16 de Abril de 1995. Apesar de todas as alterações (e foram mesmo muitas) para esta época, a equipa do Sporting acabou por conquistar uma muito saborosa Taça de Portugal (pela 3ª vez, neste que foi o seu último troféu na modalidade antes da extinção por um longo período – até 2017). Depois de eliminar nas meias finais o Castelo da Maia por 3-0 (15-8, 15-13 e 15-4), os leões derrotaram no pavilhão de Almada a turma do Sporting de Espinho (sem Miguel Maia e João Brenha, ocupados com o volei de praia), recente Campeã Nacional, por 3-0 (15-6, 15-4 e 15-13). A equipa sportinguista entrou no jogo com grande determinação e com todos os jogadores a demonstrarem a sua enorme categoria, e acabou por vencer os 2 primeiros sets com alguma facilidade. O 3º set foi equilibradíssimo, acabando os leões por levar a melhor por 15-13 em 44 minutos de árdua luta. O treinador brasileiro Ladir Salvi foi passeado aos ombros pelos seus pupilos no final. Disse ele: “Já me sinto sportinguista, estou muito feliz e orgulhoso por ter orientado este magnífico grupo de trabalho. Falei com cada um dos atletas, nomeadamente aqueles que considero a base da equipa, visando a união de esforços, e como todos entenderam as minhas palavras, o grupo foi capaz de técnica e taticamente e com grande amor à camisola jogar desta forma brilhante e superar todos os problemas.” Florov recebeu o troféu para melhor rematador da competição. O capitão leonino constituía um verdadeiro exemplo para os seus companheiros pela sua magnífica conduta dentro e fora dos jogos: “Foi uma honra receber este prémio,...
10 de Abril de 1994. Nesse dia o Sporting sagrou-se tri-campeão nacional de Voleibol. O encontro decisivo disputou-se no pavilhão do Castelo da Maia onde os leões contaram com o apoio entusiástico de algumas dezenas de adeptos. Os apaniguados locais eram milhares, mas os atletas sportinguistas conseguiram silenciá-los. Após uma vitória por 3-0 e uma derrota por 3-2 em Lisboa os leões teriam de ir ganhar à Maia, e assim aconteceu. No 1º destes 2 jogos, realizado no Sábado, 9 de Abril, o Sporting fez uma exibição fantástica triunfando por 3-0 (15-3, 15-11 e 15-10). Com um serviço muito agressivo, receção muito segura e distribuição variada, os ataques sairam demolidores. No dia seguinte os leões fizeram uma partida mais calculista, triunfando, ainda assim, de novo por 3-0 (15-8, 15-11 e 15-8). Em ambas as partidas o 6 base foi formado por Miguel Maia, Luís Cláudio, Wagner Silva, Maurício Cavalcanti, Nilson Leão e Filipe Vitó, com Tzevetan Florov, Teodor Genev, Carlos Silveira e Miguel Soares a entrarem em compita quando o treinador António Rodrigues achou mais conveniente. Carlos Natário, Américo Silva, Marcelo Cavalcanti e José Gonçalves não atuaram desta vez, mas formaram com o adjunto João Correia, o enfermeiro-massagista Vasco Fortunato, o roupeiro Américo Coelho e ainda o diretor Lúcio Freire e os secionistas António Frade e Rui Madeira uma equipa coesa onde todos “remaram” para o mesmo lado atingindo com naturalidade o grande objetivo final. Após o último ponto todo o grupo de trabalho deu largas ao seu entusiasmo num grande abraço coletivo festivo onde não faltou o tradicional champanhe. À noite, num jantar em Espinho, familiares e amigos...
