Manuel Pedro Gomes nasceu a 16 de Outubro de 1941 em Torres Novas. Nunca representou outro clube senão o Sporting (com exceção de 2 jogos realizados pelo Nacional da Madeira quando era treinador da equipa insular), onde começou nos “Principiantes”, em 1957, como interior (Alexandre Baptista era ponta-de-lança na mesma equipa!) Estreou-se oficialmente na 1ª equipa (com o técnico Juca) a 31 de Dezembro de 1961, frente ao Cova da Piedade (5-1) para a Taça de Portugal. Nessa 1ª temporada jogou pouco, mas ainda assim festejou o seu 1º Campeonato Nacional. Na temporada seguinte foi um suplente (de Mário Lino, como defesa-direito) utilizado com alguma regularidade (ganhou a Taça de Portugal) e em 1963/64 afirmou-se totalmente (32 presenças), ajudando a ganhar a inesquecível Taça das Taças. Daí para frente, umas vezes mais, outras vezes menos utilizado, foi sempre um valor seguro, permanentemente pronto para atuar com a raça e competência que o caraterizavam. A 20 de Outubro de 1971, à 11ª época no clube, marcou finalmente o 1º golo, numa derrota em Glasgow frente ao Rangers por 3-2 para a Taça das Taças. Curiosamente, repetiu o feito no encontro da 2ª mão (4-3) e nunca mais voltou a marcar. A 26 de Novembro de 1972 atuou pela última vez oficialmente pelo Sporting, no Estádio Nacional, numa derrota por 1-0 frente à CUF do Barreiro. Totalizou 12 épocas, 235 jogos oficiais e 2 golos pela principal equipa sportinguista. Ganhou uma Taça das Taças, 3 Campeonatos Nacionais e 3 Taças de Portugal. Era um jogador eficaz, voluntarioso e leal, forte na marcação e muito disciplinado taticamente. Foi 9 vezes internacional A. Em 1973/74 iniciou...
Cipriano Nunes dos Santos nasceu a 13 de Outubro de 1901 em Almada no seio duma família humilde. Estreou-se muito jovem nas categorias inferiores do Sporting. Nos primeiros tempos do Futebol em Portugal, os guarda-redes eram escolhidos pela sua “falta de jeito” para jogar à frente. Até ao início dos anos 20 eram raras as exceções a essa regra, mas uma delas foi claramente Cipriano, o primeiro grande guarda-redes do Sporting, o primeiro a conseguir, em muitas ocasiões, fazer realmente a diferença devido ao seu talento inato para a função. Ele foi o verdadeiro antecessor de homens como Azevedo, Carlos Gomes, Vítor Damas ou Rui Patrício, “enchendo” a baliza leonina. A 11 de Março de 1923 estreou-se oficialmente pelo Sporting (saltou num ápice da 4ª para a 1ª categoria) numa deslocação ao terreno do CIF para o Campeonato de Lisboa da qual os leões sairam vencedores por 2-0. A partir daí ganhou o lugar, não dando mais hipóteses a Amadeu Cruz ou Francisco Quintela. Durante 10 anos esteve na equipa leonina, e só na última dessas épocas passou o testemunho a Dyson, 11 anos mais novo, e entretanto contratado ao Benfica. Durante a sua permanência no Sporting, Cipriano jogou mais de 120 jogos oficiais. Venceu 4 Regionais lisboetas e 1 Campeonato de Portugal, o 1º do clube e na sua 1ª temporada de verde e branco, com apenas 21 anos. Em diversos jogos internacionais, como frente ao Sparta de Praga ou ao Szombathely AC, Cipriano brilhou a grande altura. Tinha um enorme caráter e espírito de sacrifício. Chegou a jogar doente e mesmo assim a destacar-se. Era dos jogadores mais...
