Costinha – Um guarda-redes com muitas qualidades

Paulo Rebelo Costinha Melo Castro nasceu a 22 de Setembro de 1973 em Braga. Nas camadas jovens do Boavista começou a dar nas vistas e tornou-se internacional em todos os escalões. Chegou ao Sporting no Verão de 1993 (juntamente com o seu companheiro de clube e posição Lemajic). Vieram ambos com o objetivo de substituir Ivkovic, um guardião que tinha tido um percurso interessante no clube mas que, na opinião do presidente Sousa Cintra, tinha acabado o seu ciclo de verde e branco. Costinha era internacional das camadas jovens e uma grande promessa futura. Bobby Robson deu-lhe imediatamente a titularidade, e estreou-se oficialmente a 21 de Agosto numa receção ao Salgueiros (2-1) para a 1ª jornada do Campeonato. Continuou a jogar regularmente até ao “naufrágio” de Salzburgo, onde o Sporting perdeu a eliminatória europeia (com uma exibição muito infeliz do seu guarda-redes) e o treinador (Robson foi despedido). Com o novo técnico Carlos Queiroz a aposta recaiu em Lamajic. Ainda assim fez 23 jogos nesse ano, no qual o Sporting esteve muito perto do título. Na temporada seguinte conquistou a confiança de Carlos Queiroz, e na luta com Lemajic levou claramente a melhor ao fazer 34 jogos e ganhar a Taça de Portugal. 1995/96 foi um época muito turbulenta para o Sporting mas Costinha manteve-se regularmente na baliza (42 jogos) e contribuiu para o triunfo na Supertaça frente ao Porto. No Verão de 1996 chegou o treinador belga Robert Waseige e o seu compatriota De Wilde para a baliza. Costinha perdeu então “espaço de manobra” e participou apenas em 5 jogos, o último dos quais a 15 de Junho...

Melo – Uma alternativa fiável

Joaquim Alberto Castanheira de Melo nasceu a 11 de Setembro de 1949 em Coimbra. No União e na Académica fez a sua “formação”, entrando nos seniores pelo União, na 3ª divisão, mas subindo ao 1º escalão em apenas 4 anos. Em 1973 mudou-se para o Belenenses e em 1977 para o Vitória de Guimarães – em ambos os clubes ganhou o estatuto de ser considerado um dos melhores guarda-redes do nosso país. Chegou ao Sporting no defeso de 1981 proveniente do Vitória de Guimarães e ao mesmo tempo de Meszaros, considerado na altura um dos melhores do mundo. Sendo assim, a aposta sportinguista em Melo tinha a ver com a necessidade de ter um suplente fiável (para além de Fidalgo), que pudesse dar confiança em caso de ausência do húngaro. Nessa 1ª temporada em Alvalade, sob a orientação de Malcolm Allison, jogou apenas duas vezes, tendo-se estreado de “leão ao peito” a 29 de Novembro num triunfo em Leiria (para o Campeonato) por 2-0. No final os leões conquistaram a tão ambicionada “dobradinha”. Na temporada seguinte o “filme” repetiu-se (em termos de prioridades para a baliza) embora os treinadores fossem outros (António Oliveira primeiro, Marinho Mateus no entretanto e Jozef Venglos na parte final). Coletivamente só se ganhou a Supertaça e Melo somou 4 presenças. Ainda “encantados” pelas prestações de Meszaros (entretanto saído), os responsáveis leoninos contrataram outro húngaro – Katzirz para a sua baliza no início de 1983/84, que, no entanto, não tinha a categoria do compatriota.  Apesar disso, e embora tenha jogado um pouco mais, Melo acumulou somente 8 presenças, a última das quais a 31 de...

