26 de Março de 1972. Sporting e FC Porto fizeram um Campeonato irregular. Quando se defrontaram em Alvalade, à 24ª jornada, já ambos estava longe do título. Ainda assim a partida foi agradável, constituindo uma das vitórias mais marcantes da temporada para o Sporting, já de Mário Lino, já sem Fernando Vaz. A equipa: Damas; Pedro Gomes, Laranjeira, José Carlos (cap) e Hilário; Manaca – Lourenço 22, Nélson e Peres; Chico, Yazalde – Marinho 32 e Dinis. Antes da partida se iniciar, Damas recebeu das mãos de um representante da Agência Portuguesa de Revistas um troféu denominado “Baliza de Prata” premiando-o por ter sido o guarda-redes menos batido da temporada anterior. Com Mário Lino no comando técnico a equipa do Sporting estava diferente. A condição física era melhor, e a atitude também. Neste despique com o FC Porto, por exemplo, o Sporting lançou-se abertamente ao ataque desde o 1º minuto, encurralando o seu adversário atrás. Só Manaca se postava claramente a meio-campo. Os leões jogavam de forma muito direta, adiantando muitos homens para a zona defensiva portista. Assim, não se estranhou que aos 33 minutos o Sporting inaugurasse o marcador. Numa jogada pelo flanco esquerdo, Dinis centrou a meia altura na direção de Yazalde, mas Rolando interpôs-se acabando por tocar a bola na direção da sua própria baliza. Apesar do esforço de Rui (ainda lhe tocou) o esférico entrou nas redes. Até ao descanso os leões mantiveram o domínio mas a sua grande pecha da temporada – défice de finalização, destacou-se como nunca. O intervalo chegou com 1-0. Aos 56 minutos os portistas chegaram ao empate. Lemos fugiu pela esquerda...
26 de Março de 1933. O Sporting (orientado por Rudolf Jeny), líder do Regional lisboeta, recebia o Benfica para uma partida muito importante que, em caso de vitória, poria os leões em ótima situação para chegarem à glória. Para além disso a partida tinha a curiosidade de os verdes pretenderem a desforra depois da derrota na 1ª volta. A equipa: José Luiz; Jurado e Joaquim Serrano; Varela, Rui de Araújo e Forno; Abrantes Mendes, Ferrer, Luís Gomes, Mourão e Valadas. O Sporting entrou em jogo com uma postura corajosa. A equipa estava animada com a liderança da prova e aos 23 minutos abriu o ativo por Valadas (aparentemente em fora-de-jogo) assistido por Ferrer (no seu único jogo oficial pelo clube) após uma recuperação de bola de Varela. Nesse 1º tempo o Benfica teve apenas uma oportunidade para marcar, com José Luiz a arrojar-se muito bem aos pés de Deniz. Os leões, para além do golo, poderiam ter faturado num golpe de cabeça de Valadas e outro de Mourão – que saiu a centímetros da trave após centro de Abrantes Mendes. Os verde e brancos voltaram a entrar muito bem na 2ª parte, e logo aos 52 minutos, após solicitação de Abrantes Mendes, Mourão concluiu com êxito. O Benfica tentou responder mas era o seu guarda-redes quem tinha trabalho. Aos 67 minutos um tiraço de Luís Gomes fixou o resultado em 3-0. Pouco depois o mesmo Luís Gomes deu mão na área e no penalty respetivo Vítor Silva reduziu. O Benfica, muito apoiado pela sua franja de público, lançou-se então abertamente ao ataque e poderia, de facto, ter marcado por mais de uma...
