16 de Abril de 2008. Em jogo a contar para as meias-finais da Taça de Portugal  o Sporting (de Paulo Bento) recebeu o Benfica. A equipa: Rui Patrício; Abel, Tonel, Miguel Veloso e Grimi; Adrien (Izmailov); João Moutinho, Romagnoli (Derlei) e Vukcevic; Yannick Djaló (Gladstone) e Liedson.

O jogo agitou o coração duma esmagadora parte do país desportivo. Sporting e  Benfica estavam diretamente envolvidos na luta pelo 2º lugar na Liga (que os leões conseguiriam) e vencer a Taça era primordial para ambos.

A partida começou mal para o Sporting, sem acertar nas marcações, sem conseguir levar grande perigo para a baliza encarnada. A turma de Chalana trocava melhor a bola e foi sem grande surpresa que chegou ao golo, por Rui Costa, aos 19 minutos. O Sporting demorou a recompor-se e à meia-hora Nuno Gomes, de cabeça, aumentou a vantagem dos vermelhos.

Pouco tempo passou até Izmailov entrar na equipa por troca com Adrien. João Moutinho recuou para a posição 6 e o Sporting mostrou melhorias graduais. O Benfica ainda teve uma chance para o 3-0, mas antes do intervalo os leões também estiveram perto de marcar.

Ao intervalo poucos sonhariam com o que se viria a passar depois. O Sporting entrou transfigurado no 2º tempo (muito à custa duma conversa marcante de Paulo Bento com os jogadores no balneário, soube-se depois…). Izmailov quase marcava aos 59 minutos, e no minuto seguinte João Moutinho atirou uma verdadeira “bomba” à trave. A revolução total no jogo deu-se com a entrada de Derlei (não jogava por lesão há 7 meses!…) aos 61 minutos. 5 minutos se passaram, e após um belo centro de Vukcevic, Yannick reduziu. Uma luz surgiu ao “fundo do túnel” para os leões, e após duas excelentes oportunidades (o Sporting massacrava os encarnados na altura) Liedson fez um golo fenomenal com um remate seco à entrada da área. Alvalade entrou em delírio e mais ficaria com o 3-2, por Derlei, que rematou à boca da baliza depois dum excelente lance de Izmailov.

O jogo estava “louco”, o Sporting conseguira o que parecia impossível, mas um “balde de água fria” surgiu com novo empate, aos 81 minutos, por Christian Rodriguez, após um lance de insistência em que a defesa sportinguista não conseguiu aliviar.

A verdade é que o Sporting estava completamente embalado para a baliza contrária e quase nem se sentiu na equipa os efeitos do golo benfiquista. Aos 85 minutos, após um lance magistral, Yannick rematou um petardo de fora da área, a bola ainda tabelou em Luisão e entrou com um bólide das redes de Quim. O delírio voltou ao burgo dos leões que completaram o ramalhete com o 5-3 num remate fantástico de Vukcevic de primeira após uma solicitação a meia altura de Miguel Veloso. O jogo terminou em apoteose e ficou para a História como o encontro dos 5-3!

No final toda a nação leonina estava obviamente em êxtase após semelhante jogo! Paulo Bento explicou a reviravolta histórica com “muita capacidade mental. Foi uma grande 2ª parte, arriscámos muito criando desequilibrios na defesa…”

Derlei voltou em grande: “O apoio foi fundamental. Na 2ª parte os sportinguistas perceberam que estávamos a dar o nosso melhor para vencermos e proporcionaram um belo espetáculo. Foi muito bom ver as 3 claques do Sporting juntas na mesma bancada e sempre que isso possa acontecer será muito bom porque o espetáculo é maior e nós sentimos esse forte apoio”.

O Sporting estava na final, que viria a vencer frente ao FC Porto.

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