25 de Maio de 2025. Estádio do Jamor. Após uma semana intensa de festas devido à conquista do Bicampeonato Nacional, o Sporting defrontou o grande rival histórico e da temporada para decidir a Taça de Portugal. Desde 2002 que os leões não conseguiam a “dobradinha”, e também por isso havia grande ilusão em alcançá-la desta vez.
A nossa equipa entrou bem no jogo. Depois de um remate de Kokçu para defesa atenta de Rui Silva e de uma entrada perigosíssima de Geny Catamo pela direita, Luís Godinho assinalou, aos 12 minutos, penalty para o Benfica após suposta mão de Gonçalo Inácio (que não se verificou – o braço estava junto ao corpo) – mas o lance foi invalidado pelo VAR por fora-de-jogo.
Aos 20 minutos, grande oportunidade para o Benfica, com Pavlidis a rematar em boa posição para defesa extraordinária de Rui Silva para o poste! Aos 28 Bruma rematou com muito perigo por cima (valeu a interceção de Gonçalo Inácio). Logo a seguir, de novo Pavlidis, agora de cabeça, a atirar perto da baliza.
No final da 1ª parte o Sporting conseguiu finalizar duas jogadas de ataque, mas sem grande perigo – primeiro por Pote, de cabeça, e depois por Gyokeres. O intervalo chegou com 0-0 após uma 1ª parte em que deu a nítida impressão que o Sporting entrou no jogo em défice depois de uma semana de festas pelo Bicampeonato…
No início da 2ª parte, Debast começou por atirar por cima, mas logo a seguir, na sequência de um lance em que Geny Catamo tinha ficado no chão a contorcer-se (pareceu-nos falta), e num movimento simples mas muito bonito e eficaz, Kokçu rematou de fora, forte e colocado, fazendo a bola entrar junto ao poste – pareceu-nos que Rui Silva, ainda assim, poderia ter feito algo mais.
O Sporting descontrolou-se um pouco e 2 minutos depois, em mais um lance que começou com um sportinguista no chão (Trincão), bom movimento coletivo com Bruma a concretizar. Após uma enorme festa benfiquista, Luís Godinho foi informado pelo VAR da falta sobre Trincão, e o golo foi anulado!
Aos 58 minutos entrou Morita, e o Sporting começou a assentar melhor o seu jogo. Entretanto os benfiquistas começaram a cair no chão como tordos – Samuel Soares, Kokçu, Tomás Araújo, Belotti, Otamendi… O Sporting procurava responder mas não estava nada fácil. O jogo parava constantemente. Rui Silva ainda negou o golo a Belotti (após erro de Quaresma)… Aos 87 minutos Trincão teve uma oportunidade soberana para marcar, isolado pela direita, mas rematou muito fraco.
Os 10 minutos de descontos foram plenamente justificados, e foi já no final desses 10 minutos que Gyokeres escapou a António Silva e foi carregado por Renato Sanches dentro da área. Penalty! e Gyokeres a rematar fortíssimo a meia altura para a esquerda de Samuel Soares, que não teve hipóteses!
O jogo terminou logo a seguir perante uma renovada esperança dos leões e um desalento tremendo dos benfiquistas.
O prolongamento começou com ligeira prevalência do Sporting. Aos 98 minutos, Samuel Soares negou o golo a Gyokeres, mas no minuto seguinte, na sequência de um canto, na insistência, Trincão cruzou de primeira para um cabeceamento magnífico de Harder que deu vantagem ao Sporting!
Aos 103 minutos Di Maria entrou em jogo (finalmente, diriam os benfiquistas!). Na 2ª parte do prolongamento o Benfica começou a arriscar tudo com o Sporting a resistir. Di Maria dava nas vistas, chegou a rematar perto da trave, mas já no final, jogada Gyokeres, Harder, Trincão, com o português, já dentro da área, a fazer um túnel a António Silva e a concluir com classe – era o 3-1! A Taça de Portugal estava entregue!
A equipa: Rui Silva; Eduardo Quaresma, St. Juste e Gonçalo Inácio; Geny Catamo, Hujlmand, Debast (Morita 58) e Maxi Araujo (David Moreira 115); Trincão, Gyokeres e Pote.
Depois foi a loucura entre jogadores, staff e adeptos leoninos, na consagração final.
O Sporting conquistava assim a “dobradinha” após uma partida em que teve a “estrelinha” da sorte mas em que fez muito por ela, dando tudo por tudo em todos os momentos do jogo. Trincão e Gyokeres destacaram-se individualmente, numa equipa em que a defesa esteve toda em bom plano (sobretudo Rui Silva!) – chamada de atenção para a estreia de David Moreira, que rendeu Maxi Araújo aos 115 minutos e esteve em ótimo plano no que restou da partida! Os alas e os médios centro também razoáveis (Morita entrou bem). Pote claramente abaixo do seu potencial. A verdade é que a equipa pareceu cansada (com uma final uma semana depois, talvez os festejos do Campeonato, por terem sido tão demorados, tenham sido algo contraproducentes), cometeu alguns erros (avultando um que deu brado – um pisão de Matheus Reis na cabeça de Belotti – foi um lance muito rápido, não se percebe a 100% se foi propositado ou não, mas foi um lance feio e extremamente polémico).
Este foi a 18ª Taça de Portugal conquistada pela nossa equipa de Futebol e fecha uma temporada de grande nível, marcada pela saída de Rúben Amorim (com 11 vitórias em 11 jogos do Campeonato), depois um curto período dificílimo com João Pereira e finalmente a estabilização com Rui Borges. As muitas lesões também marcaram a temporada (Nuno Santos, Pote, Daniel Bragança e Morita – as principais).
Para o ano há mais!