Eduardo Mário Mourinha de Almeida nasceu a 29 de Dezembro de 1908 no Forte de Caxias, onde trabalhava o seu pai (oficial do exército e colaborador do Presidente Sidónio Pais). A família mudou-se poucos anos depois para a Figueira da Foz onde o jovem Eduardo começou bem cedo a jogar futebol na rua. Com 15 anos já alinhava na equipa principal da Naval 1º de Maio.

Chegou ao Sporting em finais de 1930, tendo-se estreado oficialmente a 9 de Novembro com uma vitória sobre o Benfica por 2-1 nas Amoreiras. Uma semana depois marcou pela 1ª vez (e logo em dose dupla) num triunfo por 4-1 sobre o União Lisboa.

Logo nessa 1ª época esteve presente em 11 dos 15 jogos oficiais do clube (geralmente como extremo-esquerdo) apontando 11 golos (melhor marcador a par de Abrantes Mendes e Rogério). Teve um momento sublime nessa temporada ao marcar 4 dos 5 golos com que o Sporting venceu o Carcavelinhos (no jogo decisivo, a 15 de Março) conquistando assim o seu 7º Campeonato Regional. Outro dia muito importante para ele nesse percurso foi aquele em que marcou o golo solitário na vitória frente ao Benfica (25 de Janeiro) que possibilitou aos leões “assaltarem” a liderança para não mais a largar.

Em 1931/32 voltou a ser um dos destaques da equipa estando presente na maioria dos jogos. Marcou outra vez 11 golos atuando na esquerda do ataque. Coletivamente as coisas não correram bem pois não houve títulos para festejar.

A sua última temporada como leão foi em 1932/33, uma época muito atribulada em termos pessoais pois esteve largo tempo afastado. Surgiu já na parte final dando o seu contributo à equipa no Campeonato de Portugal onde alinhou por 3 vezes apontando 2 golos. Despediu-se a 18 de Junho de 1933 num Sporting-FC Porto (1-1). O seu último golo fôra marcado duas semanas antes numa vitória por 3-1 frente ao Marítimo no Stadium de Lisboa.

Saiu do Sporting porque os leões não lhe conseguiram garantir um emprego estável. Totalizou 3 épocas no clube, perto de 30 jogos oficiais e 24 golos. Ganhou 1 Campeonato Regional de Lisboa.

Esteve depois no Ginásio Figueirense onde alcançou grande destaque chegando a capitão e treinador da equipa.

Foi internacional por uma vez contribuindo para uma vitória por 3-2 frente à Bélgica.

A sua carreira foi marcada por inúmeras lesões que lhe prejudicaram o rendimento pois o seu talento era enorme e reconhecido por todos. Pernas partidas, braços quebrados, mãos esfaceladas, dentes partidos… de tudo lhe aconteceu!

Na sua função de treinador ficou conhecido por dinamizar muito a componente da formação.

Morreu a 31 de Março de 1990.

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