13 de Junho de 1954. Na 2ª mão dos quartos-de-final da Taça de Portugal, o Sporting (recém tetra-Campeão) deslocou-se às Antas para defrontar o FC Porto. Em Lisboa verificou-se um empate a 1 golo, pelo que os portistas estavam absolutamente convencidos da sua passagem à próxima eliminatória. O que os locais não estavam com certeza à espera era de tanta inspiração leonina nessa tarde de Primavera.

Apesar dos portistas até terem marcado primeiro, Albano (2 golos) e Martins (outros 2) não deixaram qualquer hipótese à equipa nortenha. O Sporting soube não ouvir o público, não ouvir o adversário, e sob a batuta de Travassos (foto de arquivo – a grande figura do jogo) arrancou para uma vitória extraordinária.

O portista Carvalho, que agredira Galileu e fora expulso, chorou convulsivamente depois do jogo. Virgílio, que sofrera a 1ª derrota desde que passara a capitão de equipa, não se conformava. Na fase final do desafio, quando tudo estava já decidido a favor do Sporting, desfaleceu: “Estava cheio de nervos, deu-me uma coisa na vista, caí sem sentidos.”

Entre os sportinguistas havia satisfação enorme. Martins, contentíssimo, afirmou: “Eu bem dizia que ganhávamos por 4-2, tinha apostado e tudo!”

Comandados por Jozef Szabo (Tavares da Silva era o Secretário Técnico – uma espécie de manager), os leões alinharam com: Carlos Gomes; Caldeira e Galaz; Janos Hrotko, Mário Gonçalves e Juca; Galileu, Vasques, Martins, Travassos e Albano.

Acrescente-se ainda que o Sporting viria a conquistar o troféu, conseguindo a tão almejada “dobradinha”.

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