16 de Maio de 1954. A equipa de futebol do Sporting, orientada por Jozef Szabo (com Tavares da Silva como secretário técnico), já fizera a festa do tetra-Campeonato (13º no total) 3 semanas antes, frente ao Oriental. No entanto, acabar o Campeonato em casa (neste caso emprestada – Estádio Nacional) e frente ao Benfica, exigia uma espécie de final perfeito para uma saga inédita no futebol português (até à altura).

A equipa: Carlos Gomes; Caldeira e Galaz; Janos Hrotko, Mário Gonçalves (que se estreou oficialmente) e Juca; Galileu, Vasques, Martins, Travassos e Fernando Mendonça.

O Benfica não pretendia ser “bombo da festa”, num Campeonato em que ficou no 3º posto a 11 pontos (uma enormidade, na altura – num Campeonato de 26 jogos e 2 pontos por vitória) dos campeões leoninos. Aos 7 minutos José Águas abriu as hostilidades e fez pairar entre os adeptos sportinguistas a hipótese duma festa estragada. Os leões reagiram (esta equipa nunca se dava por vencida) e empataram à passagem do minuto 27, de penalty, pelo húngaro Janos Hrotko. Antes do intervalo Salvador fez de “desmancha prazeres” e levou os encarnados à frente para o descanso.

Na 2ª parte os pupilos de Szabo interiorizaram que a festa tinha de ser total. É verdade que o Campeonato não estava em causa, a superioridade da equipa verde e branca muito menos, mas havia que juntar o útil (título conquistado) ao agradável (triunfo sobre o grande rival na despedida). Martins (foto) acabou por ser o homem da tarde, marcando aos 52 e 66 minutos os golos que dariam o triunfo final ao Sporting por 3-2 – ele que se sagraria melhor marcador da competição com 31 “tiros” certeiros.

Assim, para além do clima de euforia e empolgamento (que se vinha repetindo há algumas semanas), foi um fecho do Campeonato com “chave de ouro”, concluindo da melhor forma o melhor ciclo da História do futebol leonino.

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