Paulo Manuel Banha Torres nasceu a 25 de Novembro de 1971 em Évora. Começou por jogar num clube da terra, o SL Évora, e com apenas 13 anos foi recrutado pelo Sporting. Chegou rapidamente a internacional. Foi vice-Campeão da Europa de sub-16 (1988), vice-Campeão da Europa de sub-18 (1990) e Campeão Mundial de sub-20 (1991), tendo sido considerado o 3º melhor jogador dessa prova realizada em Portugal, na qual foi o melhor marcador da Seleção com 3 golos.
Estreara-se oficialmente pela equipa principal (com o treinador Pedro Rocha) bem antes, a 1 de Novembro de 1988, num triunfo em Alvalade por 5-0 frente ao Almansilense para a Taça de Portugal. Esse foi a sua única presença da temporada.
Na época seguinte, apesar de ainda muito jovem, começou a fazer concorrência séria a Leal e a Valtinho, realizando 11 jogos. Em 1990/91, com Marinho Peres, voltou a jogar menos (apenas duas presenças) o mesmo acontecendo no ano que se seguiu (8 jogos).
Em 1992/93, com Bobby Robson, alinhou em 13 jogos e marcou pela 1ª vez, a 2 de Maio de 1993, num triunfo em Guimarães por 3-2. 1993/94 (primeiro com Bobby Robson e depois com Carlos Queiroz – que já o conhecia bem das seleções jovens) foi a sua época de afirmação, ao ponto de ser dos mais utilizados da equipa (43 jogos) e de se salientar também pelo remate fortíssimo, sobretudo na marcação de livres (5 golos).
Subitamente a sua “estrela” empalideceu. Carlos Queiroz começou a preteri-lo em favor de Vujacic na esquerda da defesa. Nuno Valente surgiu e Pedrosa veio do Salgueiros. Após 7 jogos apenas em 1994/95 (época na qual conquistou o seu único troféu pelo clube – a Taça de Portugal) acabou por ser dispensado. Jogou pela última vez no jogo derradeiro do Campeonato (2-2 em Guimarães a 28 de Maio de 1995).
Assim, fez um total de 7 temporadas na equipa principal do Sporting, tendo realizado 85 jogos oficiais e marcado 7 golos. Ganhou uma Taça de Portugal. Ficou na memória sobretudo pelo seu temível remate, para além de ter sido indiscutivelmente um lateral esquerdo com ótimos índices físicos que fazia todo o corredor com facilidade. A sensação é de que o seu percurso de verde e branco ficou claramente aquém do seu potencial.
Após a saída de Alvalade percorreu vários clubes em Portugal e Espanha – Campomaiorense, Salamanca, Rayo Vallecano, Desportivo de Chaves, Leganés, Torreense, Penafiel e Imortal de Albufeira (onde terminou a carreira em 2003).
Foi duas vezes internacional A. Em 1991 ganhou o Prémio Stromp na categoria “Especial Mundial”.
Atualmente é treinador nos escalões secundários do nosso futebol. Para além disso tem feito participações como comentador televisivo.