Vaz – Sóbrio e corajoso

António Lopes Vaz nasceu a 11 de Setembro de 1945 em Penalva do Castelo. Depois de se destacar no clube local chegou ao FC Porto em 1968 e por lá permaneceu 3 épocas. Em 1970 transferiu-se para o Vitória de Setúbal onde viveu excelentes momentos numa equipa sadina de grande categoria. Após 8 anos de Vitória esteve 1 no Académico de Viseu, acenando-lhe então João Rocha com uma inesperada proposta de Alvalade. Chegou ao Sporting (ao mesmo tempo do seu grande concorrente – Fidalgo, que veio do Benfica) numa altura em que já era considerado um veterano (quase 34 anos) no defeso de 1979. O presidente leonino decidiu contratar 2 guarda-redes experientes após a saída de Botelho para o Benfica. Estreou-se oficialmente (com o treinador Rodrigues Dias e simultaneamente a Mário Jorge) em 12 de Setembro de 1979 num jogo em atraso da 1ª jornada frente ao Estoril (2-0). Ainda numa fase inicial da temporada Rodrigues Dias foi substituído por Fernando Mendes, mas Vaz e Fidalgo (prejudicado por lesões) continuaram a alternar na baliza, a ponto do primeiro ter totalizado 16 presenças e o segundo 15 nesse Campeonato que o Sporting venceu brilhantemente. Na época seguinte foi claramente o guardião titular (Fidalgo lesionou-se gravemente logo no início), mas uma derrota (a 24 de Maio de 1981) na Amora por 3-0 (!) após a qual andaram “mosquito por cordas” em Alvalade precipitou a sua saída (era Srecko Radisic quem treinava o clube na altura). E foi precisamente para o Amora que o até aí guardião sportinguista se transferiu no final da temporada. Em duas épocas totalizou 50 jogos oficiais realizados...

Ângelo Girão – Posicionamento, rapidez e um dom para as bolas paradas

Ângelo André Ferreira Girão nasceu a 28 de Agosto de 1989. Começou a praticar Hóquei em Patins a nível federado muito menino, nos escalões de formação do Estrela Vigorosa Sport (1996/97), passando depois pelo FC Porto (1997/98 a 2006/07) e Gulpilhares (2007/08). Na Académica de Espinho fez o seu primeiro ano como sénior, subindo nessa mesma temporada à 1ª divisão. Saiu dos espinhenses para Valongo em 2012, ficando duas épocas no clube verde rubro (em 2014 foi campeão nacional) até chegar ao Sporting CP. O seu 1º título internacional de clubes foi já no Sporting, com a conquista da Taça CERS em 2015. Aí foi figura em grande destaque, defendendo 3 penaltis no desempate na final frente ao Réus. A nível nacional já conquistou vários títulos de verde e branco – Supertaça em 2015, Elite Cup em 2016 e 2018 e o Campeonato Nacional em 2018 (30 anos depois!). Em 2019 sagrou-se campeão europeu de verde e branco, depois triunfou na Taça Continental e no mesmo ano foi campeão do mundo de seleções como a grande figura da equipa portuguesa! Em 2021 voltou a ser campeão nacional e campeão europeu pelo Sporting CP! Na baliza, o posicionamento e a velocidade de movimentos são os seus pontos fortes. Especialista na defesa de bolas paradas, é claramente um atleta com um grande espírito de sacrifício, o que lhe traz resultados assinaláveis em termos de performance. Passou pelas equipas nacionais de juvenis e juniores onde venceu 2 Campeonatos da Europa – juvenis em 2005 e juniores em 2008, tendo triunfado ainda nesse ano na Taça Latina em sub-23. Estreou-se pela selecção principal em...

Cristiano Parreiro

Cristiano Galvão Parreiro nasceu a 20 de Agosto de 1979 em Neuss – Alemanha. Veio muito cedo para Portugal, onde começou a jogar no Forte da Casa, passando depois por Sporting (2003/04 e 2004/05), Belenenses (uma temporada por empréstimo) e novamente Sporting (desde 2006/07). Tem garantido a extraordinária qualidade da defesa das balizas leoninas no Futsal a par de João Benedito, com quem alterna com grande frequência, não se podendo considerar nenhum deles como titular ou suplente. Apesar da sua enorme categoria e significativa quota-parte na maravilhosa História leonina no Futsal, mantém sempre uma postura “low-profile”, anti-vedeta. Até ao defeso de 2015 já esteve 11 épocas de verde e branco, tendo conquistado 5 Campeonatos Nacionais, 3 Taças de Portugal e 5 Supertaças! Tem a peculiaridade de marcar golos com alguma frequência. Em 2010 ganhou o Prémio Stromp na categoria “Atleta”. Gosta de cinema e o seu filme preferido é “Braveheart”. Para além da sua modalidade, segue também com atenção o futebol. Nos automóveis aprecia especialmente o Mercedes CLK e para beber nada melhor do que...