Ricardo Manuel Andrade Silva Sá Pinto nasceu a 10 de Outubro de 1972 no Porto, e se existem futebolistas carismáticos, que deixaram uma imagem fortíssima a si associada, ele foi um forte exemplo disso mesmo. Começou a jogar no FC Porto, mudando-se depois para o Salgueiros onde atingiu notoriedade. Após um golo seu que derrotou o Benfica, na cidade da Maia, numa altura em que leões e águias discutiam palmo a palmo o título nacional de 1993/94, despertou definitivamente o interesse dos responsáveis sportinguistas. Mudou-se para o Alvalade no início da época 1994/95 e logo começou a popularizar-se entre a falange de apoio leonina devido à sua forma apaixonada de encarar o jogo. Estreou-se oficialmente no dia 20 de Agosto de 1994 em Faro, marcando um dos golos no triunfo por 2-0. Rapidamente se tornou um verdadeiro “símbolo” do Sporting, “arrastando” não raras vezes os seus companheiros para a vitória. Logo na 1ª época de verde e branco ajudou o clube a conquistar a Taça de Portugal, 13 anos depois, para no ano seguinte ser a grande figura na retumbante vitória na Supertaça, em Paris, frente ao FC Porto – por 3-0, na qual marcou 2 golos. Em 1996/97, quando era indiscutívelmente a principal figura da equipa, agrediu o selecionador nacional Artur Jorge após uma não convocação para a Seleção Nacional. 1 ano de castigo foi a sentença, e sem ambiente para continuar em Portugal mudou-se para a Real Sociedad de Espanha onde permaneceu 3 anos em bom nível. No início da temporada 2000/01 o grande desejo dos sportinguistas cumpriu-se – Sá Pinto regressou ao Alvalade. Nessa época começou um verdadeiro calvário...
José Holtreman Roquette (Alvalade) nasceu a 10 de Outubro de 1885. Foi o grande mentor do Sporting e aquele que mais fez o clube “andar para a frente” nos seus primeiros anos de existência. A sua influência junto do avô, Visconde de Alvalade, permitiu dotar o clube de instalações ímpares em Portugal. Por sua convicção o Sporting assumiu-se desde o início como uma coletividade de “boa sociedade e boas famílias” onde não faltava espaço para acontecimentos sociais de relevo para além da prática desportiva. Foram suas as célebres palavras: “Queremos que o Sporting seja um grande clube, tão grande como os maiores da Europa”. Como desportista foi sempre vulgar, mas soube rodear-se de alguns dos melhores atletas do seu tempo que fizeram o clube alcançar triunfos importantes. Foi vice-presidente da 1ª organização oficial do futebol português – a Liga Football Association, e no Sporting foi presidente (entre 1910 e 1912), vice-presidente e sócio número 1. Em 1914 concretizou o sonho de edificar o melhor parque desportivo do país da altura, o Stadium de Lisboa, que não pertencendo ao Sporting (e inclusivamente provocando a demolição da tribuna do parque de jogos dos leões…) causou-lhe dissabores com a restante família leonina. Por isso, 2 anos depois, afastou-se do clube numa altura em que Mário Pistacchini, Júlio de Araújo e Carlos Basílio de Oliveira lideravam um processo de renovação do mesmo. Morreu a 19 de Outubro de 1918 no Hospital do Rego com apenas 33 anos vítima da epidemia que ficou conhecida como a “pneumónica”. Como homenagem o Sporting decidiu batizar o seu estádio no Campo Grande com o nome de José Alvalade,...
André Henrique Justino nasceu a 8 de Outubro de 1982 em João Pessoa – Brasil. Chegou ao Sporting no início da temporada 2002/03 por indicação de Orlando Duarte (na altura selecionador nacional) após uma partida de Portugal frente à Seleção Universitária do Brasil. Jogava na altura no Cervicá. No seu país jogava sempre virado para a frente e em Portugal, segundo as suas palavras, aprendeu a defender com Paulo Fernandes (um treinador de grande sucesso no clube). No início sofreu um pouco com o clima (muito diferente do da sua cidade) mas afirma que o Sporting excedeu as suas expetativas. Sentia-se em casa no Sporting e dizia que as pessoas eram maravilhosas consigo. Aliás, a meio do seu trajeto de verde e branco já dizia que era mais português que brasileiro! Tem como particular marca o facto de ser muito baixo para aquilo que é habitual num atleta de alta competição (apenas 1,54m) mas o seu centro de gravidade menos elevado permite-lhe uma rapidez de movimentos e uma agilidade dificilmente igualáveis. Também mostrou sempre boa capacidade concretizadora. Jogando normalmente na posição de ala, esteve 12 temporadas de verde e branco tendo coleccionado 6 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal e 4 Supertaças! Fez 559 jogos e 299 golos! No final da época 2013/14 saiu de forma tocante (porque mostrou grande emoção) como campeão para o KPRF da Rússia, deixando a sua camisola ao “Mundo Sporting”. Em 2013 foi Prémio Stromp na categoria “Atleta”. No defeso de 2016 voltou “a casa” para uma equipa com objetivos grandiosos! Daí para cá já conquistou mais 2 Campeonatos, 2 Taças de Portugal, 1 Taça...
