17 de Setembro de 1997. Pela 1ª vez o Sporting estava presente na Fase de Grupos da Liga dos Campeões após ter superado os israelitas do Beitar de Jerusalém na pré-eliminatória. Para “início de conversa” os leões receberam os franceses do AS Monaco, uma equipa recheada de bons jogadores (como Barthez, Ikpeba, Thierry Henry, Trézeguet ou o português Costinha) e com a mesma ambição de Sporting. Bayer Leverkusen e Lierse eram os outros “comparsas” do grupo. Octávio Machado escalou a seguinte equipa: De Wilde; Saber, Beto, Marco Aurélio e Vinícius; Oceano e Pedro Martins; Pedro Barbosa (Afonso Martins), Lang (Ramírez) e Hadji (Quim Berto); Leandro.

Num relvado em péssimas condições, no qual a areia procurava disfarçar os seus males, o Sporting conseguiu realizar uma belíssima exibição na sua estreia na “Liga Milionária”. O trabalho específico deu resultados logo nos primeiros minutos da partida. Aos 3, Lang marcou um livre sob a direita e Oceano elevou-se magistralmente, inaugurando o marcador. 5 minutos depois o francês voltou a estar em destaque ao marcar um pontapé de canto para a cabeça de Hadji, que elevou a contagem. Aos 16 minutos, novo canto de Lang proporcionou uma ótima oportunidade a Pedro Barbosa, mas o médio leonino, de cabeça, falhou o alvo. Aos 33 minutos, de novo a canto de Lang, Oceano voltou a criar graves problemas aos franceses, mas Barthez, com o joelho, defendeu para canto. O intervalo chegou com 2-0 e sob o signo das bolas paradas marcadas por Didier Lang.

Na 2ª parte o Mónaco surgiu mais atrevido, tentando mudar o decurso dos acontecimentos, mas sem que nada de especial se passasse até aí, os leões chegaram ao 3-0 aos 65 minutos. Pedro Martins abriu bem na esquerda para o seu homólogo Barbosa, que correu junto à linha lateral e centrou em jeito, com o pé direito, para a área, onde surgiu Leandro a superar um defesa contrário e o guarda-redes aumentando a contagem.

Até final foi o Sporting a estar mais perto de voltar a marcar, primeiro por Leandro aos 70 minutos (a bola saiu junto ao poste), depois por Pedro Barbosa aos 72 (rematou a centímetros da trave numa bela tentativa de chapéu a Barthez, que estava adiantado) e finalmente aos 83 minutos por Afonso Martins (que a passe de Hadji, obrigou o famoso guarda-redes francês a efetuar uma boa defesa).

Os 90 minutos chegaram com o marcador a registar um muito agradável 3-0, que permitiu ao Sporting estrear-se na Liga dos Campeões de acordo com as melhores expetativas.

Em termos individuais o capitão Oceano terá sido a principal figura da equipa num vai-e-vem constante, atuando em todo o terreno. Para ele: “Foi uma jornada de glória para todos os jogadores. Sinto uma alegria enorme e todos nós, sportinguistas, estamos muito satisfeitos. Não esperava vencer por estes números mas entrámos muito bem no jogo e aproveitámos 2 lances de bola parada. A partir daí as coisas ficaram mais fáceis, e até podíamos ter vencido por mais”.

O treinador Octávio Machado estava muito feliz: “Foi um espetáculo digno da maior competição europeia de clubes, proporcionado por excelentes intérpretes. Foi um resultado justo porque dominámos o jogo perante um adversário de grande calibre”.

Finalmente, o presidente José Roquette referiu que: “Foi um jogo muito bem disputado. O Sporting entrou com o pé direito na Liga Europeia. Penso que todos aqueles que tiveram a felicidade de assistir a este encontro ficaram bastante agradados com o espetáculo. Este era o jogo que eu desejava. Foram feitas grandes contratações para esta época e o Sporting mostrou que possui uma excelente equipa”.

Foto: Uma fase da partida em que intervém Leandro, autor do 3º golo sportinguista.

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