Jorge Maria Vital nasceu a 13 de Julho de 1961 em Tomar. Depois de se iniciar no Matrena, começou como senior no União de Tomar, passando mais tarde por Rio Maior, Lusitano de Évora e Portimonense – onde se destacou fortemente.
Chegou ao Sporting no Verão de 1986, e a 31 de Agosto estreou-se oficialmente (com o técnico Manuel José – que já o orientara em Portimão) num Rio Ave-Sporting (2-2) para a 2ª jornada do Campeonato Nacional. Perante a fortíssima concorrência de Damas jogou pouco (apenas 8 presenças).
Na temporada seguinte foi Keith Burkinshaw o técnico mais tempo em funções. O inglês apostou inicialmente no jovem Rui Correia e havia ainda Damas… Na prática acabou por existir grande rotatividade na baliza leonina, mas Vital alinhou somente 10 vezes. Ainda assim fez a 6 de Dezembro de 1987 aquela que foi talvez a mais brilhante exibição da sua vida numa vitória na Luz por 3-0 para a Supertaça. Nesse encontro Vital esteve esplendoroso, defendendo tudo o que tinha e “não tinha” defesa, tornando possível um triunfo magnífico para uma equipa verde e branca que não vivia uma boa fase. Na 2ª mão os leões triunfaram por 1-0 e conquistaram o troféu, do qual Vital terá sido o principal obreiro.
Para 1988/89, após uma verdadeira revolução empreendida pelo novo presidente Jorge Gonçalves, Vital “sobreviveu” no plantel apesar da chegada do consagrado uruguaio Rodolfo Rodríguez e da manutenção de Damas. Mais uma vez a titularidade foi repartida, e Vital fez 17 jogos. Rodríguez não “vingou”, Damas terminou a carreira, e Vital permaneceu para 1989/90, agora com a concorrência de Ivkovic (um dos grandes guarda-redes mundiais da altura). A verdade é que o croata esteve quase sempre bem, e Vital jogou apenas 4 vezes. A 20 de Maio de 1990 alinhou pela última vez pelo Sporting a nível oficial. Foi numa receção ao Vitória de Setúbal (2-0) para a última jornada do Campeonato.
Esteve um total de 4 épocas no Sporting, tendo realizado 39 jogos oficiais e sofrido 34 golos (o 14º guarda-redes com melhor média na História do clube). Ganhou uma Supertaça. Curiosamente, nunca teve o estatuto de titular no Sporting (o que não lhe permitiu afirmar-se definitivamente), mas mostrou-se sempre um ativo disponível e que dava grande confiança. Era um guarda-redes muito “elástico” com fantásticos reflexos, embora sem a “elegância” dos guarda-redes consagrados devido à sua baixa estatura para o posto (1m72cm).
Depois de sair do Sporting ainda jogou vários anos, passando sucessivamente por Estrela da Amadora (duas épocas), Tirsense (1 ano), Gil Vicente (5 temporadas de muito bom nível) e Esposende (onde permaneceu 3 épocas e terminou a carreira em 2001).
Parte integrante (como treinador de guarda-redes) da equipa técnica de Domingos Paciência, regressou ao Sporting no início da temporada 2011/12, acabando por sair ainda no decorrer dessa época em solidariedade com o técnico dispensado. Depois passou pelo Sp. Braga e atualmente é novamente treinador de guarda-redes do Sporting, fazendo parte da equipa técnica de Rúben Amorim.