26 de Março de 1994. Em Kick-Boxing, grande proeza de Fernando Fernandes que arrebatou o título mundial ao francês Mustapha Oumrani na nave de Alvalade onde 1.500 pessoas ficaram em delírio. Nessa madrugada de Sábado para Domingo o público acorreu em grande número à nave de Alvalade, e desde a entrada de Fernando Fernandes no rinque não se cansou de gritar pelo Sporting e por Portugal. O campeão leonino correspondeu entregando-se à luta com grande entusiasmo, fazendo valer a sua melhor técnica e poder físico, combatendo sempre com grande inteligência, não dando hipóteses ao seu valoroso adversário de aplicar no corpo a corpo os poderosos golpes em que era exímio e que já lhe haviam valido diversas vitóras por KO. Com a sua magnífica técnica de pés Fernando Fernandes conseguiu alguns golpes certeiros com o punho esquerdo. No final do 12º assalto do emocionante e arrasador combate, já consciente da sua vitória por pontos, Fernando Fernandes ergueu os braços agradecendo ao público tão inequívoco apoio, público esse que no final passeou em ombros o seu herói. No final, Fernando Fernandes afirmou-se “satisfeito por ter atingido o meu objetivo que era ser Campeão do Mundo, e muito grato a todas as pessoas que me acompanharam desde o início da minha carreira. Pressionei bastante mas senti que o Oumrani era um adversário muito duro e que ía aguentar a pressão, pelo que decidi não arriscar demasiado. As coisas correram-me bem, mas claro que ainda há muito a melhorar. Estou muito grato ao Sporting e a este público maravilhoso que me apoiou e a quem prometo continuar a trabalhar para lhes proporcionar...
25 de Março de 1984. Ambiente frenético no Campeonato do Mundo de Crosse no hipódromo de New Jersey nos Estados Unidos. A seleção nacional conseguiu um magnífico 3º lugar. Com 37 anos de idade, Carlos Lopes obteve uma estrondosa vitória, 8 anos depois do seu 1º triunfo, em Chepstown. No final, perante o batalhão de jornalistas das mais diversas nacionalidades, o “velho leão” surpreendeu afirmando: “Foi fácil! Fiz por me manter sempre no grupo dos primeiros, e como estava com força, arranquei no momento ideal. Sei que não sou especialista nos últimos quilómetros e por isso tive de dar, momentos antes, um esticão. Não é difícil vencer atletas mais novos do que eu porque treino-me tanto e tão duramente como eles. A única diferença é que sei esperar pelas ocasiões certas devido à minha experiência”. Depois perguntaram-lhe o que fazia para além do Atletismo, ao que respondeu: “Trabalho num banco”. Apercebendo-se dos sorrisos de dúvida dos seus interlocutores disse baixinho para Carlos Cardoso (vice-presidente da Federação Portuguesa de Atletismo) que o traduzia: “Se os outros dizem que são polícias ou estudantes ou engenheiros ou doutores, digo-lhes que trabalho num banco…” Questionaram-no então sobre o que fazia no banco: “Muitas coisas, que me dão muito trabalho. Passo 24 horas por semana no meio daqueles papéis todos”, murmurando novamente para Cardoso: “Não trabalho nada mas faz de...
25 de Março de 1920. Neste dia disputou-se a última partida duma digressão do Sporting a terras espanholas para defrontar por duas vezes o Sevilha e por outras tantas o Huelva. O adversário do fecho da viagem foi precisamente o Huelva. Neste jogo disputou-se uma taça, oferecida pelo proprietário do Hotel Urbano. Na equipa do Sporting, João Nunes reapareceu na ponta esquerda. O desafio, perante grande assistência, não teve grande interesse. O Sporting foi prejudicado pela pouca pontaria dos seus avançados, que não souberam aproveitar o belo jogo dos médios. Numa avançada esporádica, Fuentes, sempre ele, marcou o golo solitário da vitória espanhola. Esta viagem foi também um sucesso em termos sociais. No hotel Urbano, em Huelva, foi oferecido ao Sporting um banquete, findo o qual foi entregue a taça aos locais conquistada sobre os leões. Soares Junior agradeceu a forma carinhosa como o seu clube foi recebido, fazendo votos pela amizade entre Portugal e Espanha, sendo muitíssima aplaudido. Facto muito realçado foi o dos sportinguistas terem destinado para a Associação da Caridade de Huelva a parte que lhes cabia do produto das entradas nos jogos realizados. Para além disso, os próprios jogadores do Sporting compraram nas bilheteiras as suas entradas, para que o volume de receita fosse mais elevado (!) Manuel Carabe, diretor do Sporting, e a quem se deveu esta excursão, expressou a satisfação sentida em ver o entusiasmo reinante entre portugueses e espanhóis, havendo-se realizado um dos fins propostos com esta empresa, o estreitamento das relações entre os 2 países. A 1ª partida desta digressão realizou-se a 19 de Março em Sevilha. Com uma tarde esplêndida para...
