25 de Fevereiro de 1951. O domínio do Sporting no Campeonato Nacional era o maior de sempre – aliás a prova terminaria com a maior diferença do 1º para o 2º classificado da História até essa altura – 11 pontos para o FC Porto. Esta foi a 1ª vez que o Sporting ganhou o título após o abandono de Peyroteo e consequentemente o fim dos “cinco violinos”. No lugar do maior goleador de sempre jogava Wilson (esta foi a sua última época no Sporting), um avançado-centro possante mas sem a categoria do seu antecessor.

Neste dia o Sporting recebeu o Estoril e sagrou-se matematicamente campeão a 3 jornadas do fim. Os leões, comandados por Randolph Galloway, alinharam com: Azevedo; Caldeira e Veríssmo; Canário, Carlos Leandro e Juca; Jesus Correia, Vasques, Wilson, Travassos e Albano.

Wilson fez o 1º golo logo aos 5 minutos, mas Vieira empatou aos 10… Os leões voltaram à carga e Jesus Correia fez o 2-1 pouco antes do intervalo. No 2º tempo os sportinguistas intensificaram a pressão e Albano marcou o 3º aos 57 minutos. 4 minutos depois Vasques (que se sagraria o melhor marcador da competição com 28 golos) acabou (aparentemente) com toda a e qualquer dúvida que ainda pudesse existir.  No entanto, Bravo e Vilacova encarregaram-se de levar emoção à tarde do Lumiar mas Jesus Correia fechou as contas à entrada do último quarto-de-hora.

No final, com o triunfo por 5-3, o Sporting sagrou-se pela 10ª vez campeão nacional (4 Campeonatos de Portugal e 6 Campeonatos Nacionais). O que ninguém imaginava é que com esse título se iniciaria um ciclo que iria culminar no 1º tetra da história do Futebol português. Nesta temporada estrearam-se Carlos Gomes, Caldeira, Manuel Gervásio, Joaquim Pacheco, Galileu, Armando Barros e César Nascimento. No sentido contrário estiveram Manecas, Carlos Leandro, Wilson e João Mateus (que se despediram do clube).

O Campeonato Nacional de Futebol gerou receitas de bilheteira que ascenderam a 8.148 contos, ultrapassando claramente os 6.711 contos da temporada anterior. Em despesas de organização gastaram-se 3.774 contos, pelo que a receita líquida a dividir pelos clubes ultrapassou os 4.374 contos. O Sporting, apesar de ter gerado receitas superiores a 1.369 contos, mais 123 do que o Benfica e 705(!) do que o FC Porto, arrecadou nos seus cofres apenas 847 contos. O Benfica ficou com 738, o FC Porto com 538 e o Belenenses com 379…

Na foto a equipa campeã (de cima para baixo e da esquerda para a direita): Joaquim Pacheco, Vasques, Passos, Veríssimo, Randolph Galloway (treinador), Carlos Gomes, Armando Barros, Azevedo, Wilson e Albano; Caldeira, Juca, Juvenal, Travassos, Martins, Jesus Correia e Canário.

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