Vítor Manuel Afonso Damas de Oliveira nasceu a 8 de Outubro de 1947 e é considerado um dos melhores guarda-redes de sempre. Foi trazido para o Sporting aos 14 anos por um vizinho que jogava Ténis de Mesa no clube. Queria ser avançado como os seus ídolos Vasques e Travassos, mas como era o mais baixo foi “empurrado” para guarda-redes, de onde nunca mais saiu. Estreou-se oficialmente com 19 anos num Sporting-FC Porto a 12 de Fevereiro de 1967 (2-2) para o Campeonato Nacional. Cerca de um ano e meio depois sucedeu definitivamente a Carvalho como titular na baliza do Sporting. Destacava-se pela magnífica agilidade e intuição. Era um espetáculo dentro do próprio espetáculo, e ficaram célebres alguns duelos “imortais” com o benfiquista Eusébio. Esteve nos leões até 1975/76, conquistando 2 Campeonatos Nacionais (1969/70 e 1973/74) e 3 Taças de Portugal (1970/71, 1972/73 e 1973/74). No Verão de 1976 saiu para o Racing Santander onde pôde atingir uma posição económica mais confortável tendo granjeado prestígio em Espanha pela sua indiscutível qualidade. Voltou 5 anos depois a Portugal (jogou no Vitória de Guimarães e no Portimonense), mas só em 1984/85 cumpriu o sonho mútuo de regressar ao Sporting, onde conquistou a Supertaça de 1987/88. A 27 de Novembro de 1988, com 41 anos, fez a sua última partida (devido a uma lesão), em Viseu frente ao Académico (2-2). Somou 15 épocas no Sporting onde foi utilizado em 444 jogos oficiais (sofreu 376 golos) – o 3º mais utilizado de sempre a seguir a Hilário e Rui Patrício. Estreou-se pela Seleção Nacional em 1969, para se despedir no Mundial do México em 1986. Foi 29...
João Paulo Feliciano Neves Benedito nasceu a 7 de Outubro de 1978 em Lisboa. É provavelmente o jogador mais marcante da História do Futsal do Sporting, uma modalidade relativamente recente que começou a dar os primeiros passos em Portugal no início dos anos noventa do século passado. Chegou ao Alvalade no início da temporada 1995/96 (depois de ter passado pelo Desportivo de Olival de Basto) e no Sporting se manteve até ao final de 2015/16 – com exceção da temporada 2006/07 em que esteve em Espanha no Playas de Castellon. Foi considerado por diversas vezes um dos melhores guarda-redes do Mundo. Verdadeiro líder dentro do recinto de jogo, empurrava muitas vezes os seus companheiros para a vitória em virtude do seu entusiasmo, garra e defesas “impossíveis”. Com a sua contribuição os leões ganharam 9 Campeonatos Nacionais, 4 Taças de Portugal e 5 Supertaças! Alinhou em 701 jogos oficiais com o leão ao peito (marcou 2 golos). Com 181 internacionalizações, participou em diversos Europeus e Mundiais, figurando sempre como figura de destaque da seleção portuguesa. Como principais marcos destaque-se o 3º lugar no Mundial 2000 na Guatemala e o 2º posto no Euro 2010 na Hungria. Licenciado em Gestão de empresas, já trabalhou nesse ramo para o Sporting em diferentes períodos. Foi galardoado várias vezes pelo clube, sendo detentor de Prémios Stromp e “Rugidos de Leão”. A 1 de Julho de 2016 foi distinguido com o prémio “Leões Honoris Sporting” na categoria “Honra Carreira”. Em 2018 concorreu à presidência do Sporting CP, cargo que muitos dizem há muito estar talhado para ele. Perdeu por uma pequena margem para Frederico Varandas, mas...