24 de Março de 1985. “Inacreditável” foi o termo aplicado à nova proeza de Carlos Lopes. Faltavam 2 dias para a competição no Jamor (na qual Portugal organizava pela 1ª vez uma grande prova de Atletismo) e o sportinguista de 38 anos afirmou que Mamede era o principal favorito, apontando para Dezembro próximo a sua retirada da competição. Na prova Lopes teve um desempenho memorável, conseguindo isolar-se na parte final, e quando cortou a meta correu para a mulher que chorava de felicidade. Fernando Mamede quedou-se pelo 11º lugar: “Tenho um enguiço ao Crosse desgraçado. Deu-me uma pontada e não tive mais andamento… Foi a dor no estômago que não me deixou chegar mais à frente”. Poucas semanas antes, no nacional de Crosse, Mamede ganhara a Lopes por quase 1 minuto de diferença. O tri-campeão do mundo revelou agora a sua estratégia: “Assumo que entrei no caminho do bluff! No Nacional de Tróia perdi por grande distância mas só não fiz melhor porque não quis. Com isso as pessoas deixaram de pensar em mim, todos se viraram para o Mamede, houve mesmo quem visse nele o novo D. Sebastião que haveria de chegar ao Jamor para salvar a Pátria. Publicamente, dizia que não estava bem mas dentro de mim só existia um pensamento, que eu era o melhor e só por anormalidade o título me escaparia. O que me deu um grande gozo foi ver que toda a gente acreditou que o Lopes estava acabadinho de todo e até havia quem imaginasse ir ao Jamor para me ver arrastar, como se me arrastasse em via-sacra. Cheguei, fiz a minha...
24 de Março de 1935. Com uma vitória por 2-0 sobre Os Treze (o grande rival regional), os leões sagraram-se pela 4ª vez Campeões Regionais de Andebol. Cândido fez os 2 golos desse importante triunfo duma equipa que alinhou com Aleluia (Almasqué); Fontainhas, Farinha (Américo Nunes), Guilherme César, Abreu, Manuel da Silva, Borges de Castro, Vidal, Carvalho, José Manuel Martins e Cândido. Esta conquista seguiu-se à vitória no Torneio Preparação ajudando a cimentar o domínio leonino na modalidade. Durante o Torneio o Sporting perdeu pela 1ª vez um jogo. Foi a 14 de Outubro de 1934, dia que ficou marcado na História do Andebol lisboeta como sendo o da 1ª derrota sportinguista numa partida (ao fim de 4 anos!). Foi por 2-1, frente ao Os Treze, mas que não impediu o triunfo sportinguista no já referido Torneio Preparação. Para completar a temporada em beleza o Sporting ainda arrebataria a Taça de Honra, ao bater o Académico, em duas mãos, por 3-1 e...
23 de Março de 1941. Neste dia disputou-se no Estádio do Lumiar uma partida que poderia ser decisiva (e foi-o) para o Campeonato Nacional. O Sporting levava 3 pontos de avanço do Benfica e para os encarnados (que jogavam “em casa”) era imperioso vencer. Arbitrou (muito mal) António Palhinhas de Setúbal, que além de marcar mal um penalty contra o Sporting perdoou duas grandes penalidades a cada equipa e invalidou mal um golo ao Benfica. A equipa: Azevedo; Rui de Araújo e Álvaro Cardoso; Paciência, Gregório e Manecas; Mourão, Armando Ferreira, Peyroteo, Soeiro e João Cruz. Segundo o jornal “Os Sports”, a chuva caiu torrencialmente, ensopando os jogadores e alagando o terreno. Os choques e as quedas sucederam-se, e a equipa do Sporting, mais forte fisicamente, levou vantagem”. Os leões entraram ao ataque, e Martins (guardião encarnado) teve 3 intervenções difíceis logo de início. Aos 12 minutos o árbitro apitou mão de Rui de Araújo na área leonina (o jogador levou as mãos à cabeça contrafeito) e no penalty Francisco Ferreira fez 1-0, apesar de Azevedo ainda ter tocado na bola. O Sporting demorou um pouco a recompor-se, mas quando o fez criou diversas situações de perigo, “apesar de alguma inoperância de Soeiro (algo individualista)”. Finalmente, aos 20 minutos, surgiu o empate. Soeiro centrou e Mourão cabeceou, Martins defendeu, mas um benfiquista chutou contra Mourão tendo a bola resvalado para as redes! Antes deste golo Rodrigues tinha marcado, mas o árbitro anulou por fora-de-jogo (aparentemente inexistente). O Sporting, após a igualdade, manteve o domínio do jogo. Armando Ferreira exibia-se em crescendo e a chuvada começou. Com o terreno pesado os...