28 de Março de 1993. Grande espetáculo de Voleibol na Nave do Alvalade. Com a 28ª vitória em 28 jogos os leões garantiram o título de bicampeões nacionais a 4 jornadas do fim com uma vitória por 3-1 sobre o Benfica. 15-10, 16-17, 17-15 e 15-13 foram os resultados parciais desta magnífica partida. A equipa: Nicolai Dankinov, Tzevetan Florov (cap), Wagner Silva, José Gonçalves, Filipe Vitó, Miguel Maia, Teodor Genev, Miguel Soares e Maurício Cavalcanti. Na nave do Alvalade esteve presente uma das maiores enchentes de sempre. O Sporting foi mais enérgico, teve mais discernimento. A equipa do prof. António Rodrigues mostrou-se de forma excecional. Assim que o encontro terminou o recinto foi inundado por uma vaga imensa de espetadores, e só as cuecas ficaram com os jogadores! A festa continuou na cabina onde todos tiveram de ir ao chuveiro e o champanhe encomendado pelo vice Abílio Fernandes começou a jorrar. O treinador António Rodrigues conseguiu aqui o seu 3º título consecutivo (o 1º nas senhoras do Estrelas da Avenida e os 2 últimos no Sporting): “Foi um grande jogo, e este é talvez o meu título mais saboroso pois foi conseguido sem derrotas”. O capitão Florov realizou mais uma grande exibição, sendo o finalizador mais vezes utilizado, com Miguel Maia a tirar o melhor partido da sua experiência e categoria, não parecendo que já contava 34 anos, o que: “É resultado duma paixão muito antiga e muito grande pela modalidade. Conseguimos ganhar porque todo o conjunto funcionou bem”. Miguel Maia, aos 21 anos, já alcançava o seu 6º título nacional (!): “Estou satisfeito. Temos que encarar o futuro...
11 de Março de 2023. Centro Cultural de Viana do Castelo. A equipa principal feminina de voleibol do Sporting CP venceu a Taça de Portugal depois de derrotar a AJM/FC Porto por 3-2 num excelente jogo! Foi uma partida intensa, renhida e muito bem disputada com equilíbrio do início ao fim. As leoas acabaram por levar a melhor ao vencerem na negra por 15-13, conquistando assim a 3ª Taça de Portugal da História do Sporting CP. A última tinha sido em 1985/1986, mas entretanto o clube esteve 25 anos ausente da modalidade. As comandadas de Rui Pedro Costa entraram bem no encontro e triunfaram no 1º set por 25-22. No 2º houve luta intensíssima, e foram as portistas a levar a melhor por 25-23. No 3º, novamente muito equíbrio e as azuis e brancas a passarem para a frente após um 25-23. No 4º set as leoas estiveram brilhantes e triunfaram por um claro 25-17 . Houve então lugar à “negra” – aí foram as Leoas a abrir a contagem, conseguindo logo uma vantagem de 3-0, e que se revelou fundamental para o desenrolar do set, ainda que a AJM/FC Porto tenha conseguido reduzir e, quando o Sporting CP estava a 2 pontos de fechar (12-8), ainda empatou (12-12). Os minutos finais foram por isso muito intensos, com as leoas a poderem fechar novamente (14-12), mas as azuis e brancas a adiarem até aos 13-15 finais. Na realidade, o triunfo ficaria bem a qualquer uma das equipas, depois de um excelente jogo, que durou duas horas e meia (!) mas assentou muito bem à equipa comandada por Rui Pedro Costa,...
7 de Março de 2021. Pavilhão Municipal de Santo Tirso. Depois de ter vencido a Ass. Ac. Espinho (Miguel Maia defrontou pela 1ª vez o filho) por 3-0 (25-22, 25-15 e 25-11) e o Leixões, também por 3-0 (25-11, 25-18 e 25-18), o Sporting defrontou o Benfica na final da Taça de Portugal. Os leões não puderam contar com Gil Meireles, mas tiveram uma entrada muito forte em jogo, conseguindo uma vantagem inicial de 4-1. O SL Benfica equilibrou rapidamente as contas e empatou o jogo pela primeira vez a cinco, ao aproveitar alguns erros verdes e brancos. As águias assumiram a dianteira e chegaram mesmo a estar a vencer por 10-14, mas uma incrível recuperação da turma leonina e um parcial final de 3-0, após uma luta muito intensa e com várias reviravoltas no marcador, fez com que o Sporting CP conseguisse fechar o 1º set com uma vitória por 29-27. Em vantagem, os leões entraram no 2º set mais tranquilos e as duas equipas andaram sempre muito próximas em termos pontuais até ao 10-10, altura em que o conjunto de Gersinho, cada vez mais confiante, colocou o pé no acelerador e começou a cavar um fosso que seria decisivo. Claramente melhor em todos os capítulos, o Sporting CP esteve sempre em vantagem desde esse momento, confirmando um novo triunfo, desta vez por 25-22. Obrigado a reagir para não ficar pelo caminho, a equipa do Benfica venceu o 3º set por larga margem (16-25), aproveitando algumas desconcentrações dos leões, que não estiveram ao seu nível, mas tudo mudou no 4º e último set. O Sporting CP voltou a...