Francisco António Torrejoncillo Lemos nasceu a 4 de Outubro de 1939 em Lisboa. Começou muito cedo a praticar Atletismo no Sporting. Entre 1955 e 1957 conquistou vários títulos e alcançou diversos lugares de honra em provas de velocidade nas camadas jovens. No Badminton atingiu grande relevo ao fazer parte das equipas que conquistaram os 2 títulos nacionais do palmarés leonino na modalidade – em 1958 e 1959. Esteve no Badminton do Sporting desde 1958 até à sua extinção, em 1964. Em 1963/64 a Secção de Badminton verde e branca organizou os primeiros Campeonatos Abertos do clube, instituindo as Taças Challenge “Peggy Cohen” para senhoras e “Francisco Lemos” para homens, reconhecendo assim a sua importância no desenvolvimento da modalidade, não só no Sporting como no país. Depois do clube de Alvalade extinguir a secção, Francisco Lemos esteve no Clube Naval de Lourenço Marques e no CIF (até 1976). Em Moçambique sagrou-se o 1º Campeão de Lourenço Marques e no CIF chegou a Campeão Nacional em pares homens. Fez parte da Seleção de Lisboa e integrou a 1ª Seleção Nacional. Aliás, em 1973, foi o 1º jogador a capitanear a selecção portuguesa, num torneio em Bruxelas. Licenciado em Educação Física mereceu distinções importantes, a mais marcante das quais terá sido a de Sócio de Mérito com Distinção da Federação Portuguesa de Badminton. Foi também Selecionador nacional. Nota: Texto elaborado com base na informação contida no site wiki...
Alfredo Torres Pereira nasceu a 3 de Outubro de 1896 em Lisboa. Começou a jogar futebol bem cedo, ingressando no Sporting em 1914 para as categorias inferiores. Estreou-se na categoria principal na temporada 1917/18 e logo na sua posição de sempre – extremo-direito. Desde essa altura, e durante longos anos, foi o “dono do lugar”, assumindo-se como digno sucessor de António Stromp nessa posição específica no terreno. Em 1918/19 conquistou o seu 1º grande título de verde e branco – o Regional de Lisboa. 3 anos depois voltou a sentir o doce sabor do triunfo nessa mesma competição, chegando ainda à final do 1º Campeonato de Portugal onde (apesar de 1 golo seu), o Sporting acabou perdendo com o FC Porto após 3 jogos intensos. 1922/23 (sob o comando de Augusto Sabbo) foi o seu melhor ano de sempre. Sagrou-se Campeão Regional (pela 3ª vez) e estreou-se como Campeão de Portugal (em cujos jogos – frente a Porto e Académica, foi um dos protagonistas). Para além disso contabilizou a sua única presença na Seleção Nacional – no 2º Portugal-Espanha, realizado no Lumiar a 17 Dezembro de 1922 (1-2). Em 1924/25 foi Campeão Regional pela 4ª vez e no ano seguinte já era capitão da equipa fruto da sua experiência e conduta. Nesse ano surgiu Abrantes Mendes, ainda muito jovem, para lhe fazer concorrência e em 1926/27 perdeu definitivamente o lugar para o novo e muito talentoso colega de equipa. Alinhou pela última vez a 20 de Fevereiro de 1927 num Império-Sporting (1-1) para o Regional. No total jogou 10 temporadas na categoria principal do Futebol do Sporting conquistando 1 Campeonato...
Nasceu em 1915 em Lisboa. Foi polícia-sinaleiro e pugilista no Ginásio Clube Português. Algum tempo depois de chegar ao Sporting obteve o seu 1º grande triunfo, em Agosto de 1941, nos Nacionais de Atletismo, ao vencer a prova do lançamento do disco com 35m76cm. Aí começou um percurso notável de magnífico lançador, recheado de vitórias tanto em provas regionais como nacionais. No final da época de 1946 era o melhor lançador da História do clube no disco (41m82cm) e no martelo (48m41cm), sagrando-se nessa mesma época Campeão Ibérico do martelo. Nos Campeonatos Regionais de Julho de 1948 bateu o recorde nacional do lançamento do peso com 13m95cm, sendo já visto como o homem mais forte de Portugal! Em 1950 já era recordista leonino no disco (42m24cm), martelo e peso (13m95cm). Nos Nacionais de Agosto de 1954 conseguiu alcançar um novo máximo nacional no lançamento do disco, com 45m51cm. No final referiu: “Finalmente consegui. Lutei contra este recorde um ror de vezes. Este ano em treinos derrubei-o e fiquei esperançado de cometer a mesma proeza oficialmente. Por isso poupei-me nos lançamentos do peso e do martelo para que pudesse estar em boas condições para lançar o disco e bater o recorde. Sinto-me satisfeito, era o único que me faltava”. Em 1958, numa carreira longuíssima ao mais alto nível pelo Sporting, culminou o seu palmarés com a vitória no lançamento do peso dos Campeonatos Nacionais disputados em Alvalade, fazendo a marca de 12m55cm. Em suma, em 18 anos de Sporting, Manuel da Silva foi Campeão Nacional do lançamento do peso por 9 vezes, do disco por 12 vezes e do martelo...