23 de Março de 2013. Os resultados parciais das eleições no Sporting Clube de Portugal foram conhecidos por volta das duas horas da manhã (do dia seguinte), e divulgados por Eduardo Barroso, presidente da Mesa da Assembleia-Geral. Os resultados eram ainda provisórios porque, a juntar aos votos presenciais, foram considerados apenas os votos por correspondência enviados até sexta-feira. A contagem definitiva seria feita na terça-feira seguinte mas nada mudou. Já não havia volta a dar, Bruno de Carvalho já ganhara! O novo presidente liderava a votação para o Conselho Diretivo com 45.327 votos, o que equivalia a 53,66 % dos votos e ainda 8.944 sócios votantes, o que correspondia a 59,54 %. José Couceiro, candidato da Lista C, recebeu 38.327 votos, que correspondiam a 45,35 % e a 5.928 sócios (39, 46 %). Quanto a Carlos Severino, da Lista A, recebeu 863 votos, que correspondiam a 1,02 % e 150 sócios votantes (1 %). Na Assembleia-Geral, a liderança também era da Lista B, de Jaime Marta Soares, com 56,05% dos votos (39.105 votos). A lista C, de Tito Fontes, reunia 44, 46% dos votos (36186 votos) e a Lista A, de Carlos Teixeira, 5, 3% (4123 votos). Quanto ao Conselho Fiscal e Independente, nova liderança da Lista B, de Jorge Bacelar Gouveia, com 43, 73% (36.218 votos). A Lista C, de Nuno Marques, tinha 35, 18% (29.104 votos), a Lista A, de António Lucas, 12,12% (312 sócios)e a Lista D (Independente) de Vicente Caldeira Pires, reuniu 18,89% das preferências. Começava aí uma nova era no Sporting. As máximas prometidas por Bruno de Carvalho eram competência, rigor e inteligência. Augusto...
23 de Março de 1947. Filipe Luís sagrou-se Campeão Nacional de Crosse pela 1ª vez. Somente atletas do Sporting e do Benfica se apresentaram para a prova na Tapadinha na extensão de 7km num percurso um tanto duro e variado traçado à volta do campo do Atlético Clube de Portugal e nos terrenos que levavam ao Bairro Salazar pela entrada do forte de Monsanto. Participaram 9 atletas do Benfica e 6 do Sporting. Os corredores iniciaram a prova em andamento rápido. Manuel Nogueira caiu por duas vezes, e logo aí o Sporting perdeu a possibilidade de vencer por equipas. Filipe Luís chegou em 1º no final com cerca de 80 metros de vantagem do benfiquista Manuel Gomes. O atleta do Sporting realizou uma época extraordinária. Já ganhara o Crosse de Abertura, o Corta-Mato dos Sete e os Regionais de Crosse. Mais tarde seria o grande vencedor dos 15km de estrada e do Grande Prémio do Natal em Crosse. Na temporada de pista começou por ganhar os 10.000 metros nos Regionais – uma das 14 vitórias do Sporting, que “esmagou” o Benfica. No Campeonato Nacional o fundista sportinguista venceu os 5.000 e os 10.000 metros, tendo os leões obtido mais 9 triunfos, deixando de novo os seus arqui-rivais a grande distância. Aliás, também as senhoras obtiveram o título nacional coletivo (o 3º), aí com a fantástica Hedi de Sá em grande plano ao obter 4 das 5 vitórias (60, 80 barreiras, 150 metros e salto em altura). De realçar ainda, na temporada de Atletismo, a obtenção do recorde nacional dos 4X200 metros por Domingos Canhão, João Jacinto, Myre Dores e...