Mário Alberto Freire Moniz Pereira, o “senhor Atletismo”, nasceu a 11 de Fevereiro de 1921 em Lisboa. Esta é uma pequena resenha da História daquele que constitui uma das figuras cimeiras da vida do Sporting. Em 1938 já jogava Ténis de Mesa pelo clube, e pela mesma altura começou a praticar Atletismo, destacando-se no comprimento e no triplo-salto. No Voleibol também se distinguiu, foi capitão de equipa e depois treinador nas equipas masculina e feminina. Conquistou vários campeonatos de Lisboa e de Portugal e foi chamado várias vezes à selecção de Lisboa. Recorda o tempo em que uma equipa do Sporting esteve 2 anos sem perder, acumulando 36 vitórias consecutivas. Nessa modalidade era o capitão da turma leonina quando ela conquistou o seu 1º título nacional, em 1954. Em 56 repetiu o feito, como jogador-treinador. Licenciado em Educação Física pelo Instituto Nacional de Educação Física de Lisboa, foi lá professor durante 27 anos. Como técnico de Atletismo esteve presente em 11 Jogos Olímpicos, 13 Campeonatos da Europa e 21 Campeonatos do Mundo de Crosse. A sua versatilidade chegou para até no Futebol se impôr, pois foi o preparador físico da equipa campeã nacional de 1970. De 1976 a 1983 foi director do Estádio Nacional e em 1982 presidiu à Comissão de Apoio à Alta Competição. Foi director técnico da Federação Portuguesa de Atletismo, Seleccionador Nacional de Atletismo e de Voleibol, Presidente da Comissão Central de Árbitros de Voleibol e Árbitro Internacional no Campeonato do Mundo de Paris, em 1956. É sócio honorário da Associação Internacional de Treinadores de Atletismo. Treinou e “fez” grande parte dos melhores atletas portugueses que...
2 de Dezembro de 1956. Nesse dia o Sporting sagrou-se pela 2ª vez Campeão Nacional de Voleibol. Numa equipa treinada e capitaneada por Mário Moniz Pereira, o Voleibol do Sporting fez uma das suas melhores épocas de sempre. Em Abril os leões conquistaram o Torneio de Abertura, sem derrotas, batendo na final os grande rivais do Técnico, por 3-2. 2 meses depois, e só conhecendo o doce sabor da vitória, os sportinguistas sagraram-se campeões regionais ao derrotar o Estoril por 3-0. Já em Dezembro, o Sporting ganhou pela 2ª vez o Campeonato Nacional, com uma vitória por 3-0 no último jogo frente ao Centro Universitário do Porto. A equipa do Sporting era considerada por todos como a melhor de Portugal. Contava com 2 jugoslavos de grande categoria (Julko Yost e Budisin Gavra) mas não teve apenas nesses atletas de leste o seu ponto forte. Nuno Xara Brasil foi mesmo considerado pela crítica especializada como o grande elemento da equipa, verdadeira arma secreta do “seis campeão” Este novel internacional, jogando com um élã impressionante, constituiu a grande revelação do Campeonato, numa equipa que contava ainda com o já referido Moniz Pereira, Fernando Marques Pereira, Aníbal Rebelo e Fernando Fezas...