Ivkovic – Uma figura marcante na baliza do Sporting

Tomislav Ivkovic nasceu a 11 de Agosto de 1960 em Zagreb – Croácia (antiga Jugoslávia). Começou por jogar no clube da sua cidade, o Dinamo, pelo qual foi campeão e ganhou uma Taça da Jugoslávia. Alinhou depois no Dinamo Vinkovci, Estrela Vermelha (onde também foi campeão e ganhou a Taça), Swarowski Tirol (pelo qual defrontou o Sporting em 1987/88), Wienner e Genk. Chegou ao Sporting no defeso de 1989 (anunciado por Sousa Cintra – recém-eleito presidente, como um dos melhores do mundo no seu posto) e estreou-se oficialmente (com Manuel José) a 20 de Agosto num Sporting-Vitória de Guimarães (3-2) para a 1ª jornada do Campeonato Nacional. A fama com que vinha e o bom desempenho que entretanto teve, fizeram-no ganhar rapidamente a baliza sportinguista, a ponto de ter realizado 33 dos 37 jogos oficiais dessa 1ª temporada de verde e branco. Logo em início de época ficou célebre a história da aposta com Maradona aquando da marcação do argentino dum dos pontapés da marca de grande penalidade no desempate frente ao Nápoles para a Taça UEFA. Ivkovic defendeu mas o Sporting ficou pelo caminho… Curiosamente, perto de 1 ano depois, no Mundial de 1990, Ivkovic voltou a defender um penalty de Maradona! Na temporada seguinte, agora com Marinho Peres, Ivkovic voltou a ser um dos protagonistas da equipa, que começou o Campeonato com 11 triunfos consecutivos e chegou à meia-final da Taça UEFA. No entanto, mais uma vez, não houve títulos… Nessa época o guardião croata fez 48 dos 51 jogos da equipa. No ano que se seguiu (1991/92) foi totalista e em 1992/93 (agora com Bobby Robson)...

Carlos Ferreira

Carlos Manuel da Silva Panta Ferreira nasceu a 2 de Agosto de 1966 em Moçambique. Logo começou a revelar grande tendência pela prática desportiva e ingressou na Ginástica. Ainda muito jovem foi para o Minho, e depois de chegar a jogar Futebol como federado, apareceu o Andebol na sua vida, tendo começado no Fermentões, com 12 anos. Mais tarde passou pelo Francisco d`Holanda, ingressando depois no ABC onde viveu tempos de glória conquistando Campeonatos (4), Taças (4), Supertaças (3) e chegando inclusivamente à final da Liga dos Campeões Europeus. Finalmente, e dizemos finalmente porque sempre assumiu o Sporting como clube do seu coração, chegou ao Alvalade em 1994 para alinhar de “leão ao peito”. De verde e branco jogou 7 épocas, nas quais conseguiu conquistar 1 Campeonato Nacional (15 anos depois da última vitória), 2 Taças de Portugal e 1 Supertaça. Dele disse um dia Manuel Brito: “Foi um atleta duma postura exemplar, que defendeu o Sporting com grande dignidade, bom colega, e com um perfil de liderança deveras invejável, sustentado por uma conduta como homem que servia de exemplo para todos os colegas”. Já Ricardo Andorinho, outra das grandes figuras da História do Andebol leonino referiu: “A minha opinião sobre o Carlos está longe de ser isenta pois partilhámos muito mais do que Andebol ao longo das nossas vidas. Creio que é unânime, à volta da comunidade andebolística, dizer que o Carlos é um líder. A competitividade individual e a sua capacidade de transmissão da mesma fez crescer não só grandes atletas mas seguramente melhores pessoas”. A sua derradeira partida pelos leões aconteceu a 24 de Junho de 2001...

Vital – Elasticidade e reflexos

Jorge Maria Vital nasceu a 13 de Julho de 1961 em Tomar. Depois de se iniciar no Matrena, começou como senior no União de Tomar, passando mais tarde por Rio Maior, Lusitano de Évora e Portimonense – onde se destacou fortemente. Chegou ao Sporting no Verão de 1986, e a 31 de Agosto estreou-se oficialmente (com o técnico Manuel José – que já o orientara em Portimão) num Rio Ave-Sporting (2-2) para a 2ª jornada do Campeonato Nacional. Perante a fortíssima concorrência de Damas jogou pouco (apenas 8 presenças). Na temporada seguinte foi Keith Burkinshaw o técnico mais tempo em funções. O inglês apostou inicialmente no jovem Rui Correia e havia ainda Damas… Na prática acabou por existir grande rotatividade na baliza leonina, mas Vital alinhou somente 10 vezes. Ainda assim fez a 6 de Dezembro de 1987 aquela que foi talvez a mais brilhante exibição da sua vida numa vitória na Luz por 3-0 para a Supertaça. Nesse encontro Vital esteve esplendoroso, defendendo tudo o que tinha e “não tinha” defesa, tornando possível um triunfo magnífico para uma equipa verde e branca que não vivia uma boa fase. Na 2ª mão os leões triunfaram por 1-0 e conquistaram o troféu, do qual Vital terá sido o principal obreiro. Para 1988/89, após uma verdadeira revolução empreendida pelo novo presidente Jorge Gonçalves, Vital “sobreviveu” no plantel apesar da chegada do consagrado uruguaio Rodolfo Rodríguez e da manutenção de Damas. Mais uma vez a titularidade foi repartida, e Vital fez 17 jogos. Rodríguez não “vingou”, Damas terminou a carreira, e Vital permaneceu para 1989/90, agora com a concorrência de Ivkovic (um...

