25 de Julho de 1941. Em entrevista ao jornal “Os Sports”, Peyroteo – o mais temível de todos os avançados-centro que alguma vez existiram em Portugal, dizia: “Satisfez-me a minha época porque senti mais facilidade na execução de alguns lances e porque tive melhor certeza na colaboração com os companheiros. Deste modo julgo que foi possível corresponder aquilo que o clube necessitava, e se não fiz mais foi porque não pude. A confiança em mim próprio aumentou”

Diga-se que o Sporting tinha acabado de fazer a sua melhor temporada de sempre, ganhando tudo o que havia para ganhar – Campeonato Nacional, Taça de Portugal e Campeonato Regional. Peyroteo fez 38 golos em 20 jogos (esteve parte da época lesionado)!

Quanto à sua visão sobre a atualidade do “desporto-rei”, Peyroteo referiu: “O futebol decaiu em qualidade, há menos compostura e correção, e assim ele perde beleza e fica em risco… Os árbitros devem ser menos tolerantes e ter um critério mais uniforme”.

No que diz respeito a uma dos temas mais discutidos da altura: “Aqui não há profissionalismo, mas é também difícil fazer com que o jogador seja puro amador. No estado atual das coisas o futebol não é um prazer. Quando vou para o campo vou disposto a fazer o melhor possível a dar tudo para que o Sporting vença, mas sinceramente não sinto prazer em jogar futebol”.

Sobre o acumular de vitórias e a equipa: “O jogo mais difícil e ao mesmo tempo mais agradável da época foi a final da Taça de Portugal com o Belenenses (triunfo por 4-1). Os 3 campeonatos ganhos representam um trabalho de conjunto invulgar. Todo o ataque me agradou. Os médios, apesar do que se diz, cumpriram a sua missão, e o Álvaro Cardoso progrediu muito”.

Para concluir: “O futebol não deve ser para mim uma coisa para muito tempo. Continuarei no Sporting até ao final da minha carreira a menos que o Sporting fosse incorreto para mim, porque sou sportinguista”. Diga-se que Peyroteo ainda alinhou mais 8 anos de “leão ao peito”.

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