João Gonçalves Laranjeira nasceu a 28 de Setembro de 1951 em Alfama – Lisboa. Começou ainda criança a jogar futebol em pequenos clubes como os Leões da Bica, o Real Clube da Boavista e o Arroios, chegando ao Sporting com 15 anos e pouco depois às seleções nacionais jovens.
Estreou-se oficialmente pelos seniores (com o treinador Fernando Vaz) a 25 de Outubro de 1970 num Sporting-Académica (1-0) para o Campeonato. Apesar de muito jovem ainda foi a tempo de fazer 12 jogos oficiais nessa época e marcar pela 1ª vez, a 16 de Maio, num triunfo por 8-0 no terreno do Oriental para a Taça de Portugal. Nessa época venceu a sua 1ª Taça de Portugal.
Na temporada seguinte começou a impor-se na 1ª equipa, realizando 28 jogos e em 1972/73 já era titular (ganhou a Taça de Portugal). Foi então convocado para representar Portugal na Mini-Copa disputada no Brasil mas teve de regressar, logo no início, devido ao falecimento dum familiar próximo.
Em 1973/74 o Sporting de Mário Lino fez uma época magnífica conquistando a “dobradinha”, mas a malapata das lesões começou a perseguir Laranjeira, que realizou apenas 13 jogos. No ano seguinte nem sequer jogou (sempre lesionado). Chegou a ser dado como “perdido” para o futebol mas a intervenção cirúrgica (em Londres) que lhe colocou uma rótula artificial foi bem sucedida. Regressou aos terrenos de jogo apenas em Novembro de 1975. Em 1976/77 voltou o Laranjeira que todos os sportinguistas conheciam. Titular indiscutível no centro da defesa, foi o futebolista mais utilizado por Jimmy Hagan, com 35 presenças oficiais. No ano seguinte voltou a ser titularíssimo e ganhou a sua 4ª Taça de Portugal.
1978/79 foi a sua última temporada de “leão ao peito”, acabando por sair no final da época para o Benfica (não chegou a acordo para renovar contrato), numa transferência que causou sensação.
Assim, esteve um total de 9 épocas (utilizado em 8 delas) na equipa principal do Sporting, tendo alinhado em 199 jogos oficiais e marcado 6 golos. Ganhou 1 Campeonato Nacional e 4 Taças de Portugal. Foi um futebolista que deixou excelentes recordações no Sporting. Um defesa-central possante, “autoritário” e de boa técnica.
No Benfica voltou a ganhar títulos e acabou por terminar a carreira nos Estados Unidos da América onde depois se radicou.
Foi 13 vezes internacional A. Ganhou um “Prémio Stromp” na categoria “Atleta Profissional” em 1977 e capitaneou a equipa leonina após a saída de Vítor Damas (de 1977 a 1979).