Azevedo

João Mendonça Azevedo nasceu a 10 de Julho de 1915 no Barreiro, e mais de 70 anos após ter abandonado o futebol é considerado por muitos o melhor guarda-redes português de todos os tempos. Tinha fama de ter mau feitio. Entrava em campo arrastando os pés numa aparente insolência mas, de boné na cabeça, a sua coragem e dom natural para a função de guarda-redes despertava enormes paixões. Antes dos grandes jogos fumava um cigarro para descontrair. Era capaz de fazer defesas impossíveis e de se sacrificar pela equipa em situações de grande debilidade física (aconteceu-lhe ficar em campo com uma duzia de pontos na cabeça, com um pé partido ou com a clavícula fraturada). Também lhe acontecia dar grandes “frangos”, e foi por ele que se criou a frase chavão de “os grandes frangos são dados pelos grandes guarda-redes”. Chegou ao Sporting, proveniente do Luso do Barreiro, no Verão de 1935. Estreou-se oficialmente (com o técnico Wilhelm Possak) a 16 de Fevereiro de 1936 num Boavista-Sporting (2-2) para o Campeonato da Liga. Nessa 1ª temporada ainda alternou com Dyson, mas a partir da época seguinte tomou conta do lugar na baliza leonina. Só na última temporada em Alvalade não foi o habitual titular (despontava “um tal” de Carlos Gomes). A 30 de Setembro de 1951 alinhou pela última vez, oficialmente, de verde e branco, numa receção à Académica (4-0) para o Campeonato Nacional. É o futebolista da História do Sporting que mais títulos venceu – 22 (9 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal e 9 Campeonatos Regionais de Lisboa) em 17 épocas ao mais alto nível – de...

De Wilde – Um dos melhores belgas de sempre, na baliza do Sporting

Filip Alfons Annie de Wilde nasceu a 5 de Julho de 1964 em Zelle – Bélgica. Com apenas 9 anos começou a jogar Futebol no clube da sua terra, o Eendracht Zele. Em 1980 passou a alinhar num clube de maior projeção, o Beveren, mas foi no Anderlecht, a partir de 1987 que atingiu um grande estatuto no seu país. Chegou ao Sporting no Verão de 1996 (proveniente do Anderlecht), constituindo uma aposta do treinador leonino, o seu compatriota Robert Waseige, que afirmou que os leões ficavam assim servidos com um super guarda-redes – que na altura era também o titular da Seleção da Bélgica. Estreou-se oficialmente a 23 de Agosto, na Maia, frente ao Sporting de Espinho (triunfo por 3-1) na 1ª jornada do Campeonato Nacional. Nessa 1ª temporada em Alvalade relegou Costinha e Tiago para um plano completamente secundário, alinhando em 38 dos 43 jogos da equipa. A temporada seguinte foi tumultuosa para os leões, que conheceram 4 treinadores! Os maus resultados sucederam-se e, tendo começado a época como titular, De Wilde alinhou pela última vez a 4 de Fevereiro de 1998 numa derrota em Braga para a Taça de Portugal por 3-1. A partir daí o treinador Carlos Manuel apostou em Tiago, pelo que De Wilde acabou por regressar, em Março, ao Anderlecht, com vista a jogar e marcar presença no Mundial que se aproximava. Fez um total de 67 jogos oficiais pelos leões, sofrendo 49 golos. Estes números fazem dele o 6º guardião mais difícil de bater (ou seja, com média mais baixa de golos sofridos) da História do Futebol leonino.  Foi um guarda-redes que...
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