João Amado de Freitas nasceu a 24 de Junho de 1929 em Aveiro. Admitido como sócio do Sporting em Maio de 1955, foi economista e vice-presidente leonino para a área financeira entre 1973 e 1979 (com o presidente João Rocha). Fez também parte do Conselho Leonino entre 1969 e 1988. Entre 1981 e 1984 foi presidente do Grupo Stromp, pelo qual fôra galardoado em 1978 na categoria “Dirigente”.

Em 1985 voltou à Direção do Sporting, como vice-presidente para o Futebol, e a 26 de Setembro de 1986 assumiu a presidência substituindo João Rocha, que decidiu abandonar o clube por questões de saúde. Manteve-se no cargo até Junho de 1988, não disputando sequer a eleição que levou Jorge Gonçalves para a presidência do clube.

No seu curto “reinado” debateu-se sempre com inúmeros problemas de tesouraria. As suas máximas eram ”Estabilidade, trabalho, método e dedicação”. A 3 de Outubro de 1986, sentou-se à mesa com Pinto da Costa (presidente do FC Porto), durante o dia do sorteio das competições europeias, que decorreu na Suíça. O presidente do Sporting jantou com o homólogo portista numa altura em que estavam cortadas as relações entre os 2 emblemas. Esse ato do líder leonino foi visto como o 1º passo para a normalização de relações entre os clubes.

Com ele o Futebol leonino não conseguiu grandes cometimentos, com exceção da conquista da Supertaça (frente ao Benfica). Também perante os encarnados teve uma das melhores tardes da sua vigência no famoso jogo dos 7-1. Foram tempos de grande instabilidade, nos quais o presidente despediu técnicos como Manuel José e Keith Burkinshaw (que contratara) e foi buscar António Morais. No que diz respeito a jogadores, Amado de Freitas foi conivente com a (surpreendente e absurda) dispensa de Manuel Fernandes, tendo contratado, entre outros, Paulinho Cascavel.

Quanto às modalidades, algumas conquistas se conseguiu por essa altura – no Andebol, Atletismo, Hóquei em Patins e Ténis de Mesa, para referir só as mais mediáticas.

Depois de sair da presidência ainda fez parte do Conselho Consultivo, em 1991 e foi membro do Conselho Leonino (como já referimos) até ao dia da sua morte, a 6 de Junho de 2001, numa altura em que era o associado nº 1.877. Nele prevaleceu sempre a imagem dum homem que procurava consensos, bem intencionado, e que, como todos os outros, cometeu erros, nunca deixando, no entanto, qualquer dúvida no que diz respeito ao seu máximo empenho em defender o Sporting Clube de Portugal.

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