2025 também a levantar um troféu (Taça Ibérica), a que juntaram agora uma histórica Supertaça!

A equipa: Tiago Pereira [C] (1), Jan Galabov (13), Vinícius Lersch (2), Kelton Tavares (9), Edson Valencia (21), Yurii Synytsia (3), Martin Licek (9), Gonçalo Sousa [L], Pedro Abecasis, Tiago Barth, Jonas Aguenier (13), Armando Velásquez, Nicolás Perren [L], Alejandro Vigil.

O treinador João Coelho: “Fomos superiores. Tenho um staff que não me canso de elogiar e os jogadores chegam na sua plenitude a estes jogos, com carácter e intensidade. Não vamos jogar sempre bem, temos muito para sofrer, dores de crescimento no caminho, mas vamos continuar a trabalhar porque o campeonato começa para a semana (…) “Sonhámos com esta entrada na época, vínhamos moralizadas pelo ano passado e temos de dar sequência, porque é um ciclo que tem de continuar a crescer (…) Só com competência podemos discutir olhos nos olhos e ganhar. Estamos a falar de duas instituições seculares, que movem muita gente e nós temos de ser dignos deste emblema. Acho que estamos a fazê-lo e muito bem, mas isso não invalida que ainda temos tudo por conquistar pela frente. Se estamos a pensar em relaxar, não estamos no sítio certo (…)“hoje é para festejar, os jogadores merecem. Têm trabalho muito, isto não acontece por acaso e vamos valorizar muito estas vitórias, principalmente para continuar a trabalhar desta forma (…) Continuem a acreditar em nós. Vamos continuar a caminhar lado a lado porque a época ainda está no início”.

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