4 de Novembro de 1945. O Sporting não vivia uma fase muito positiva no Campeonato Regional de Lisboa, a prova que abria a época oficial e se disputava normalmente entre Setembro e Dezembro. Os leões vinham duma derrota escandalosa por 5-0 frente ao Estoril (na única partida em que o guarda-redes Magalhães alinhou de verde e branco).

A verdade é que, neste dia, havia que receber o Benfica. Os pupilos de Cândido de Oliveira queriam “limpar a face” e, de facto, nada melhor que uma boa vitória perante o grande rival para animar as hostes. A equipa: Azevedo; Álvaro Cardoso e Manecas; Octávio Barrosa, Veríssimoe Juvenal; Jesus Correia, Armando Ferreira, Peyroteo, Cordeiro (que se estreou) e Albano.

O Sporting entrou na partida com o intuito de marcar rapidamente e resolver o jogo o quanto antes. Apesar disso os primeiros minutos foram equilibrados, mas, aos 22, Peyroteo abriu as hostilidades. Os leões moralizaram-se e entraram em avalanche pela defensiva encarnada dentro naquilo que restou do 1º período de jogo. Aos 35 Octávio Barrosa fez o 2-0 e aos 44 Albano apontou o 3-0 com que chegou o descanso.

Temendo a goleada, os benfiquistas tentaram controlar mais a posse de bola no 2º tempo, e a verdade é que o encontro, já resolvido, se foi arrastando sem grande interesse. Ainda assim, a 10 minutos do fim, Peyroteo voltou a marcar estabelecendo o 4-0 final, uma das (poucas) goleadas na História dos jogos oficiais entre Sporting e Benfica.

Acrescente-se, já agora, que o Sporting acabaria por falhar o título regional (que foi para o Belenenses – azuis que meses mais tarde conquistariam ainda o seu 1º e único Campeonato Nacional, naquela que foi a sua melhor época de sempre).

Foto (arquivo): O treinador do Sporting, Cândido de Oliveira.

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