5 de Setembro de 1948. Nessa tarde o Sporting “esmagou” o Atlético de Madrid, em Madrid, por 6-3. A capital espanhola ficou à beira de um “ataque de nervos” e a Federação de “nuestros hermanos” decidiu punir os jogadores do Atlético pela “derrota humilhante”. Há quase 1 ano e meio que os madrilistas não perdiam em casa, e nesta partida apresentaram-se sem baixas, com a sua melhor equipa. Não contavam certamente era com um Sporting a este nível…

A partida decorreu no Estádio Metropolitano, tendo o Sporting, sob o comando de Cândido de Oliveira, alinhado com: Dores; Manecas e Passos (Larguinho Moreira); Canário, Veríssimo e Juvenal; Jesus Correia, Vasques, Peyroteo, Travassos (Martins) e Albano.

O jogo iniciou-se com grande velocidade dos avançados do Sporting, muito bem apoiados pelos 2 médios de ataque. Os passes de Jesus Correia desnorteavam completamente a defensiva contrária. Manecas brilhava na defesa, tal como Canário no miolo do terreno.

Aos 9 minutos Peyroteo lançou oportunamente Jesus Correia que em corrida bateu Domingo e concretizou o 1º golo. 11 minutos depois surgiu o 0-2, de novo com assistência de Peyroteo a Jesus Correia. Pouco depois da meia-hora veio o 0-3, por Jesus Correia, após belas tabelinhas com Peyroteo. 2 minutos se passaram até que Albano solicitou em corrida o extremo-direito leonino que estabeleceu a marca ao intervalo.

Em recarga a uma má blocagem de Domingo, Jesus Correia fez o 0-5 aos 49 minutos. Aos 67, Vasques driblou toda a defesa espanhola num lance de verdadeiro génio e solicitou Jesus Correia que completou o 0-6 (o seu 6º golo!).

No último quarto-de hora os espanhóis tiveram uma reação interessante conseguindo amenizar a derrota para 3-6 por Escudero (2) e Vidal.

No final do encontro a equipa do Sporting foi francamente aplaudida pelo seu comportamento em campo e pelo merecimento do seu trabalho. Aliás, com o passar do tempo de jogo, o ruidoso público madrileno começou a aplaudir os leões e assobiar frenéticamente a equipa local… A imprensa espanhola escreveu no dia seguinte que: “Os homens do Sporting dominam com perfeição a escola moderna concebida na marcação e na desmarcação, permutando de postos continuamente de maneira a desconcertar os adversários, sobretudo Jesus Correia, magnífico extremo-direito, que marcou todos os golos”.

Este foi um triunfo magnífico que ficou na História para todo o sempre – os 6 golos de Jesus Correia em Madrid!

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